Transporte público é considerado ruim por 41% da população de grandes cidades, diz Ipea
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Uma pesquisa sobre mobilidade urbana divulgada
nesta quinta-feira (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea) mostra que
41% da população das cidades com mais de 100 mil habitantes consideram o
transporte público “ruim ou muito ruim”. Outros cerca de 30% consideram o
serviço “bom ou muito bom”. Já nas cidades com até 20 mil habitantes, 27%
afirmam que o transporte público é “ruim ou muito ruim” e 39% o consideram “bom
ou muito bom”.
Quando questionada se concorda ou não com a
afirmação “consegue ser atendida [pelo transporte público] sempre que precisa”,
61% da população de cidades com mais de 100 mil habitantes disse discordar ou
discordar totalmente. Outros 25% afirmam concordar com a afirmação.
Em relação à população de cidades abaixo de 20
mil habitantes, 42% diz que não é atendida quando precisa, e 33% afirma que o
serviço funciona bem.
Os pesquisadores também perguntaram qual a
frequência com que os entrevistados deixam de procurar o serviço de transporte
público “por não se sentir à vontade ou em condições adequadas para
utilizá-lo”. Nas grandes cidades, 36% responderam que “sempre ou quase sempre”
e 29% afirmaram que “nunca ou quase nunca”. Já nas cidades com até 20 mil
habitantes, 52% relataram desistir do serviço “sempre ou quase sempre” contra
20% que afirmaram “nunca ou quase nunca”.
O estudo mostrou ainda que a região Sul é a
que mais utiliza carro como o principal meio de transporte. Segundo dados do
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a utilização de carros representa
64,85%. De cada 3,62 habitantes, um possui carro. Na região Norte, o principal
meio de transporte é a motocicleta, que representa 64,32%. A cada 100, 44
habitantes, um possui moto.
Esta é a segunda edição do estudo, que trata
sobre Mobilidade Urbana do Sistema de Percepção Social. Em geral, os dados
revelam as percepções que a população tem a respeito de mobilidade urbana.
O Ipea entrevistou 3.781 pessoas maiores de 18
anos em 212 municípios brasileiros entre os dias 8 e 29 de agosto de 2011–um
acréscimo de mil entrevistas em relação à edição anterior da mesma pesquisa. A
margem de erro da pesquisa é de cinco pontos percentuais.
Por: Bol
URL curta: http://correiodopovo-al.com.br/v3/?p=9463
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