Devoteísmo | Atração ou Fetiche?

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   Na Marie Claire deste mês, a publicitária Juliana Carvalho, autora do livro Na minha Cadeira ou na Sua?, dá um depoimento extremamente claro e emocionante sobre como foi seu processo de resgate da libido pós lesão medular. Ela cita inclusive o seu contato com fetichistas adeptos do devoteísmo. Indico a leitura. Coincidentemente, nossa colunista Paula Ferrari, tem falado da reabilitação sexual de lesados medulares, também dá a sua visão sobre o tema.
   É um grande atrevimento me aventurar a escrever um pouquinho sobre o Devoteísmo, assunto muito polêmico e bastante controverso, que esta sempre dividindo opiniões.
   Segundo o dicionário, o termo devoto se refere a quem age com devoção a algo ou alguém. Logo o devoto, no meu entender, é todo aquele que tem carinho e luta, no caso deste texto, pelas pessoas com deficiência.
   Até aí, tudo bem. O tabu começa quando esse termo toma uma conotação sexual, onde o devoto é aquele que se sente atraído por pessoas com deficiência. Pra ficar mais claro, é mais ou menos assim: “Fulano gosta de loiras, Ciclano das morenas e Beltrano de cadeirantes…”.
   Pois é! O assunto provoca sempre divergência de opiniões. Há quem não veja nenhum problema nenhum , mas há quem abomine essas pessoas rotuladas “devotos”.
   A imagem negativa pode ter surgido de experiências ou relacionamentos negativos de pessoas com deficiência e devotos. Muitos parecem buscar apenas satisfazer seus desejos e “taras”, ignorando sentimentos e expectativas do outro.
   Porem, creio eu, quase tudo tem um lado bom! E sentir-se desejado faz bem para o ego e autoestima de qualquer ser humano (com ou sem deficiência).
   O fato é que todo relacionamento envolve uma troca enorme de emoções, atitudes, sentimentos e tambem riscos. Uma deficiência não faz com que isso mude. Cabe a cada individuo saber e decidir com quem quer se relacionar.
   É possível, facilmente, encontrar com devotos em salas de bate-papo destinadas às pessoas com deficiência. Muitos buscam claramente um envolvimento sexual (virtual ou real), mas outros parecem buscar algum tipo de relacionamento, seja amoroso ou apenas amizade.
   Antes de escrever, resolvi conversar com algumas pessoas que se intitulavam devotos e descobri que algumas delas buscavam este perfil de companheiro por terem vivido boas experiências.
Observe o relato de V.B. – 33 anos:
“Meio que sem querer sai com um cadeirante que conheci em um barzinho. Para minha surpresa, aquela foi uma das melhores noites que tive ao lado de um homem. Desde então, passei a ver com outros olhos esses homens”.
E também o de V.M.F. – 26 anos:
“Tive duas namoradas que eram cadeirantes. Me agrada a sensação de cuidar e me excita perceber que na hora do sexo tenho pleno domínio da situação”
Minha opinião: antes de julgar alguém como bom ou ruim, conhecer cada individuo é a opção para evitarmos pré-conceitos, que a propósito, não fazem bem a ninguém!
“O preconceito é um fardo que confunde o passado, ameaça o futuro e torna o presente inacessível.” – Maya Angelou
Fonte: A Vida Secreta

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4 comentários:

  1. A principio, vendo sua imagem, me pareceu uma pessoinha bem ingênua e tímida; mas lendo aqui suas postagens e seu ponto de vista, me faz crer que é bem devassa!
    Se o destino nos jogar um contra o outro, vai haver muitos gemidos e assuntos para você postar aqui... kkk
    Pois sou muito safado!
    Bejokas

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    Respostas
    1. Obrigada por visitar o blog, espero que volte sempre e se informe melhor e aprenda que não é assim q se trata uma mulher com ou sem deficiência.
      Que você aprenda a dar valor na pessoa e não só no que ela pode te proporcional.
      Que Deus te abençoe.

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  2. Olá eu sou Damião Marcos criador e editor do site blog inclusão diferente - www.inclusaodiferente.net estou seguindo o seu blog e convidei meus seguidores a te seguir, por favor faça o mesmo e vamos nós unir sem vaidades até porque lutamos em prol do objetivo comum.
    Inclusão é união.

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  3. Alguns homens cadeirantes me atraem, como um homem aleatório que encontro. Sim, confesso que me imagino em situações sensuais com alguns deles, mas ñ sinto que seja algo perverso como alguns pensam, é um desejo natural, afinal um homem interessante continua sendo interessante com ou sem cadeira de rodas.

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