Tecnologia facilita o aprendizado de Braille
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Equipamentos prometem tornar o ensino de Braille mais divertido e contribuir para o ensino de deficientes visuais
Um dos lançamentos recentes no Brasil foi o Brinca Braille, distribuído no país pela Tecassistiva. Ao contrário dos métodos tradicionais existentes, o produto tem como proposta ensinar o Braille de maneira mais interativa e divertida. Com blocos de pontos Braille e encaixe magnético, ele permite que o aprendizado se torne mais divertido.
Segundo Wagner Bispo, da equipe comercial da Tecassistiva, o Brinca Braille tem tudo para mudar a maneira como professor e aluno se relacionam no aprendizado da linguagem.
“Entre outras funcionalidades, o professor pode usar o celular para enviar informações ao aluno e o aluno tem a tarefa de reproduzir esses dados em Braille de forma divertida, por meio de apps e do equipamento. Ele permite trabalhar letras, números e notas musicais. Tudo isso ajuda a criar um ambiente mais amigável para o ensino”, explica Bispo.
Espaço para inovação
A Tecassistiva tem como público-consumidor não só organizações que trabalham com pessoas com deficiência visual, como também os próprios cegos. A empresa acredita que o uso de tecnologia pode facilitar o aprendizado de Braille.
“No Brasil, muitos cegos se apoiam no áudio para terem acesso a livros e outros tipos de informação. Acreditamos fortemente que equipamentos com maior interatividade podem atrair mais o interesse das pessoas para o aprendizado da linguagem e tornar o processo mais leve”, conta Wagner Bispo, explicando que ainda há muito espaço para inovar nesse sentido e que a empresa está sempre de olho no que vem sendo produzido lá fora.
Difícil acesso
Infelizmente, com a alta do dólar, a aquisição de produtos como o Brinca Braille fica um pouco mais complicada. “A grande maioria dos produtos que comercializamos vem de fabricantes de fora do País, o que torna os valores pouco acessíveis”, afirma Wagner.
Mesmo assim, um dos maiores compradores da empresa são os governos, que tem feito o possível para ampliar a oferta de novas tecnologias para o aprendizado do Braille em suas instituições.
Onde buscar mais informações
Duas instituições no Brasil fazem um importante trabalho para a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. Um deles é o Instituto Benjamin Constant, que nasceu em 1850 e foi pioneiro no ensino de Braille no País. Hoje, ele é mais do que uma escola voltada para crianças e adolescentes cegos, surdocegos, com baixa visão e deficiência múltipla: o IBC vem trabalhando para questões da deficiência visual em todo o país por meio de capacitação de profissionais e assessoria para instituições públicas e privadas nessa área, além de reabilitar pessoas que perderam ou estão em processo de perda da visão.
Outra importante instituição é a Fundação Dorina Nowill para Cegos. Fundada há mais de 70 anos, ela se dedica à inclusão social de pessoas com deficiência visual por meio de diversas ações. Uma delas é a produção e distribuição gratuita de livros em braille, falados e digitais acessíveis, diretamente para o público e também para cerca de 3000 escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil. A Fundação também oferece, gratuitamente, serviços especializados para pessoas com deficiência visual e suas famílias, nas áreas de educação especial, reabilitação, clínica de visão subnormal e empregabilidade.
Fonte: Guia sobre Rodas
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