Paratleta "vira" Homem de Ferro em curta com Cauã Reymond e super próteses - Veja o vídeo.

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Karla Torralba Do UOL, em São Paulo

Quem nunca sonhou em ser super-herói pelo menos por um dia? O atleta paraolímpico Flávio Reitz, realizou esse sonho. Pelo menos na ficção. Ao lado de ninguém menos que Cauã Reymond, o esportista estrela o curta 'Protesys' que mistura realidade e ficção em um mundo com superpróteses para quem tem deficiência.

Aos 33 anos, Flávio amputou a perna esquerda quando tinha 16 após descobrir um câncer no fêmur. Formado em geografia, ele descobriu o esporte paraolímpico e já disputou os Jogos de Londres (2012) e do Rio de Janeiro (2016). Ele já foi medalhista pan-americano no salto em altura e disputa na classe T42, para atletas amputados acima do joelho.

Agora, descobriu que tem talento para atuar.

No filme, Flávio Reitz interpreta ele mesmo, um atleta paraolímpico escolhido para um projeto científico com superpróteses que pretende formar uma espécie de super-humanos em uma junção de homem e máquina. Ele corre, salta mais de seis metros sem nenhuma ajuda e não sofre nenhum arranhão. Desenvolve habilidades motoras inimagináveis para meros mortais. Alguém duvida que ele virou um super-herói?.

Fã de franquias blockbusters como "X-Men" e "Vingadores", Flávio estreou na telinha se inspirando em seu herói preferido: o bilionário Tony Stark, que vira o Homem de Ferro ao usar ultratecnológicas armaduras. "Eu sou fã de quadrinhos e mandei mensagem pro Robert Downey Jr, que faz o Homem de Ferro, pedindo pra ele repostar o vídeo", contou Reitz em entrevista ao UOL Esporte.

Cauã Reymond em ação no curta Protesys sobre super atletas

As dicas de Cauã Reymond

O filme é dirigido por Afonso Poyart (diretor de "Aldo: Mais forte que o mundo", cinebiografia do lutador de MMA José Aldo). Na frente das câmeras Flávio contracena com Cauã Reymond. Acostumado a treinar e a competir nos maiores eventos esportivos do mundo, o atleta impressionou-se com o mundo do cinema e recebeu dicas do ator.

"Teve efeitos especiais, teve chroma key. O pessoal brincou que eu estava com mais dublês que o Tom Cruise em "Missão Impossível". É um ambiente diferente", comentou Reitz.

"O Cauã foi super-humilde e desde o primeiro momento ele deu atenção a todos que estavam em volta dele. Foi atencioso, deu dicas, perguntou a minha história, se eu estava confortável. Num primeiro momento fiquei nervoso. Essa aura que envolve o cinema é bem legal e você se relaciona com pessoas que vê pela televisão, como o Cauã. Ele me auxiliou a atuar e mostrou como fazer, olhar pra câmera, o tom da voz, a expressão", explicou.

"As superpróteses já existem"

A tecnologia das próteses já caminha junto com o esporte paraolímpico há anos. As superpróteses a cada ano ficam melhores. São utilizadas por atletas de ponta para correr, por exemplo, em uma Paraolimpíada. Às vezes dão ganho de desempenho superior ao que atletas comuns poderiam alcançar. A questão foi tema de discussão em 2012, quando o sul-africano Oscar Pistorius, amputado nas pernas, disputou a Olimpíada de Londres contra atletas sem deficiência.

"O meio esportivo tem seus limites e isso fica evidente com as discussões que tiveram com o Pistorius. Há americanos e sul-africanos que têm rendimentos melhores, mas a discussão maior do projeto é a correlação. Será que um deficiente tem condições de passar a performance de uma pessoa sem deficiência? A tecnologia veio para ajudar pessoas com deficiência e isso é inegável, mas se isso vai superar atletas convencionais, acho improvável", comenta Flávio Reitz. 



Fonte: UOL e APNEN Nova Odessa

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