Brasil terá maior delegação da história no Parapan de Lima
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País participará da maior competição continental, na capital peruana,
com 337 competidores de 17 modalidades, a partir do dia 23 de agosto
por
Lance
Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB
Daniel Dias é o atleta mais vitorioso do Brasil
|
O
Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou uma delegação recorde que
representará o país nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, a partir de 23 de
agosto. Serão 512 integrantes na missão, sendo 337 atletas, entre os quais
atletas-guias, calheiros, goleiros e pilotos, que não possuem deficiência, de
23 estados e do Distrito Federal em 17 modalidades. Este número representa um
acréscimo de 24% em relação ao time que ostentou o pavilhão nacional na última
edição do Parapan, em Toronto (CAN), em 2015.
O
Brasil busca repetir o feito das três últimas edições dos Jogos continentais.
Desde 2007, quando a competição passou a ser realizada na mesma sede dos Jogos
Pan-Americanos (tal qual ocorre nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos), os atletas
brasileiros não conhecem outro resultado que não seja o primeiro lugar no
quadro geral de medalhas. Foi assim no Rio-2007, em Guadalajara-2011 e
Toronto-2015. Neste último, foram 257 medalhas, das quais, 109 de ouro, 74 de
prata e 74 de bronze.
–
Temos uma grande responsabilidade, que é manter a hegemonia no continente. Por
isso, vamos com nosso melhor time para Lima. Trata-se da primeira edição de
Parapan em que pudemos oferecer a estrutura do Centro de Treinamento
Paralímpico, em São Paulo, aos atletas brasileiros. A preparação dos nossos
atletas e a qualidade dos profissionais envolvidos nesta missão nos dão a
certeza de que fizemos tudo certo. Estamos prontos para encher o Brasil de
orgulho neste Parapan – comentou Mizael Conrado, presidente do Comitê
Paralímpico Brasileiro, bicampeão paralímpico de futebol de cinco (para cegos)
em Atenas 2004 e Pequim 2008.
Os
Jogos Parapan-Americanos são o maior evento do continente. Em Lima, serão 1.890
atletas, de 33 países, em 17 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de
rodas, bocha, ciclismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo,
judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas, parabadminton, parataekwondo, tênis
em cadeira de rodas, tênis de mesa, tiro esportivo e voleibol sentado.
Grandes
nomes do paradesporto brasileiro estão garantidos e muito empolgados nas
disputas.
–
Será a minha quarta participação em Parapan. É uma competição muito especial
para mim, porque colecionei muitas medalhas e todas elas de ouro. A competição
também contribuiu para a conquista do Troféu Laureus, o Oscar do esporte
mundial, em 2016, que considerou os feitos do Parapan em Toronto e também do
Mundial de Glasgow. Estou ansioso desde já – comentou o nadador multimedalhista
paralímpico Daniel Dias, que faturou oito medalhas de ouro no Parapan de
Toronto-2015.
Dentre
os atletas que irão a Lima, 77% da delegação que representará o Brasil tem
alguma deficiência física. A segunda deficiência predominante é a visual, com
22%, seguida da intelectual (1%). A equipe também é composta por 22 atletas que
não possuem deficiência: atletas-guia (atletismo), calheiros (bocha), pilotos
(ciclismo) e goleiros (futebol de 5). A delegação ainda conta com 197 pessoas
da comissão técnica, equipe médica e demais integrantes estafe.
O
campeão mundial e paralímpico e recordista mundial nos 400m do atletismo da
classe T20 (deficiência intelectual), o mariliense Daniel Tavares Martins se
diz pronto para acrescentar mais esta medalha à imensa galeria pessoal.
–
Minhas expectativas são as melhores possíveis. Será meu primeiro Parapan e
estou ansioso. Espero fazer meu melhor lá e, se Deus quiser, voltar para casa
com uma medalha no peito.
O
time feminino configura 38% da delegação, e representa a totalidade de vagas
disponíveis por Lima 2019 para as mulheres. E o Brasil vai com atletas já
consagradas, como Alana Maldonado, campeã mundial de judô; Débora Menezes,
campeã mundial no parataekwondo; Cátia Oliveira, vice-campeã mundial de tênis
de mesa, entre outras.
–
Fico muito feliz por fazer parte desses 38% de mulheres que representarão o
Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Espero que essa porcentagem cresça
a cada edição dos Jogos, que possamos mostrar a nossa força e conquistar um bom
número de medalhas para o nosso país – disse Alana Maldonado, medalhista de
prata no Parapan de Toronto 2015.
Em
Lima 2019, 21% da equipe será composta por jovens com até 23 anos. Ao todo, 25%
dos atletas com deficiência física são de classes baixas, aquelas em que estão
compreendidos os desportistas com maior grau de comprometimento físico-motor.
Com esta marca, o CPB supera o objetivo de 12% estabelecida para os Jogos
Parapan-Americanos de 2023, em Santiago, Chile.
–
O norte do nosso trabalho no CPB é o Planejamento Estratégico 2017/2024 e a
convocação para esta missão em Lima está alinhada a ele. Atingimos indicadores
importantes com atletas jovens, mulheres e estamos confiantes que manteremos o
primeiro lugar no quadro geral de medalhas das Américas – disse Alberto Martins
da Costa, diretor-técnico do CPB.
São
Paulo é a unidade da federação com o maior número de representantes, 101
atletas. Seguido do Rio de Janeiro com 35, Paraná com 28 esportistas e Minas
Gerais com 26.
Esta
edição do Parapan marca a inclusão de três novas modalidades: parabadminton,
parataekwondo e tiro esportivo. Lima dará vaga direta para os Jogos
Paralímpicos de Tóquio em quatro modalidades: basquete em cadeira de rodas (os
três primeiros colocados no masculino e campeão e vice no feminino), rúgbi em
cadeira de rodas (campeão), tênis em cadeira de rodas (uma vaga no feminino e
uma no masculino) e vôlei sentado (os quatro primeiros do feminino e do
masculino).
Fonte: Esportes R7
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