Trilha da Inclusão: pessoas com deficiência se reúnem na Chapada Imperial

Trilha da Inclusão: pessoas com deficiência se reúnem na Chapada Imperial


A segunda edição da Trilha da Inclusão é uma oportunidade de praticar esportes radicais e ter contato com a natureza

Hanna Guimarães - Especial para o Correio

Este ano foram 60 carros e mais de 100 inscritos para participar do passeio off-road para portadores de necessidades especiais(foto: Hanna Guimarães/Esp. CB/D.A Press)

A vontade de viver aventuras e sentir a adrenalina no corpo faz a pessoa enfrentar todas as dificuldades. No último domingo, o Clube do Jeep de Brasília promoveu, na Chapada Imperial, a segunda edição da Trilha da Inclusão, um passeio off-road para portadores de necessidades especiais. A ideia do evento é auxiliar na inclusão no mundo de esportes radicais, por meio da interação com jipeiros e frequentadores de trilhas e cachoeiras.

“Muita gente acha que deficiente é feito de cristal, que não pode nem encostar. E não é bem assim, a maioria é atleta, está muito bem inserida socialmente e busca novos desafios”, explica a idealizadora do projeto, Valéria Schmidt.

“Tirar o projeto do papel foi muito complicado. Tive que ir a diversas reuniões no Clube do Jeep até conseguir autorização e interessados para participar”, revela Valéria. “Eles tinham muito medo de acontecer algum acidente, de ser arriscado nos levar para trilhas de alto impacto e o receio era muito grande. Mas depois que a primeira deu certo, todo mundo ficou bem animado”, completa. Enquanto a primeira edição teve um total de 30 participantes, este ano foram 60 carros e mais de 100 inscritos. “Ano que vem, queremos uma trilha mais radical, que passe por cima de água e tenha vários morros, queremos sempre conquistar uma superação a mais”, afirma a atleta.

Valéria desde pequena se interessava por atividades que trouxessem adrenalina e, mesmo após um acidente de mergulho no Lago Paranoá, que a deixou paraplégica, continuou praticando esportes e passeando com amigos em parques ecológicos e outras paisagens naturais. “As minhas amizades são muito antigas, estamos juntos há mais de 40 anos; então, eles sempre davam um jeito de me levar, porque sabem o quanto é importante pra mim e me faz bem”, conta.

Foram três anos de recuperação no Hospital Sarah de reabilitação e, hoje, além de aventureira e ecoturista, ela é representante de Brasília na Seleção Brasileira Paralímpica de tênis de mesa e já ganhou diversas medalhas.

Da mesma forma que ela superou suas limitações e continuou realizando aquilo que amava, a cadeirante decidiu que era importante oferecer essa oportunidade para outras pessoas que se encontram na mesma situação. O passeio é voltado para todos os tipos de deficiência e também para aqueles que desejam conhecer uma realidade diferente, de superação e força de vontade.

“Dessa vez, veio uma menina que é cega. Ela achou o máximo a sensação do carro tremendo e as curvas bruscas”, lembra Valéria. “Aqui nós temos gente de todo tipo, mas queremos atrair mais gente com down, têm muitos poucos e eles se divertem muito”, completa.

Aloísio Lima, 44 anos, fez a trilha pela primeira vez e conta um pouco da experiência: “Foi muito bacana, eu costumava fazer trilha de moto, então, pude reviver um pouco essa parte da minha vida. A emoção é diferente, mas recomendo pra todo mundo que gosta de aventura, é muito legal mesmo”, diz.

Ele passou a andar de cadeira de rodas após uma queda de 60m, durante uma atividade de rapel, mas a vontade de superação sempre foi presente e, após alguns meses de fisioterapia, passou a treinar tênis de mesa, sendo campeão paralímpico em 2016. Os esportes radicais são a próxima conquista na lista do atleta, mas não no âmbito físico. “Eu nunca tive juízo, até me convidaram para fazer rapel de novo. Coragem eu tenho, mas a patroa que não deixa. Fiquei surpreso que dessa vez ela deixou sem problemas”, brinca.


“Zequinha”

Os motoristas também gostaram muito da experiência inclusiva. Fabiana Botelho Ponte, 33 anos, acompanhou a organização do evento desde 2016, mas não pode ir na primeira edição por conflito de datas. “Eu me interesso muito pela causa, tenho uma amiga que tem uma síndrome e não cresceu. Mas ela adora andar de jipe, todo evento que a gente faz ela vai de zequinha (como é chamada a pessoa que pega carona de jipe) e foi assim que eu vi o quanto era importante essas coisas, que pra gente é rotina, porque estamos acostumados, mas pra quem não pode é uma oportunidade”, conta.

