Chegada de um animal de estimação melhora comportamento de crianças autistas
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Estudo mostrou que pessoas com a síndrome podem se
beneficiar se passarem a ter um animal a partir dos cinco anos de idade.
Uma pesquisa publicada no começo de agosto, no periódico
PLoS One, mostrou que o contato com animais de estimação pode ter um efeito
positivo no comportamento de crianças autistas. Segundo especialistas do Centro
de Pesquisa do Hospital de Brest., na França, pessoas com a síndrome que passam
a ter um cão ou um gato, por exemplo, depois dos cinco anos de idade podem
apresentar um melhor relacionamento com outras pessoas do que os indivíduos que
já nascem em lares com a presença algum bicho ou que passam a vida sem conviver
com um.
No artigo, os autores explicam que, embora a terapia
envolvendo contato com animais já venha sendo recomendada a crianças com
autismo há algum tempo, os resultados concretos dessa abordagem nunca haviam
sido estudados.
Participaram da pesquisa 260 indivíduos de seis a 34 anos
que tinham a síndrome. As pessoas que passaram a ter algum animal de estimação
a partir dos cinco anos de idade apresentaram melhora em alguns aspectos
específicos do comportamento social: elas se sentiam mais confortáveis e se
mostravam mais solidárias quando se relacionavam com outras pessoas do que
pacientes que nunca tiveram um animal. Os participantes que já nasceram em
casas com a presença de animais também mostraram uma melhor relação social,
embora menos intensa do que o outro grupo. Para os autores do estudo, esses
resultados devem incentivar outras pesquisas que aprofundem os mecanismos
envolvidos na relação entre pessoas com autismo e animais.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Does Pet Arrival Trigger Prosocial
Behaviors in Individuals with Autism?
Onde foi divulgada: periódico PLoS One
Quem fez: Marine Grandgeorge, Sylvie Tordjman, Alain
Lazartigues, Eric Lemonnier, Michel Deleau e Martine Hausberger
Instituição: Hospital de Brest, França
Dados de amostragem: 260 pessoas com autismo
Resultado: Pessoas com autismo que passaram a ter animais
de estimação a partir dos cinco anos de idade se relacionam melhor socialmente
do que quem nunca conviveu com algum bicho de estimação. Embora de forma menos
intensa, quem nasce em lares com animais também apresentam melhora
Fonte: Veja
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