Conheça o primeiro time feminino de futebol de amputados do país

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 Em um esporte predominantemente masculino, atletas no interior de SP buscam conquistar o próprio espaço

Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia em área externa, durante o treino, com três atletas da equipe feminina de futebol de amputados. Duas jogadoras estão de costas, com a bola no pé, enquanto a terceira atleta vem em direção às colegas de equipe. Créditos: Janice Lacerda/ASFA

Celebrando o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, apresentamos o primeiro time feminino de futebol de amputados do Brasil

Presente na vida de muitos brasileiros, o esporte é uma poderosa ferramenta de inclusão, desenvolvimento individual e social. E nada mais justo do que no Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência  e no Dia Nacional do Atleta Paralímpico , consecutivamente nos dias 21 e 22 de setembro, destacarmos o papel transformador do esporte na vida de atletas com deficiência. Os Jogos Paralímpicos são uma prova de que a deficiência é só uma característica coadjuvante na história.

Desafios diários e quebra de tabus. Adicione a isso o fator de mulheres trilhando um caminho em ambiente predominantemente masculino. É exatamente o que um grupo de mulheres com deficiência de Sorocaba, no interior de São Paulo, fez, e está fazendo: elas criaram a primeira e única equipe feminina de futebol de amputados do país.

A equipe, que existe há menos de dois meses, faz parte da ASFA  – Associação Sorocaba Futebol de Amputados, que já contava com um time masculino. Agora, a única equipe voltada unicamente às mulheres, espera o surgimento de adversários para a disputa de competições e títulos.

Algumas das atletas da equipe já praticavam a modalidade, mas em times masculinos. É o caso de Vivi Antunes, a pioneira no time. A atleta, que tem uma rotina intensa de treinos, é também a primeira mulher no Brasil a fazer um gol na modalidade, marcado enquanto ainda jogava entre os homens. Vivi perdeu a perna esquerda em um acidente e encontrou no esporte uma ‘salvação’, como ela mesma afirma:

“O futebol hoje em dia é essencial na minha vida!”

Por incentivo de Paulo Vasconcelos, técnico do time masculino e idealizador do projeto, elas aceitaram o desafio de formar uma equipe de mulheres. “Por termos a concepção de que o futebol é um esporte quase que exclusivamente masculino, foi desafiador incentivá-las a aderirem ao esporte como ferramenta de inclusão e trazê-las para dentro do campo. Para deixá-las mais à vontade, foi inclusive criada uma comissão técnica somente feminina”, comenta Paulo.

A técnica da equipe é Beatriz Ramos, que nunca tinha vivenciado uma experiência como esta, e afirma: “Trabalhar com o time feminino de futebol de amputados ampliou minha mente e me faz, a cada dia, evoluir como profissional e como pessoa”.

A equipe feminina conta com 11 atletas (pouco mais de um time completo, já que no futebol de amputados, são sete jogadores de cada lado). Além da Vivi Antunes, a equipe é formada por Hetieli, Viviane Aguera, Selma, Letícia Adum, Letícia, Jussara, Amália, Katiane, Rafaela e Eliana, exemplos que mostram que o lugar das mulheres com deficiência é onde elas quiserem. 

Os treinos são realizados uma vez por semana e elas já sonham com o surgimento de novas equipes e com a criação de uma liga profissional. O objetivo é que mais mulheres pelo Brasil se inspirem na equipe de Sorocaba e formem novos times femininos, para que elas possam disputar campeonatos e representar sua cidade.

SOBRE A MODALIDADE

O futebol de amputados é uma variação do futebol convencional e conta com a participação de atletas com amputação de membros inferiores, jogando na linha, enquanto o goleiro tem amputação de membros superiores. A modalidade chegou ao Brasil em 1986, ano em que também aconteceu a primeira competição brasileira, na cidade de Linhares (ES). Atualmente, o Brasil é o único país tetracampeão de Futebol de Amputados, sendo uma das maiores potências da modalidade no mundo.

Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia em área externa com atletas da equipe feminina de futebol de amputados. À frente, em destaque, está a Vivi Antunes sorrindo e acenando. Dessa vez ela usa uniforme laranja do Instituto Magnus, centro de formação de cães-guias para cegos. Atrás da Vivi estão as outras atletas da equipe, todas uniformizadas. Créditos: Divulgação

Fonte: Jornalista Inclusivo

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