A jipeira achou a experiência muito enriquecedora e se emocionou com a alegria e a interação do pessoal. “Eu não tenho muito contato com cadeirantes ou outros tipos de deficiência no meu dia a dia, e eu pude perceber a dificuldade que eles têm pra fazer coisas muito simples, como subir e descer do carro, e até mesmo fazer xixi, que para gente é uma coisa tão básica, não temos noção de como é para eles”, diz. “Ao mesmo tempo são todos muito otimistas, nada tem sofrimento, me fez perceber que eu preciso dar mais valor para as pequenas coisas do dia a dia”, completa.


Os amantes de aventura

O primeiro Jeep Club do Brasil surgiu em 1974, em São Paulo, com a união de um grupo de amigos para fazer a restauração de um 4x4 remanescente da Segunda Guerra Mundial. Depois da experiência, eles decidiram unir todas as pessoas que gostam da liberdade de viajar off-road, com espírito de aventura, simplicidade e companheirismo, por meio do gosto em comum pelo jipe.

Quinze anos depois, surgiu o Clube do Jeep no DF, e além de reuniões, a entidade oferece cursos, festas, promoções e promove trilhas, expedições e eventos sociais. Os encontros acontecem regularmente todas as quintas-feiras no Terraço Shopping, a partir das 18h. Os interessados podem aparecer e entrar em contato para conhecer o clube e se informar sobre o calendário de atividades.


Cármen Lúcia regulamenta regras de acessibilidade em prédios

Cármen Lúcia regulamenta regras de acessibilidade em prédios


O decreto proíbe construtoras e incorporadoras de cobrar valores adicionais pelo serviço de adaptação das moradias

Todos os novos empreendimentos residenciais no país deverão incorporar recursos de acessibilidade em todas as áreas de uso comum. Já as unidades habitacionais devem ser adaptadas de acordo com a demanda do comprador.

Os condomínios terão prazo de 18 meses para se adaptar às novas regras, previstas em decreto assinado nesta quinta-feira (26/7) pela presidente em exercício, Cármen Lúcia. O texto regulamenta a Lei Brasileira de Inclusão (LBI).

O decreto será publicado nesta sexta no Diário Oficial da União. O texto descreve as recomendações técnicas para garantia da acessibilidade, de acordo com parâmetros da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O decreto proíbe construtoras e incorporadoras de cobrar valores adicionais pelo serviço de adaptação das moradias e regulamenta também a construção de vagas de garagem.

O ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, destacou que Lei Brasileira de Inclusão foi aprovada em 2015 e, desde então, não havia sido regulamentada.

“Com a medida de hoje, concluiu-se a regulamentação completa da lei em menos de um ano”, afirmou. Além das unidades residenciais, já foram regulamentados os artigos da LBI que tratam das micro e pequenas empresas; arenas, teatros e cinemas e unidades do setor hoteleiro, entre outros.

O texto é resultado de negociação com associações da construção civil e das pessoas com deficiência e foi objeto de consulta pública nacional e várias audiências públicas. A mudança contou, também, com o apoio de entidades do setor imobiliário.

Fonte: Metrópole
Projeto ensina capoeira para jovens e adultos com paralisia cerebral

Projeto ensina capoeira para jovens e adultos com paralisia cerebral

Autoras do livro 'Um olhar diferente sobre a moda', que tem versão em braile, falam ao blogVencerLimites sobre a situação atual da moda inclusiva no País e o interesse das grandes marcas internacionais. Especialistas listam as estratégias para ganhar destaque no setor que ainda enfrenta barreiras, preconceito ou desinformação sobre seu potencial de vendas. Estilistas citam os desafios para evoluir e a importância do Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva, que está com inscrições abertas.

IMAGEM 01: Autoras do livro ‘Um olhar diferente sobre a moda’ falam ao blogVencerLimites sobre a situação atual da moda inclusiva no País e o interesse das grandes marcas internacionais, listam as estratégias para ganhar destaque no setor que ainda enfrenta barreiras, preconceito ou desinformação sobre seu potencial de vendas, além dos desafios para evoluir e a importância do Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva, que está com inscrições abertas. DESCRIÇÃO #PRACEGOVER: Ao fundo, o mar, com duas gaivotas voando e um coqueiro. Em primeiro plano, na parte superior esquerda, flores de cores laranja, vermelha e amarela, além de um papagaio verde com penas vermelhas e azuis. Na parte inferior, mais flores. Ao centro o título o livro escrito em vermelho. Nas extremidades, em tamanho menor, as logomarcas da Fundação Dorina Nowill e do Instituto Nação Brasil. Imagem é cópia da estampa desenvolvida por Julia Santos, graduada em moda no Instituto Federal Jaraguá do Sul, durante estágio na fábrica de tecidos Renaux View, em Brusque (Santa Catarina). Crédito da foto: blogVencerLimites

“A moda fala de atualidade, economia, história, antropologia e do tempo”, afirma o estilista Ronaldo Fraga no prefácio do livro ‘Um olhar diferente sobre a moda’, lançamento do Instituto Social Nação Brasil, que tem versão em braile produzida com apoio da Fundação Dorina Nowill para Cegos.

