Criada a Frente Nacional das Mulheres com Deficiência

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Quando se fala em violência contra a mulher, a primeira coisa que vem à cabeça é a Lei Maria da Penha. Mas quem é Maria da Penha? Uma mulher que sobreviveu ao feminicídio e como resultado adquiriu uma deficiência.

Como ela, muitas brasileiras se tornam mulheres com deficiência em razão da violência. E as mulheres que já nasceram ou adquiriram deficiência, também são vítimas de violência? Infelizmente não podemos dizer com certeza porque o Brasil não tem estatísticas com recorte de gênero e deficiência.

Apesar de ter sido incluído na Lei Maria da Penha em 2019, os formulários ainda não incluem campo para declarar deficiência em caso de violência.

Além disso, os canais de denúncia não são acessíveis, as delegacias não têm acessibilidade física, o atendimento não é feito com intérprete de Libras, não há em Linguagem Simples, para citar apenas algumas barreiras

A maioria dos casos de violência não chegam a ser denunciados. As muitas dependências das mulheres com deficiência fazem com que elas não possam ou não consigam denunciar, o que faz a intervenção de terceiros muito relevante

Muitos abusos/estupros/espancamentos/violência patrimonial etc, são cometidos por quem desempenha o papel de cuidadores, e as mulheres ficam reféns dos agressores.

Estas violências são naturalizadas/negligenciadas, mesmo quando há exaustivas denúncias. 

E as mulheres com deficiência são revitimizadas, porque raramente há punição para os agressores. 

Meninas com deficiência não recebem educação acessível para prevenção contra violência na escola.

Jovens com deficiência não recebem educação sexual acessível na escola.

Todas essas questões tornam as mulheres com deficiência extremamente vulneráveis à violência.

Propomos várias ações:

– Iluminação de prédios e monumentos com a cor roxa (em alusão às mulheres e à campanha internacional #WeThe15 (Nós Os 15) para promoção dos direitos das pessoas com deficiência que são 15% da população mundial)

– Caminhadas de mulheres com deficiência e aliados

– Audiências públicas a nível municipal, estadual e nacional sobre a violência contra mulheres com deficiência

– Blitz em delegacias para checar a acessibilidade física e comunicacional

– Levantamento sobre a situação das estatísticas em casos de violência contra mulheres com deficiência

– Promoção do projeto Eu Me Protejo – educação inclusiva e acessível para prevenção da violência em escolas e secretarias de educação www.eumeprotejo.com 

– Capacitação de assistentes sociais e professores palestras nas faculdades de medicina, psicologia para estarem alertas e eventualmente acionar o sinal vermelho em casos de suspeita de violência

A Frente Nacional das Mulheres com Deficiência é um grupo de mais de ativistas, de todas as regiões brasileiras.

O grupo foi criado para promover a mobilização pela articulação e implementação de políticas públicas para o enfrentamento à violência contra a mulher com deficiência.

Descrição da imagem: logo cor branca, com fundo roxo, símbolo feminino e figura com um dos braços amputado dentro.

Tema de 2021 – Proteção das mulheres com deficiência contra a violência de 25/11 a 05/12

No dia 25/11, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a mulher, a 3/12, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, e 5/12, Dia Nacional da Acessibilidade, a Frente Nacional das Mulheres com Deficiência chama todos os defensores dos direitos humanos, dos direitos das mulheres e dos direitos das pessoas com deficiência para jogar uma luz roxa sobre a violência contra mulheres com deficiência.

25/11 – Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher

3/12 – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

5/12 – Dia Nacional da Acessibilidade

INSTAGRAM: https://www.instagram.com/frentemulherescomdeficiencia/

Fonte: Inclusive

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