Escolas distribuirão livros em braille da ‘Turma da Mônica’
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Publicação apresenta
realidade das pessoas com deficiência visual por meio da personagem cega
Dorinha
Livro da Turma da Mônica escrito em braille |
Dorinha é um dos
personagens criados por Mauricio de Sousa que promovem inclusão e
representatividade. A menina cega que reconhece seus amigos pela voz e pelo
cheiro é a protagonista do novo livro Como Dorinha Vê o Mundo, que
será distribuído gratuitamente para 500 escolas municipais de São Paulo.
O material foi
desenvolvido por meio da parceria entre o Instituto Mauricio de Sousa e a
Fundação Dorina Nowill para Cegos, e contaram com as personagens Dorinha e
Mônica estiveram na instituição para apresentar a publicação e fazer a
distribuição nesta sexta-feira, 3.
A obra faz parte da
Série Dorina e apresenta a realidade das pessoas com deficiência visual, o
sistema braile e outros instrumentos que possibilitam a democratização da
cultura e da brincadeira. Além de a história e os desenhos serem em braille,
a história também é escrita no alfabeto português. Assim, quem tem baixa visão
ou enxerga também poderá aproveitar.
Dorinha foi inspirada em
Dorina de Gouvêa Nowill, fundadora da organização que ficou cega
repentinamente, aos 17 anos, em consequência de uma doença não diagnosticada.
Este ano, completam-se cem anos do nascimento dela.
Personagens da ‘Turma da
Mônica’ que promovem a inclusão
André – Menino autista,
é mais introspectivo, não aponta para coisas interessantes nem tem muitas
habilidades sociais. Mas isso não importa, porque a turma acolhe o menino nas
brincadeiras.
Dorinha – Uma das mais
novas integrantes da turma, é cega, reconhece seus amigos pela voz, pelo cheiro
e está completamente enturmada. Antenada na moda, está sempre com roupas
fashion, corte de cabelo moderno e óculos escuros. Além disso, segura numa mão
sua bengalinha e, na outra, a coleira de Radar, um labrador que a ajuda a se
guiar.
Humberto |
Humberto – tem
deficiência auditiva e não fala, apenas murmura “hum-hum”. Uns acham que ele é
mudinho. Outros, que economiza a voz. Mas, enquanto isso, o menino vai
aprontando suas confusões.
Luca |
Luca – O menino é
paraplégico e, por isso, se locomove em uma cadeira de rodas. É amante dos
esportes, principalmente de basquete, e está sempre disposto a brincar e
aprontar com a Mônica ao lado de Cebolinha e Cascão. Porém, em certos momentos,
ele encontra dificuldades, como, por exemplo, calçadas esburacadas, falta de
rampas em prédios ou casas e veículos coletivos sem condições de receber alguém
que utilize uma cadeira de rodas.
Tati |
Tati – Tem síndrome de
Down e possui características físicas associadas à síndrome, como os olhos amendoados
e é um pouco menor que as crianças da sua idade. Ela ama seus amiguinhos
(“fofos”, como ela costuma chamar) e faz qualquer coisa para vê-los felizes.
Curiosidade: Tati também é uma homenagem a Tathi Heiderich, filha de Patrícia e
Fernando Heiderich, coordenadores do Instituto MetaSocial, que trabalha há mais
de 19 anos desenvolvendo ações, junto à mídia, para promover a inclusão social.
Personagens inclusivos
Recentemente, a Turma da
Mônica ganhou um novo amigo: o Edu, menino de nove anos que tem distrofia
muscular de Duchenne. A primeira revista foi lançada em março e faz parte do
projeto editorial Cada Passo Importa, uma parceria entre a Sarepta,
empresa de medicamentos genéticos para doenças neuromusculares raras, e o
estúdio de Mauricio de Sousa.
Outros personagens
inclusivos que integram a turma são uma pessoa com deficiência auditiva, um
cadeirante, uma menina com síndrome de Down e um menino autista. Para Mauricio
de Sousa, criar esses personagens é natural, mas ele admite que “atrasou um
pouquinho porque estava meio distraído”.
“Aí me lembrei que, na
minha infância, eu tinha uma porção de amiguinhos com algum tipo de
deficiência, então eu não estava sendo fiel à realidade da vida, comigo, com
meu estúdio, com minha criação. Então, eu comecei a pesquisar as diversas
síndromes para que a gente pudesse criar coisas que fossem coerentes com a
realidade que não trouxesse nenhum tipo de preconceito – porque às vezes a
gente não percebe que está sendo contaminado”, disse o cartunista ao E+.
Fonte: Portal Terra
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