O trabalho reúne textos de mestres, professores e estilistas de diversas instituições de ensino do País, e integra as iniciativas da sexta edição do Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva, que está com inscrições abertas (www.facebook.com/scmodainclusiva).

Em entrevista ao blogVencerLimites, quatro autoras do livro (Patrícia Sant’Anna, Vitoria Cuervo, Dariene Rodrigues e Silvana Louro) falam sobre a situação atual da moda inclusiva no País e o interesse das grandes marcas internacionais, listam as estratégias para ganhar destaque no setor que ainda enfrenta barreiras, preconceito ou desinformação sobre seu potencial de vendas, além dos desafios para evoluir.

blogVencerLimites – Qual a situação atual da moda inclusiva?

Patrícia Sant’Anna – Com o crescimento da classe média e da inclusão das pessoas com deficiência, o mercado de moda inclusiva tende a crescer mais e mais.

Vitoria Cuervo – No Brasil já existem algumas pequenas marcas de estilistas que estão adaptando algumas peças em suas coleções. Algumas têm lojas virtual e outras ainda estão só no boca a boca, em alguns pontos de sua terra natal ou apenas fazendo coleções e desfiles com peças experimentais.

Vemos também alguns alunos da área de moda/design fazendo seus trabalhos de faculdades sobre inclusão, mas nem todos trabalham com isso após a graduação.

Temos alguns concursos e isso incentiva alunos e profissionais da área a olhar para esse universo e propor novas soluções, o que vai movimentando o interesse para esse mercado. Mas o consumidor de fato ainda está se acostumando com a ideia de ter um vestuário pensando nas suas necessidades, isso não existia e por toda vida ele deu seu jeito pra se vestir adequadamente.

É tudo uma novidade ainda, mas tem esse movimento, embora a pequenos passos. Lá fora já tem algumas marcas e bastante coisa virtual, mas as grandes marcas conceituadas já viram a real necessidade e estão lançando coleções inclusivas, como as americanas Tommy Hilfinger e a Target. E isso é bom pra nós, porque o brasileiro só dá valor muitas vezes pras coisas quando lá fora estão fazendo.

Dariene Rodrigues – A moda inclusiva faz parte de uma nova temática da moda, com papel cultural absolutamente inovador e que reflete as mudanças da sociedade. É mostrar a importância da inclusão e que todos precisam participar com as suas diferenças, respeitando a diversidade humana.

Silvana Louro – Alguns anos atrás, as pessoas ficavam admiradas, nunca tinham ouvido falar, mas hoje isso raramente acontece. O universo da moda inclusiva já é conhecido.

blogVencerLimites – A moda inclusiva já desperta interesse de grandes empresas do setor?

Patrícia Sant’Anna – No Brasil não conheço iniciativa, mas fora do país já começa a ter algumas marcas que se aproximam do tema e do desafio de fazer roupas inclusivas ou que sejam de fácil adaptação, caso seja necessário.

Vitoria Cuervo – Acho que desperta curiosidade apenas. Acho que não se deram conta ainda da real necessidade, até porque nenhuma grande empresa já está fazendo, mas acredito que quando a primeira der o primeiro passo e, claro, for sucesso, daí todas irão querer fazer. Porque quando se fala em dinheiro, daí vira superinteressante, mas se falamos apenas em necessidade, daí não é ‘problema deles’.

Eu sei que isso pode parecer meio pesado, mas eu não consigo entender porque até hoje não teve um interesse concreto das grandes marcas e até dos estilistas conceituados. E não falo só de representatividade, de convidar pessoas com deficiência para desfilar. Isso é legal também, mas falo de pensar em um vestuário para todo mundo, pensado nas pessoas com deficiência. Mesmo que não vá vender milhões, mas as pessoas saberem que lá naquela loja tem uma roupa que vai ficar bem nela e que ela possa comprar e levar pra casa.

Eu, como estilista pequena e de moda autoral, não vou desistir disso e eu estou indo atrás das empresas. Quero mostrar que é sim uma roupa necessária, que tem gente sim que gostaria de usar isso e estou aberta para fazer parcerias com meu olhar e meu conhecimento na área.

Dariene Rodrigues – Infelizmente não. As empresas ainda não perceberam o grande potencial de mercado. Muitas pessoas necessitam ser incluídas no acesso a produtos e serviços. Enfim, uma oportunidade real das grandes e médias empresas conseguirem atrair novos clientes.

