Empatia na telinha: a importância da representatividade de PCDs
Compartilhe
Todo mundo tem aquele
filme que já assistiu umas 10 vezes. Ou já ficou doido para maratonar todos os
episódios daquela série. E até mesmo, já deixou de sair de casa para assistir o
final daquela novela – mesmo sabendo que iria ser reprisada no dia seguinte 😂
Não dá para negar que o
conteúdo audiovisual é uma das principais fontes de entretenimento da
atualidade. Quem nunca correu para o Youtube quando o tédio
bateu, não é mesmo!? Não é por acaso que até 2020, 80% dos conteúdos
que vão circular pela internet serão audiovisuais. Mais
do que entreter, esse formato pode ser muito informativo.
A mídia tem tanto poder
de criar hábitos e tendências, quanto de difundir e propagar um pensamento.
Esses conteúdos são projetados para aumentar a nossa percepção do mundo. E, por
isso, em pleno século XXI, não dá mais para fechar os olhos para a
diversidade e é preciso representá-la nas telinhas.
Por
ter um forte poder informativo, o conteúdo audiovisual é um canal muito
importante para mostrar a realidade das pessoas com deficiência. Isso pode ajudar todos a quebrarem a
barreira atitudinal que há dentro deles. Afinal, conhecer a realidade do outro
também é praticar um pouco de empatia.
Onde estão as pessoas
com deficiência?
Atualmente, cerca de
1 bilhão de pessoas têm alguma deficiência no mundo segundo a OMS(Organização Mundial da Saúde). Só no
Brasil, o número de pessoas com deficiência representa cerca de 24% da nossa
população. Ou seja, um a cada quatro brasileiros. Muita gente, não é mesmo!?
Mas vamos parar para refletir por um momento. Quando a gente fala de filmes,
novelas ou até mesmo propagandas: quais personagens com deficiência você se
lembra de ter visto? Eles eram o protagonista? Foram interpretados por
algum ator com deficiência?
Aposto que a lista não
foi muito grande… A indústria audiovisual ainda está no seu despertar quando o
assunto é representatividade. E isso é ainda mais claro quando se trata de
pessoas com deficiência. Por isso, os números ainda deixam muito a
desejar. Segundo a pesquisa TODXS,
realizada pela agência Head, a representatividade de pessoas com deficiência em
comerciais brasileiros não chegou a 0,12% no último ano. Um outro
estudo, o Diversity
and Social Change Initiative, analisou os 100 principais filmes
lançados em 2015. O resultado encontrado foi que o número de personagens com
deficiência foi de 2,4%. Não precisa ser nenhum gênio da matemática para perceber
que, infelizmente, esses números não chegam nem perto de representar a
realidade.
Buscando reverter essa
situação, surgiu a Gadim (Aliança
Global para Inclusão de Pessoas com Deficiência na Mídia e Entretenimento)
lançada na ONU em 2016. Essa iniciativa incentiva ações na mídia que promovam
representações de pessoas com deficiência. Ela está presente no Brasil e em
todo o mundo. O projeto foi baseado no Artigo 8 da Constituição dos
Direitos Humanos, que acredita no poder da mídia como ferramenta de
conscientização e inclusão.
Para você se inspirar
Tem histórias que tocam
a gente de uma maneira que não dá nem para explicar, né!? Também tem
personagens com os quais nos identificamos tanto, que, às vezes, até pensamos
que foram inspirados na gente. É a individualidade de cada personagem
que o conecta profundamente com determinado público. E isso, mostra o espaço
dele na sociedade, o que quebra preconceitos.
A Apple, empresa
de tecnologia, lançou em 2017 uma série de vídeos, nos quais aparecem pessoas
com deficiência realizando as mais diversas tarefas do dia a dia. Neles, é
possível ver como a tecnologia pode ser uma grande aliada nesses momentos. O
Boticário lançou a campanha de final de ano Tem gesto que não só fala,
canta, que mostra que a inclusão está a um gesto de distância.
Personagens com
deficiência podem sim ser super heróis. Esse é o caso do Demolidor, personagem
dos quadrinhos da Marvel, que conquistou as telinhas com um filme lançado em
2003. Recentemente, a história virou uma série original da Netflix. Ele não
perde por nada pro Capitão América, viu!? Já o Artie, da série Glee, mostra
para gente como é possível ser cadeirante e arrasar MUITO na pista de dança! A
série teve mais momentos de inclusão. Em um episódio há a apresentação de
um coral de surdos, que termina com cover emocionante de Imagine em
inglês e ASL (American Sign Language).
Como a gente viu, o
número de personagens com deficiência está longe de representar a realidade.
Mas estamos na torcida para que eles conquistem seu espaço no universo
audiovisual. Essa uma esperança que ganha mais força com o surgimento da Gadim.
Quem sabe a gente não volta com um post especial sobre mais personagens e
histórias que inspiram nossos corações!
Fonte: Hand Talk
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu Comentário é muito importante para nós.