Especial Dia das Mães 2021: Conheça o Mãelitante
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Projeto estreia para homenagear as mães através do debate social, conscientização e sororidade
Por Rafael Ferraz Carpi - Publisher
O movimento conta com a página no Instagram @maelitante (www.instagram.com/maelitante/), onde semanalmente será realizada uma live com palestras e debates sobre temas de interesse das mães. Participação de médicos especialistas, advogados especializados na LBI – Lei Brasileira de Inclusão (Lei Nº 13.146/2015) e na judicialização para tratamentos de saúde, membros de instituições como Defensores Públicos e outras mães, para troca de informações e conscientização de empoderamento dessas mulheres.
A idealização é da empreendedora social Daniela Rorato, especializada em políticas de atenção para pessoas com deficiências, e mãe do Guto, um jovem de 24 anos com Síndrome de Down e Transtorno do Espectro Autista (TEA), nível III.
Daniela explica que a realidade da mãe da criança com deficiência no Brasil é bem dura: 70% delas são abandonadas pelo pai e são, portanto, mães solo. Muitas vezes, tem outros filhos e para ela não existem políticas públicas. A maioria se torna uma mãe cuidadora, numa equação bem simples: se o filho precisa de terapias e cuidados específicos, ou ela tem condições de pagar alguém para cuidar, e assim poder trabalhar, ou é ela quem cuida por 24h.
“Quem é cuidadora em 24h sabe o que é isolamento, distanciamento social e passa por muitas quarentenas na vida. Creche, na pandemia? Escola para um filho com deficiência múltipla e profunda?”, questiona Daniela.
Em razão do nascimento de um filho com deficiência, muitas mães deixam de trabalhar e não têm vida social. O impacto da luta diária de criar um filho com deficiência no Brasil e depender das ínfimas políticas públicas é uma peregrinação. “Mas como anda a saúde mental dessa mulher?”, reforça a criadora do Mãelitante.
“A mãe cuidadora peregrina no sistema burocrático, seja em busca do tratamento adequado para seu filho, ou até judicialização para o cumprimento dos direitos até mais básicos. Além disso, o grupo de mães reunidas proporciona pertencimento através da sororidade. Uma sensação de não ser a única e de também não estar mais sozinha”, comenta Daniela.
Ativista especializada na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e da mãe cuidadora, Daniela foi vice-presidente fundadora da ONG AMAR, de Recife (PE), e é especializada em políticas públicas para pessoas com deficiências, empreendedora social e gestora da Soluções Inclusivas.
“Durante muitos anos eu coordenei reuniões de acolhimento e conscientização para mães cuidadoras. Agora, com a pandemia, não podemos fazer presencial. Então a intenção é levar a informação até elas. E informação pode mitigar as dúvidas e decisões, além de trazer empoderamento”, completa Daniela.
As lives serão realizadas sempre às quartas-feiras, no perfil no Instagram, onde você confere a programação inicial, e será informado o link para quem quiser participar e interagir. Acesse: @maelitante (www.instagram.com/maelitante/).
Fonte: Jornalista Inclusivo
Ai que lindoooo. Obrigada, querida. Esgtamos juntas!
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