Silvana Louro – Tudo é uma questão de oportunidade e posicionamento. Eu acredito muito no meu trabalho, sei da importância dele e isso faz com que as empresas me ouçam. Firmei minha primeira parceria com uma grande marca com lançamento da coleção previsto para ano que vem. Ainda é pouco, estamos no inicio, mas também é uma vitória.

blogVencerLimites – É possível, no cenário atual, ser profissional da moda inclusiva e viver desse trabalho?

Patrícia Sant’Anna – Sim, como qualquer nicho, o pulo do gato é ganhar confiança entre os clientes, e estar aberto a criar sempre, tendo em foco as demandas desse nicho. É necessário se dedicar, conhecer, sempre se atualizar e estar atento às novas tecnologias que podem facilitar as soluções para seus clientes. Como qualquer empreendimento, é necessário persistência, foco, planejamento e conhecer o campo em que vai atuar.

Vitoria Cuervo – Claro que sim, até porque quando eu falo numa roupa inclusiva, eu falo em roupa para todos. Eu não tenho a intenção de fazer só roupa para pessoas com alguma deficiência. Eu quero que todo mundo, pessoas com e sem deficiência, tenham acesso à minha roupa, de madeira igualitária.

A pessoa com nanismo, por exemplo, vai usar uma peça com o mesmo estilo da roupa que é para quem não tem deficiência, mas com algumas adaptações. E a peça pensada para cadeirante também pode ser usada por quem não tem deficiência. Uma coisa não excluia outra.

No momento eu vendo, de fato, mais para as pessoas sem deficiência, inclusive as peças adaptadas, porque elas são bonitas e modernas.

Dariene Rodrigues – A moda inclusiva pode ser mais uma opção para as pessoas que já trabalham com moda.

Silvana Louro – Sou do grupo ‘Sebrae de Moda Sustentável’ e considerei pertinente a orientação de atender pessoas com e sem deficiência simultaneamente. Seria excludente produzir moda apenas para pessoas com deficiências. Gosto da ideia de criar a oportunidade da experiência de compra conjunta entre pessoas com e sem deficiência. Isso é inclusão e, ao mesmo tempo, amplia minha área de atuação.

blogVencerLimites – Há barreiras, preconceito ou desinformação sobre o potencial de vendas?

Patrícia Sant’Anna – A barreiral principal é saber quais tipos de deficiência você vai atender, se você tem conhecimento aprofundado sobre ela, quais as soluções que já existem no mercado, se o caminho é pela adaptação de roupas prontas ou se é de confecção específica, se você sabe como penetrar nesse mercado.

Mas quem quer usar moda? Jovens? Mulheres? Crianças? Enfim, assim como qualquer marca de moda, temos que definir as segmentações que vamos atender.

Vitoria Cuervo – Na verdade, ainda existe muita falta de informação, por falta de oportunidades, porque as pessoas não convivem com as diferenças ou porque não é muito falado, apenas nos meios mais específicos. Muita gente nem sonha que existe isso ou, quando ficam sabendo, ficam surpresos por nunca ter pensado a respeito, que não tinham ideia de vestuário diferente do que existe no mercado.

As próprias pessoas com deficiência, até pouco tempo, se viravam com o que tinha no mercado e deram seu jeito. Então, até para elas é uma novidade esse vestuário adaptado e pronto pra elas comprarem sem precisar fazer ajustes.

Não se tem a cultura de ir comprar uma peça adaptada e isso não vai mudar de um dia para outro. Ainda mais que não se encontra com facilidade essas roupas.
Tem sim um grande mercado em potencial e essas pessoas também têm o direito a consumir roupas que ficam bem nelas. Tem mercado e tem consumidor, mas para isso deve ter produto e acesso.

Dariene Rodrigues – Sim. Há desinformação por parte de alunos e profissionais da área de moda sobre a temática da deficiência, além da importância dos conceitos do desenho universal, da sustentabilidade, da autoestima e das atividades de vida diária. É necessário a quebra de paradigmas, que as pessoas possam conhecer e entender as necessidades das pessoas com deficiência e se sintam estimuladas a desenvolver soluções funcionais e elegantes.

Silvana Louro – Não se trata disso. Você tem de conhecer seu público, saber onde e como atendê-lo de maneira inesquecível. Estou inserida no universo das pessoas com deficiência, mas no passado senti o preconceito porque ninguém queria produzir minhas roupas. Já fazem oito anos e hoje eu escolho quem vai me representar. Se eu esbarrar em algum preconceito não vou ficar por dinheiro nenhum.Já tirei minhas roupas de lojas físicas porque não me representavam. O alinhamento ao meu conceito é imprescindível.

