Aplicativo criado na Itália usa mitologia para ajudar na cegueira
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Aplicativo Arianna ajuda
deficientes visuais a andar em ambientes fechados.
Projeto foi inspirado em
um história da mitologia grega e criado na Itália.
por Jorge Márcio
A vida de um deficiente
visual não é fácil e num mundo cheio de telas pode parecer que tudo fica pior,
mas na verdade existem centenas de aplicativos para smartphones que ajudam o
acesso de deficientes visuais a todos os tipos de informações muito mais facilmente
do que seria possível sem a tecnologia.
Entre
esses aplicativos e recursos podemos citar os livros em áudio, apps que reconhecem
cores e utilizam a voz de uma assistente virtual, entre vários outros recursos
de usabilidade que estão presentes em smartphones e tablets. Existem até mesmo
aplicativos que dão instruções de direção, igual ao GPS, mas para os
deficientes visuais nem todos cumprem a proposta tão bem como eles precisam. E
além disso, sistemas de GPS não funcionam em ambientes fechados como casas e
lojas.
Porém
um solução criada por Pierluigi Gallo e pela Universidade de Palermo na Itália
oferece ajuda na navegação em qualquer tipo de ambiente fechado e que não tem
nenhum tipo de distração de áudio ou a necessidade de GPS. A ideia é
surpreendentemente simples e se baseou na história da mitologia grega entre
Ariadne e Teseu.
No
mito, Teseu se oferece para matar Minotauro, que vive em um labirinto na ilha
de Creta. Para ajudá-lo, Ariadne lhe dá uma espada e um novelo de linha para
que ele solte o fio pelo caminho e depois de matar o monstro, consiga retornar
do labirinto.
A
ideia do pessoal da Universidade de Palermo se aproxima da história e o
aplicativo é chamado de Arianna, o nome Italiano para Ariadne e que também é
uma abreviação para pAth Recognition for Indoor Assisted NavigatioN with
Augmented perception. A ideia deles é fazer o mapeamento de uma rota por uma casa
ou prédio utilizando fita adesiva colorida no chão.
Em
um ambiente mapeado, o usuário aponta a câmera do celular para o chão e põe o
dedo sobre a tela, o usuário precisa fazer um movimento com a câmera e então
ele escaneia o caminho. Enquanto isso o aplicativo analisa os quadros
produzidos pela câmera e detecta a linha conforme ela se move na tela. QR Codes
colocados no chão podem dar ao usuário outras informações, como a localização
de lugares como banheiros, bebedouros de água, lojas e assim por diante.
Eles
já testaram o projeto em dezembro e disseram que funciona muito bem, porém já
planejam algumas novidades para o futuro. Uma das ideias é usar linhas de
infravermelho, que não são visíveis, mas que podem ser detectadas pelas câmeras
dos smartphones. E esta sensibilidade ao infravermelho é atualmente um recurso
sub-utilizados na maioria dos smartphones, como eles próprios apontam.
Eles
não disseram quando a ideia estará disponível nas lojas de aplicativos, nem
quanto irá custar. A adoção desse tipo de recurso pode ser muito barata devido
a larga adoção de smartphones e aparelhos disponíveis em várias faixas de
preço. Além do aplicativo é necessário colocar as linhas em lojas e ambientes
de uso comum, mas certamente não será algo caro.
-TechnologyReview
http://mobilexpert.com.br/apps/utilidades/materias/7144/aplicativo-arianna-ajuda-deficientes-visuais-a-andar-em-ambientes-fechados (abaixo reprodução de uma mão em três
momentos de moviemento do smartphone e a orientação espacial desenhada)
Fonte:
infonoticiasdefnet.blogspot e APNEN Nova Odessa
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