Engenheiro cria novo modelo de cadeira de rodas
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Protótipo tem
menor custo, é mais rápido e garante autonomia. Trabalho foi desenvolvido como
tese de mestrado na Unesp.
Um novo
protótipo de cadeira de rodas, desenvolvido pelo engenheiro mecânico Júlio
Oliveto, de 27 anos, que mora em São José dos Campos, no interior de São Paulo,
promete facilitar a vida das pessoas com deficiência motora no Brasil.
Batizado de
“Radical”, o protótipo tem custo de produção 60% menor que os modelos
convencionais, tem maior agilidade em subidas e garante autonômia ao usuário
que consegue, por exemplo, subir sozinho em uma guia elevada. O modelo ainda
não é comercializado.
Oliveto afirma
que o projeto tem como base uma tecnologia simples, que consiste na implantação
de uma terceira roda dianteira com baterias e funciona como um sistema de
reboque. “É colocado um suporte embaixo da cadeira de rodas convencional e em
seguida o protótipo se encaixa ali. Quando a bateria é acionada, é como se o
aparelho rebocasse a cadeira”, disse ao G1.
O trabalho foi
desenvolvido como resultado da tese de mestrado de Oliveto na Universidade
Estadual Paulista (Unesp) em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.
Dados
Segundo ele, o
protótipo atinge até 30 km/h e pode ser usado para trechos de grande inclinação
e também para subir em guias não rebaixadas. Em trechos de maior inclinação, a
velocidade pode ser reduzida para 5 km/h. O equipamento suporta até 90 quilos.
Todo o conjunto pesa 32 quilos e tem custo de produção de R$ 4 mil.
Além do baixo
custo, o pesquisador afirma que a manutenção do aparelho também será econômica.
“Os materiais que usei são comuns, como de bicicleta, por exemplo. Então, em
caso de algum reparo, o cadeirante terá baixo custo”, explica Oliveto.
Trabalho
O trabalho foi
feito em parceria com o orientador Victor Orlando Gamarra Rosado, que afirma
que o projeto aliou engenharia à inclusão social. “Cadeiras de rodas
motorizadas importadas podem ser adquiridas por cerca de R$ 10 mil, enquanto o
custo do protótipo desenvolvido custa até R$ 4 mil”, diz Gamarra Rosado.
Em junho, o
pedido de patente da tecnologia foi solicitado pela Agência Unesp de Inovação
(AUIN) junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Atualmente, Oliveto trabalha em melhorias no protótipo, como deixar o aparelho
mais leve, e busca parcerias para fabricar o “Radical”. O projeto também foi
apresentado na Feira de Reabilitação 2012, realizada em agosto em São Paulo.
Oliveto e o Radical durante a Feira de Reabilitação
(Foto: Arquivo Pessoal/ Júlio Oliveto)
(Foto: Arquivo Pessoal/ Júlio Oliveto)
Fonte: G1
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