Hoje, participo de feiras e exposições dentro da área de moda com minhas roupas adaptadas sem nenhum problema. Estou no ‘Salão Inspira Mais’, em São Paulo, no setor de inovação, estarei em várias outras, sempre com a moda inclusiva de frente.

Quanto ao potencial de vendas, é preciso se perguntar: você está disposto? O mercado existe, você precisa ir atrás dele. Ter um planejamento leva tempo, mas norteia seus passos. Também precisa conhecer e amar seu público.

blogVencerLimites – Quais os principais desafios para a evolução do setor?

Patrícia Sant’Anna – Ter mais marcas de moda inclusiva que falem a linguagem da moda. Não é só fazer roupa, é dar acesso aos mesmos tipos de linguagem que as pessoas sem deficiência têm disponíveis.

Vitoria Cuervo – Quem trabalha com isso são marcas pequenas. É difícil pensar em expandir nossas marcas quando não temos verba o suficiente para isso, e também queremos vender as peças com um preço que seja acessível a todos, uma roupa inclusiva em todos os sentidos, mas fica muito dificil de pensar isso enquanto pequeno empreendedor.

Então, para a evolução do setor, a solução seria as grandes empresas, as lojas âncoras, as magazines populares, abrirem os olhos e enxergar que existe a necessidade disso, que toda essa luta não é em vão. Estamos aqui querendo nos juntar a elas e fazer a coisa acontecer. Porque daí seria muito mais acessível em todos os sentidos, preço e acesso à roupa, a sociedade começaria a entender e a olhar para o outro. Essa seria um grande marco na história da moda inclusiva.

Ou então os governos comecem a dar apoio aos pequenos. As empresas de tecido e aviamentos podiam fazer um reajuste nos preços da matéria prima para quem trabalha nesse setor. Enfim, a gente quer ganhar nosso espaço para esse mercado para que todos tenham acesso à moda de forma igual.

Dariene Rodrigues – Na esfera da criação, o desafio é encontrar soluções simples e comuns de desing de roupas para características específicas de cada deficiência. Além da escolha de tecidos e aviamentos. Já na esfera comercial, há barreiras e preconceitos das empresas varejistas, principalmente por ser algo que nunca tiveram de lidar, além do potencial de mercado.

Silvana Louro – Abertura de mercado, engrossar a fila de quem acredita. Aqueles que têm espaço precisam dar a mão para quem produz roupas adaptadas e também proporcionar experiências positivas de compra nas suas lojas e pontos de venda. Incluindo acessibilidade. Como um cadeirante vai entrar em um vestiário para provar suas roupas? É tão óbvio. E as araras com os cabides lá no alto. Percebe que é um todo? Precisa de vontade e sensibilidade. Não é preciso se tornar uma pessoa com deficiência para entender as suas necessidades.

blogVencerLimites – É possível comparar a realidade brasileira com o momento de outros países?

Patrícia Sant’Anna – No Brasil somos bem avançados. O Concurso de Moda Inclusiva foi destaque na Vogue Itália e, lá mesmo, não tinha quase esse tipo de ação. Nos Estados Unidos há muitos esforços nesse sentido.

Vitoria Cuervo – Não há diferença porque aqui já estamos nos movimentando e lá fora, embora exista há mais tempo marcas adaptadas com lojas virtuais, concursos para incentivar outros a pensar nisso foi aqui que tivemos.

Foi nos Estados Unidos que marcas conceituadas viram necessidade e estão fazendo roupas inclusivas, como a Tommy Hilfiger, que já está na sua segunda linha, e a outra americana, Target, também lançou. Temos muita gente criativa aqui e não desistimos tão fácil. Acredito que, em pouco tempo, poderemos ser pioneiros ou um dos primeiros a fazer a coisa acontecer de verdade.

Dariene Rodrigues – Não. O Brasil tem várias iniciativas, concursos e desfiles para estimular o crescimento da moda inclusiva.
Silvana Louro – Não acho possível fazer essa comparação. Demandaria tempo e estudos.

blogVencerLimites – Quais são, se existem, as grandes potências da moda inclusiva, entre países, empresas e pessoas?

Patrícia Sant’Anna – Não existem grandes potências em termos de países e empresas. Talvez o Brasil e as marcas que hoje atuam aqui sejam as mais avançadas, mas não tenho dados para afirmar isso. Sem dúvida, temos que destacar duas pessoas, ambas brasileiras.

Daniela Auler, idealizadora do Concurso Moda Inclusiva, que hoje é internacional e impulsionou muita gente a pensar sobre moda inclusiva no País, deu origem a cursos sobre moda inclusiva que pensam diversos aspectos, de que maneira criar, como pensar enquanto negócio, como é o varejo para moda inclusiva, etc. Faz um trabalho pedagógico que contaminou escolas de moda de todo o País.

