Humanização nos hospitais, ACESSIBILIDADE ATITUDINAL, já!
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Rodamos e voltamos ao mesmo ponto inicial,
qual seja a necessidade da implementação da ACESSIBILIDADE ATITUDINAL! Agora
falo da HUMANIZAÇÃO NOS HOSPITAIS. Inacreditável constatar que no ambiente onde
são tratados SERES HUMANOS os profissionais não estejam preparados para o trato
com as pessoas com deficiência!
Num bate-papo com amigos deficientes
ouvi relatos inacreditáveis. Ginecologistas que não atenderam mulheres
cadeirantes por não saberem como as colocar nos equipamentos para exames,
dermatologistas que não tiveram habilidade para ajudar deficientes físicos a se
posicionarem em macas e médicos em geral que não têm a menor habilidade para o
trato com pessoas cegas e surdas dirigindo-se aos seus acompanhantes por
considerá-las incapazes, etc...
O foco é a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL.
Transformar práticas/hábitos no SISTEMA DE SAÚDE exige mudanças no processo de
construção dos sujeitos/profissionais dessas rotinas. Somente com a
conscientização e sensibilização dos trabalhadores e usuários (protagonistas e
co-responsáveis) é que será possível mudar costumes arraigados desde o início
da civilização.
Pessoas com deficiência, em tempos
remotos, já foram consideradas impuras, pelo que atiradas contra paredões por
não terem direito a vida. Posteriormente foram largadas pelas escadarias das
Igrejas a espera de esmolas para sobreviver. Mais tarde tidas como loucas. Num
passado recente, abandonadas nas rodas dos enjeitados na esperança de que
girassem para dentro de algum convento. E no Século XXI, percebe-se pouca
evolução comportamental.
Pensar a saúde como experiência de
criação de si e de modos de viver é tomar a vida em seu movimento de produção
de normas e não de assujeitamento a elas.
Humanização é, para essa ideia, forma
de respeito à VIDA e, consequentemente, a dignidade humana, de modo a dar ao
próximo tratamento adequado/apropriado conforme as diversidades apresentadas.
Indubitavelmente estamos engessados/
enlatados pela fôrma da indústria da moda. Perdemos a vontade e, via de
consequência a ESPERANÇA!
A preguiça de pensar é tão flagrante
que admitimos que até as gigantescas redes de comidas rápidas decidam o que
comeremos. É assim, ficamos diante do painel e optamos pelo cardápio de número
1, 2, ou 3.
Num Brasil de "FOME" mães
entendem hiper engraçadinho seus filhotes fazerem guerra de batatas fritas nas
festinhas "FAST". Falam as mães: - Que espertos nossos filhos
atirando as batatas uns nos outros! Ao lado a vovó diz: - Ah! Meu netinho é
mais inteligente, já que joga o saco inteiro nos outros!
HORRÍVEL! Precisamos valorizar a
Família para a restauração dePERSONALIDADES ÉTICAS.
Inadmissível que num País onde a comida
não chega democraticamente nos pratos, responsáveis possam incentivar o
desperdício de alimentos. Pesquisas mostram que a cada 3 minutos um ser humano
MORRE de fome no Planeta!
O humano
haverá de ser retirado de uma posição padrão, abstrata e distante das
realidades concretas para ser visto em sua singularidade e complexidade.
Imperativo que respeitemos/aceitemos as DIVERSIDADES tais como se apresentam no
dia-a-dia. Temos que amar o próximo como é e não como a "CULTURA DA
SUPERFICIALIDADE" imponha que deva ser.
Então, queridos amigos vamos nos UNIR e
exigir dos governantes que invistam - maciçamente - em campanhas objetivando a
ACESSIBILIDADE ATITUDINAL! Só depende de nós um Planeta melhor! Carinhosamente.
DEBORAH
PRATES
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