Encontros segundo Cris Costa

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     Vida de solteiro é boa. A gente faz o que quer, quando quer, não dá satisfação de nada… tudo muito bem, muito bom, mas aí você conhece alguém que te desperta um interesse maior. Friozinho na barriga. Papo vai, papo vem… e combinam de sair. Sozinhos. Só você e ele. Uhu! Não era o que você queria? Muito legal, né? Mas depois de passada a empolgação com o fato do encontro estar marcado, começam a surgir todas as neuras: será que rola? Ele gostou de mim ou é só amizade? Putz, a cadeira! Além de todas as inseguranças que a maioria das mulheres tem (e acredito que os homens também tenham as deles) ainda tem isso. Como ir? no carro dele, no meu? Qual lugar? Algum acessível, ou um mais reservado e romântico? Digo isso, porque aqui no Rio não dá pra juntar as duas coisas. Ou é acessível e badalado ou esquece. Mas não há como negar que num primeiro encontro as “limitações” podem causar uma insegurança a mais e muitas vezes desnecessária.
   É importante descobrir o que lhe deixa mais confortável e, se for o caso, falar pro outro que está se sentindo inseguro. Acreditem, a maioria das nossas neuroses (referentes à deficiência ou não) está apenas em nossa cabeça. Às vezes, o outro não tá nem aí e acabamos vendo problema onde não tem. Conheço cadeirante que não se sente à vontade com o entra-e-sai do carro. Nesse caso, marca com a pessoa direto no lugar, assim fica mais tranquilo. Outros, preferem ir no próprio carro. Enfim, não importa como vai ser, mas que seja de forma que te deixe confortável. Afinal, já temos inseguranças suficientes num encontro pra ainda ter que se preocupar com logística e acessibilidade. Eu já sou daquelas que fica calculando perdas e danos, verbalizo quando deveria calar (tipo, ao invés de dizer “ei, gostei de você” digo “você viu a última eliminação do American Idol?”), e calo quando deveria falar. 100% desastrada. E se ainda tiver que me preocupar com questões “cadeirísticas” aí o desastre é garantido.
    Não tem jeito. Não dá pra esconder a cadeira e o que vem com ela, mas isso o outro já sabe. Então, faça de forma que tudo fique tranquilo pra você e assim possa aproveitar o encontro. Se achar melhor, fale como se sente. Às vezes a gente faz um terror de algo que pro outro é uma bobagem. O importante nesses encontros é estar focado em conhecer o outro e não na cadeira. Ache uma forma que te deixe confortável e divirta-se. As coisas podem sair bem melhor do que espera!



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