Outra pessoa é a Sheila Gies, pesquisadora brasileira radicada na Alemanha que foi uma das primeiras pessoas do mundo a fazer uma pesquisa em design e cultura material, unindo moda e pessoas com deficiências. Seu trabalho pioneiro fez muita gente começar a trabalhar com o assunto e pensar sobre moda para quem tem problemas de visão, calçados para quem tem problemas nos pés, etc.
Vitoria Cuervo – Acho que qualquer lugar do mundo pode ser, quando se tem um mínimo de consciência e de amor ao próximo. Acho que temos grande potencial de fazermos esse mercado existir de verdade. Temos que ter mais apoio de empresários, políticas e abrir a cabeça das grandes marcas. Assim, seremos, sem dúvida, um País inovador e inclusivo.

Silvana Louro – A moda inclusiva está diluída em praticamente todos os países. É um movimento mundial. No meu site, mais de 50% das visitas são da China. Faz parte. Eu tenho uma preferência pela estilista Takafumi Tisuruta, da grife japonesa Tenbo. Gosto quando as roupas adaptadas são alegres e joviais, leves e lindas.




Fonte: Estadão
Cadeirantes internados no Pronto-Socorro trocam socos por causa de volume do celular

Cadeirantes internados no Pronto-Socorro trocam socos por causa de volume do celular

Foto:(Ednilson Aguiar/ O Livre)

Dois cadeirantes internados no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) trocaram socos na tarde de domingo (22). O motivo? Um suposto desentendimento por causa do volume do celular de um dos internados.

A Polícia Militar que fazia a segurança da unidade hospitalar foi chamada e precisou intervir, acalmando os ânimos dos pacientes, que possuem 34 e 35 anos.

Segundo informações da PM, por estarem internados, os pacientes não foram encaminhados à Central de Flagrantes, sendo a ocorrência registrada pela guarnição que foi até o Pronto-Socorro.

Fonte: O Livre

Brasil terá dez atletas no Mundial de Paraciclismo de Estrada

Brasil terá dez atletas no Mundial de Paraciclismo de Estrada



A Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), por meio do seu Departamento de Paraciclismo, convocou a equipe que representará o Brasil Campeonato Mundial de Paraciclismo de Estrada. A competição realizada entre os dias 2 e 5 de agosto, na cidade de Maniago, na Itália.

Confira os convocados:

Equipe masculina
Soelito Gohr (MC5) – Resistência
Lauro Cesar Chaman (MC5) - Resistência
Victor Luise Herling (MC2) - Resistência
Ulisses Leal Freitas (MH4) - Resistência
Eduardo Ramos Pimenta (MH3) - Resistência
Marcos Roberto Ribeiro (MC1) – Resistência
André Luis Grizante (MC4) – Resistência


Equipe feminina
Marcia Ribeiro Fanhani e Camila Coelho / Piloto (Tandem) – Resistência
Jady Malavazzi (WH3) - Resistência


Comissão técnica
Edilson Alves da Rocha – Chefe de Missão
Romolo Lazzaretti – Coordenador Técnico
Claudio Civatti – Técnico
Claudio Diegues – Técnico

*Com informações de Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC)




Venezuelano usa quadriciclo para dar volta ao mundo

Venezuelano usa quadriciclo para dar volta ao mundo


Deficiente físico supera limitações em busca do sonho de entrar no livro dos recordes e levantar a bandeira da paz


Dar uma volta ao mundo é uma façanha por si só, mas fazer isso sem usar as pernas, parece praticamente impossível. Diagnosticado com paralisia infantil aos 5 anos, o venezuelano Ismael Oswaldo Morales Bueño não deixou que limitações físicas o impedissem de realizar um sonho: entrar para o Livro Guinness dos Recordes.

Ismael largou o emprego como locutor de rádio, fez as malas e passou a explorar o mundo a bordo de um quadriciclo motorizado. O viajante, que agora visita Manaus, garante que já passou por mais de 115 países.

Originário da Ilha de Margarita, a nordeste de Caracas, o venezuelano começou a viagem pela Colômbia, já visitou todos os países da América do Sul e grande parte da Europa.

Ismael está na estrada há 5 anos e 10 meses e conta que a motivação para iniciar a jornada veio do momento político pelo qual a Venezuela passa. “Meu país passa por um momento de muita dificuldade e escassez. A violência tomou conta das nossas cidades. Não me sentia seguro lá”.

Ismael contou, também, que, além de entrar em contato com diferentes paisagens e culturas, a volta ao mundo é uma oportunidade de lutar pelos direitos humanos e motivar outros deficientes físicos a superarem dificuldades.

