Entenda a estenose crânio-facial, de Rafaella Justus
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por, Fernanda Frozza
Aos dois anos, Rafaella fez cirurgia para corrigir uma estenose crânio-facial.
Foto: Francisco Cepeda / AgNews
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Filha do empresário Roberto Justus
e da apresentadora Ticiane Pinheiro, Rafaella sempre sofreu boatos de que tinha
uma síndrome genética. Os pais negavam qualquer problemas de saúde, mas,
recentemente, Justus contou ao jornal Folha de São Paulo que sua filha fez cirurgia para corrigir uma estenose
crânio-facial, que é uma má formação óssea do crânio.
Assim como Rafaella, outras
crianças também passam pelo mesmo problema. A estenose crânio-facial, ou
cranioestenose, é diagnosticada logo após o nascimento e normalmente aparece
com as síndromes de Crouzon (doença genética caracterizada por alterações congênitas
na face e no crânio) e de Apert (doença genética caracterizada pela malformação
do crânio, além de diversas alterações físicas e mentais), mas também pode
surgir em crianças que não apresentam nenhuma síndrome.
"O crânio do adulto é uma
peça completa. Já o da criança tem varias placas ósseas soltas, como se fosse
um quebra-cabeça. A separação entre essas peças é chamada de sutura e a
estenose ocorre quanto há um fechamento precoce dessas suturas", explica o
especialista em assimetrias cranianas Gerd Schreen, da clínica Cranial Care.
Cirurgia é necessária?
Nem todas as crianças precisam
passar por um processo cirúrgico. "Há cranioestenoses simples, quando uma
das suturas se fecha antes do tempo e não precisa ser operada, e
cranioestenoses complexas, como a da Rafaella, em que várias suturas se fecham
precocemente. Nesse último caso, é preciso fazer cirurgia para corrigir a
estética", afirma o neuropediatra Paulo Breinis, do Hospital Infantil
Sabará, em São Paulo.
De acordo com Breinis, as crianças
que apresentam cranioestenose normalmente têm o "formato de crânio
alongado e olhos rasos" e devem fazer a cirurgia antes dos seis meses de
idade. "Quanto mais rápido for feito o processo cirúrgico, mais chances de
ter resultados satisfatórios".
Durante a cirurgia, os médicos
abrem as suturas e fazem a remontagem dos ossos da cabeça e da face.
Em alguns casos mais comuns e
menos graves, as crianças podem apresentar plagiocefalia posicional, que também
é uma assimetria do crânio. "Muitas mães podem ficar angustiadas ao ver
uma assimetria no crânio de seus filhos. Mas muitas deformidades podem ser
corrigidas com órtese craniana, uma espécie de capacete que deve ser usado de
três a quatro meses e corrige o problema para o resto da vida", conta
Gerd.
Fonte: Terra Saúde
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