O Estado de São Paulo é destaque mundial em imunização de pessoas com síndrome de Down, diz geneticista
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O Estado de São
Paulo é destaque mundial em imunização de pessoas com síndrome de Down, diz
geneticista
Na manhã de sábado, 21 de março, Dia Internacional da Síndrome de Down, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo abriu suas portas para receber o Simpósio “Minhas Oportunidades, Minhas Escolhas”, organizado pelo Instituto Ibero Americano de Pesquisas e Diretrizes da Atenção à Síndrome de Down (IPDSD) e o Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo CEPEC-SP.
Na abertura do evento, a anfitriã, a Secretária de Estado dos Direitos da
Pessoa com Deficiência de São Paulo, Dra. Linamara Rizzo Battistella, abraçou
cada um dos mais de 200 participantes com palavras de apoio e incentivo. “Cada
uma das edições deste encontro nos mostra novos caminhos e oportunidades. O ser
humano vai mostrando a cada dia a necessidade de mudança, que se coloca na
esteira dos conhecimentos e nas mudanças de atitudes da sociedade. Abraçar a
diversidade humana e o valor das pessoas com deficiência tem importância para
todos, para quem está na ciência, na arte, na política, na sociedade,
entendendo que o grande mérito da sociedade que se desenvolve é a busca
permanente do bem comum. E como bem comum, o mais importante é a oportunidade
para todos e o direito de escolha. Vamos escolher um mundo melhor, justo e
igualitário, onde todos sejam respeitados, um mundo que professa a tolerância,
o respeito à dignidade humana e constrói os caminhos para a paz”.
A Secretária destacou, ainda, que São Paulo tem mostrado, de forma inequívoca,
que aplaude as mudanças que fazem da sociedade um lugar melhor, pelo apoio do
governador Geraldo Alckmin, que mostra compromisso acolhendo o seminário sobre
síndrome de Down e incentivando a organização de grupos, para que mostrem suas
demandas.
“A sociedade muda e se move em direção ao respeito à diversidade, constrói
novas pontes com a inovação, com esse novo ciclo de produtos e serviços com
mais oportunidades para todos, com destaque para as pessoas com deficiência. E
estamos falando de um novo mundo, novas oportunidades, de novos conhecimentos,
que vemos acontecer em cada um dos simpósios organizados sobre a síndrome de
Down”, afirma.
Dra. Linamara destacou também o importante papel das entidades que atuam nesta área. “Não existem políticas públicas sem olhar para as entidades. Elas fazem a história da deficiência dentro do estado de São Paulo, ao lado dos educadores, médicos, cientistas e pesquisadores. Vamos juntos caminhando em passos seguros, mudando a realidade dos 45 milhões de brasileiros que moram em São Paulo e das 9 milhões de pessoas com deficiência no estado de São Paulo”.
DESTAQUE MUNDIAL
Dra. Linamara destacou também o importante papel das entidades que atuam nesta área. “Não existem políticas públicas sem olhar para as entidades. Elas fazem a história da deficiência dentro do estado de São Paulo, ao lado dos educadores, médicos, cientistas e pesquisadores. Vamos juntos caminhando em passos seguros, mudando a realidade dos 45 milhões de brasileiros que moram em São Paulo e das 9 milhões de pessoas com deficiência no estado de São Paulo”.
DESTAQUE MUNDIAL
O geneticista e médico pediatra, professor Zan Mustacchi, se dedica à causa das pessoas com síndrome de Down há várias décadas, com especial atenção à saúde e inclusão social. Na abertura do Simpósio “Minhas Oportunidades, Minhas Escolhas” ele destacou as conquistas e avanços na área. “Depois de 38 anos de luta pelas pessoas com síndrome de Down, conseguimos cumprir uma grande etapa: trazer a consciência e a certeza de que hoje as pessoas com síndrome de Down, neste país, tem a melhor atenção mundial à saúde. Lembro de quando os médicos se recusavam a fazer cirurgia cardíaca em pessoas com a síndrome. Pela ousadia de alguns, entre erros e acertos, fomos avançando e hoje ocupamos lugar de destaque mundial”, afirma.
Dr. Zan revela que o Brasil é o segundo lugar do mundo, empatado com a Austrália, no sentido de atenção à saúde das pessoas com síndrome de Down, perdendo só para a Espanha, que se destaca pela atenção à pesquisa. Lembrou, também, que o Governo do estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, elaborou um protocolo de imunização (Calendário Vacinal para Pessoas com Síndrome de Down)”, em 2009, configurando-se, segundo ele, como o melhor protocolo de imunização mundial de atenção à pessoa com síndrome de Down.
“O projeto que contempla a vacinação à população com Down nasceu em São Paulo. Hoje temos a consciência de que temos ainda algumas lacunas, algumas arestas, mas o respeito social está sendo muito bem construído. Na área da Saúde estamos na liderança”, destaca.
O médico afirma que as conquistas ainda precisam avançar na área da Educação, mas é otimista: “na área da Educação creio que em dez anos teremos conquistado o protagonismo assim como conquistamos na Saúde”.
O 21 DE MARÇO
A data de 21 de março como o Dia Mundial da Síndrome de Down foi proposto pela
Down Syndrome International, por fazer alusão à trissomia do cromossomo 21
(21/3 ou 3/21), porque as pessoas que possuem a Síndrome de Down carregam 3
cromossomos número 21. No Brasil, estima-se que 300 mil pessoas tenham Down e
que destas, 30 mil estejam em São Paulo.
A data é comemorada desde 2006 e sua importância está no fato de reconhecer que
o indivíduo com síndrome de Down merece respeito, garantia de direitos e
oportunidades de inclusão social. O objetivo desta data é disseminar
informações sobre a síndrome e conscientizar a população sobre a importância da
discussão acerca do tema.
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