“Fico triste vendo tantas guerras hoje em dia. Viajar pelo mundo, conhecer pessoas e fazê-las abraçar a causa é a minha maior recompensa”, disse emocionado.

Apesar de não poder usar as pernas e depender da ajuda de uma muleta para ficar em pé, a maior dificuldade de Ismael para completar sua trajetória é a questão financeira.

“Dependo de patrocínio ou ajuda das pessoas que conheço nas viagens. Nem sempre consigo. Já tive que dormir na rua e passei fome diversas vezes, mas vou seguir em frente”.

Ismael saiu de Boa Vista, em Roraima, e percorreu 785 quilômetros até chegar a Manaus, na última sexta-feira, dirigindo o quadriciclo que usa para se locomover. Assim que conseguir ajuda financeira na capital amazonense, Ismael segue viagem para a América Central e América do Norte.

“Espero ficar aqui mais alguns dias e colher o máximo de ajuda possível. Estou viajando pelo Brasil há três meses e a população tem sido generosa comigo”.

Ismael está hospedado na Casa do Imigrante, espaço na zona centro-oeste de Manaus destinado a acolher imigrantes sem condições financeiras de pagar por moradia, e pede que interessados em ajudar façam uma visita ao local.

De acordo com estimativas do próprio viajante, a volta ao mundo deve acabar em, no máximo, três anos, completando um total de nove anos. A expectativa de Ismael é morar em algum país da Europa depois de completar a jornada.

Fonte: D24am
Escritor e cientista brasileiro com paralisia cerebral publicou 74 livros - Veja o vídeo

Escritor e cientista brasileiro com paralisia cerebral publicou 74 livros - Veja o vídeo

O escritor e cientista Emílio Figueira já publicou mais de 70 livros. Uma quantidade impressionante, especialmente para alguém com paralisia cerebral, causada por uma asfixia durante o parto.


Há muitos mitos sobre a paralisia cerebral. Um deles, talvez o mais difundido, é o déficit de habilidades intelectuais, uma vez que nem todas as pessoas com paralisia cerebral apresentam deficiência intelectual. É o caso de Emílio Figueira, que publicou mais livros do que a maioria das pessoas sem essa condição.


O escritor publicou o seu primeiro livro – uma compilação de 56 poesias românticas – aos 16 anos. Desde então, apesar das suas limitações motoras, escreveu 150 livros, mas nem todos foram publicados. O escritor publicou “apenas” 74 livros e queimou 40, por considerá-los apenas um exercício de estilo e ritmo de escrita.

Como dramaturgo, escreve peças para teatro, roteiros para cinema e televisão. Sempre muito curioso, inquieto, apaixonado por coisas novas, Emílio Figueira frequenta cursos e workshops de artes plásticas, música e história da arte, além de pintar quadros e coleccionar prémios.

É mais fácil entender a vasta obra do escritor espreitando a formação de Emílio Figueira. Tem licenciaturas em Jornalismo, Psicologia e Teologia, dois doutoramentos e outros cursos de pós-graduação.

Emílio Figueira é professor e conferencista de pós-graduação em temas que atravessam a Psicologia e a Educação Inclusiva, oferecendo treinos online para professores. O cientista ajudou a formar 22 mil professores no Brasil e no estrangeiro, a maioria dos quais das regiões Norte e Nordeste do país.

“Gosto de questionar os meus pensamentos limitantes. Sempre que dizem que não sou capaz de fazer algo, vou lá e faço, mesmo que não seja exactamente como as demais pessoas o fariam, mas faço à minha maneira”, conta o escritor, com o sorriso de alguém que ainda tem muitos objectivos a alcançar.

Emílio Figueira narra a sua história no livro Confissões de Um Bom Malandro, que está disponível gratuitamente na versão digital.



Fonte: zap.aeiou.pt
Medicamento de alto custo, como adquirir judicialmente?

Medicamento de alto custo, como adquirir judicialmente?


Medicamentos de alto custo são prescritos com frequência na rede pública. Principalmente para pacientes com câncer, doenças raras ou quando foram esgotadas todas as alternativas fornecidas pelo SUS.


Quando um medicamento de alto custo é prescrito, muitos pacientes entram em desespero. Acreditam que não poderão realizar o tratamento e seu estado de saúde se agravará. Já há algum tempo, para alívio desses pacientes, é possível requerer medicamentos de alto custo na Justiça. Para tanto, é necessário esgotar a via administrativa, ou seja, ter o fornecimento negado pelo SUS através de formulário próprio.

Para realizar a solicitação administrativa, será necessário verificar quem é o responsável (Estado ou Município) em fornecer tal medicamento. Procure a sua unidade de saúde ou a Secretária de Saúde do seu Município, faça o pedido formal. Se não for responsabilidade municipal, os servidores lhe encaminharão para a Secretária Estadual de Saúde.

