Livro do Instituto Paranaense de Cegos tem versão acessível
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O livro Histórias e Memórias do Instituto Paranaense de Cegos, escrito pelo cientista social Manoel Negraes, lançado no final de 2021, tem formato acessível para pessoas com deficiência visual.
Para acessar basta fazer o download do PDF acessível ou do audiobook, no site do IPC. Viabilizado pela Lei Roaunet, o livro foi produzido pela Vias Abertas – Comunicação, Cultura e Inclusão e teve o patrocínio das empresas Greca Asfaltos, Aços Continente, ACSO – Centro de Serviços em Aço, Ravato e Fermac Cargo.
O livro impresso será distribuído gratuitamente para bibliotecas públicas de municípios do Paraná. Além disso, a obra está sendo enviada também para instituições sociais que atendem pessoas com deficiência e de assistência a pessoas menos favorecidas de diversas cidades do país.
Venda da versão impressa
A versão impressa do livro pode ser comprada no site do Instituto por 50 reais. Toda a verba arrecadada com a venda do livro será revertida para o Instituto Paranaense de Cegos (IPC).
O livro traz curiosidades e personagens que fizeram a história da instituição – referência na prestação de serviços às pessoas com deficiência visual – desde a sua fundação, em fevereiro de 1939. Além disso, leva a público informações inéditas das instituições e das pessoas cegas e com baixa visão no Brasil, por meio de um panorama desde 1835.
O lançamento ocorreu no mês marcado por três datas importantes para o movimento das pessoas com deficiência: Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3/12), Dia Nacional da Acessibilidade (5/12) e o Dia Nacional do Cego (13/12).
Nas 304 páginas, Negraes enfatiza o cotidiano do IPC, os serviços oferecidos, as trocas de experiências e conhecimentos com outras instituições, as parcerias com o poder público e o apoio da sociedade civil, buscando sempre inserir, a cada década, o Instituto no contexto nacional.
“O maior desafio foi costurar, com o fio do protagonismo, matérias de jornais, documentos institucionais e referências bibliográficas, no sentido de trazer ao texto a voz dos pioneiros da nossa luta”, diz Negraes. Para ele, o livro traz uma reflexão e chama a atenção para esse protagonismo, o qual representa, de um lado, a causa e o efeito da luta por educação, trabalho e cultura e, do outro lado, comprova que as pessoas com deficiência visual são seres humanos com qualidades e defeitos, erros e acertos, assim como as pessoas sem deficiência.
Para o diretor do IPC, Ênio Rodrigues da Rosa, a obra é indispensável para pessoas com e sem deficiência visual. “De significado incomparável, trata de conhecer a história da pessoa cega pelo Brasil, das lutas sociais e da participação das pessoas com deficiência visual na história das oito décadas do Instituto”. O diretor destaca ainda que a obra é fundamental para os professores do IPC e de outras instituições que atuam no segmento.
Sobre o autor
Manoel Negraes é cientista social e proprietário da empresa Vias Abertas – Comunicação, Cultura e Inclusão. Possui pós-graduação em Sociopsicologia, Antropologia Cultural e Tradução Audiovisual Acessível – Audiodescrição. Com baixa visão há mais de 25 anos, vem misturando espontaneamente, nas últimas décadas, vida pessoal, ativismo, pesquisa acadêmica e atividade profissional.
Atua como audiodescritor consultor, produzindo com parceiros de todo o país acessibilidade para vídeos, séries, filmes, livros, obras de arte, palestras, entre outros. Além disso, por meio de parcerias com universidades, instituições do terceiro setor e órgãos do poder público, vem trocando experiências e fortalecendo a luta pelos direitos humanos das pessoas com deficiência.
Fonte: Portal Acesse
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