No Estado do Paraná, a solicitação de medicamento de alto custo é realizada junto às Regionais de Saúde do Estado. Para ajudá-los, disponibilizamos o link da Secretaria de Saúde do Estado Paraná. É só clicar AQUI, para ter acesso à lista de documentos e formulários necessários para solicitar medicamentos de alto custo.

Realizado o pedido administrativo, haverá uma análise da necessidade e disponibilidade do remédio. O paciente receberá um protocolo de acompanhamento e uma data para saber o resultado da análise. Ao final, se a resposta for positiva, nada mais precisará ser feito, só retirar o medicamento e iniciar o tratamento. Caso contrário, se a resposta for negativa, o paciente receberá uma justificativa escrita sobre o motivo de indeferimento. Esta negativa é a prova de que a via administrativa já foi esgotada, a próxima tentativa poderá ser judicial.

Para tanto, a pessoa interessada deve procurar um advogado, ele é quem fará o pedido ao juiz para a liberação do medicamento. Importante lembrar, que a ação judicial pode ou não garantir o fornecimento do medicamento de alto custo, tudo dependerá das provas que forem apresentas ao juiz.

Quais são essas provas?

  • Laudos Médicos,
  • Relatórios sobre a doença,
  • Relatório médico mencionando que você já utilizou outros medicamentos fornecidos pelo SUS, mas não surtiram efeitos.
  • Receituário do medicamento pretendido,
  • Três orçamentos de farmácias ou laboratório diferentes, para demonstrar que o medicamento é de alto custo e qual seu valor,
  • Cópia do prontuário médico com o histórico de sua doença,
  • Negativa de fornecimento do medicamento emitida pelo seu Estado ou Município.
Todos esses documentos deverão ser anexados ao processo para demonstrar a real necessidade do medicamento solicitado. Seu advogado, poderá requerer ao juiz a realização de perícia médica e o laudo dessa perícia se for favorável reforçará as provas já apresentadas no processo.

Pra que serve esta perícia?

Conforme mencionado acima, o advogado pode requerer na peça inicial do processo, a realização de perícia médica. Se o juiz deferir tal pedido, nomeará um médico especialista que presta serviços à Justiça como perito. Após, será agendada a perícia médica e autor da ação será intimado sobre a data, horário e local do evento. No dia da perícia, o paciente deverá levar todos os seus documentos médicos (receitas, laudos, exames, relatórios e prontuário médico).

Realizada a perícia, o médico emitirá um laudo e o anexará diretamente ao processo.

Reforçando, esse laudo se for favorável aos seus argumentos, ajudará a comprovar sua real necessidade em usar o remédio pleiteado.

Quem será o réu do processo?

Mesmo com a divisão de responsabilidades entre Município, Estado e governo Federal, os três respondem solidariamente quando o assunto é saúde. Quer dizer, os três são os responsáveis por fornecer o medicamento. Dessa forma, depende de uma análise do caso, mas é possível indicar os três ou apenas dois como réus, seu advogado saberá a maneira correta de fazer.

Quanto tempo leva para começar a receber o medicamento de alto custo?

É difícil estipular um período certo para começar a receber o medicamento, pois quando se ingressa com um processo tudo depende do convencimento do juiz sobre a gravidade da situação. Geralmente, ao ingressar com o processo o advogado pode requerer tutela de urgência, ou seja, pedir que o medicamento de alto custo seja fornecido antes da sentença.

Para que este pedido seja deferido pelo juiz, será necessário demonstrar a urgência em receber o remédio. Sendo deferido esse pedido, o Juiz irá determinar que a Secretaria da Saúde forneça o medicamento de alto custo pretendido na ação, sob pena de multa diária, a qual será paga pelo órgão, no caso de atraso. No dia a dia, a maioria dos Juízes sempre decidem de forma a evidenciar a importância da Vida e da Saúde para o Direito. Pois a Constituição Federal brasileira é clara ao garantir esses direitos.

Deferida ou não a antecipação de tutela, o processo continuará até a sentença.

Na prática, esse tipo de processo pode levar certo tempo para se finalizar, pois os órgãos públicos tentam jogar a responsabilidade de um para o outro, ou dizem que o doente não tem direito ao medicamento, sob vários argumentos, muitas vezes financeiros (por exemplo, que o estado não tem dinheiro para arcar com tal despesa). Alguns órgãos públicos, chegam a entrar com recursos em tribunais de instâncias superiores, mas se o processo for bem servido de provas e seu advogado for um profissional competente, não há o que temer é só se preparar para as batalhas judiciais.

Tenha em mente que não é um processo fácil, mas é possível vencer! Não tenha medo e procure a justiça para garantir seus Direitos.

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