GDF lança programa para melhorar acessibilidade de usuários

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Projeto da Seduh irá atender pessoas com deficiências e ainda vai ajudar no combate ao desemprego em tempos de pandemia

ARY FILGUEIRA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: RENATO FERRAZ

Parada de ônibus acessível para as pessoas com deficiência
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Custeado com recursos do Fundo de Urbanização da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), o Rotas Acessíveis vai gerar com a primeira e segunda etapas 224 empregos diretos e indiretos, num contra-ataque assertivo à falta de ocupação, agravada em tempos de pandemia. O foco é melhorar a acessibilidade para usuários de transporte urbano que têm algum tipo de necessidade especial, como cadeirantes e deficientes visuais.

As modificações ocorrem a partir do ponto de ônibus e se estendem até a porta do hospital. Ao descer do coletivo, o usuário especial já encontra paradas com sinalização tátil, para orientar pessoas com deficiência visual. São faixas em alto-relevo fixadas no chão – e esses pisos têm, como serventia, auxiliar a caminhada das pessoas, sejam elas deficientes visuais, crianças ou idosos.

Além disso, o piso é feito de bloquetes, que são mais retilíneos e fácil de se trafegar. As paradas transformadas também possuem acessibilidade para os cadeirantes. E uma rampa que vai até a porta do hospital. São mais de um quilômetro de calçada padrão Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), com dois metros de largura.

Os hospitais onde o entorno das paradas estão sendo preparados para a locomoção de pessoas portadoras de necessidades especiais são os de Planaltina, Sobradinho, Guará, Ceilândia e Samambaia. 

Os hospitais de Santa Maria e Brazlândia estão com o entorno já praticamente prontos. Faltam apenas detalhes para as obras serem concluídas. É o caso da paradas na Avenida Alagados de Santa Maria. Falta apenas um pedaço de calçada em frente ao ponto de ônibus no sentido Plano Piloto. A outra parada, em direção ao Entorno  Sul, já está pronta.

O morador de Santa Maria Fabrício Amorim, 31 anos, campeão brasileiro de caiaque para atletas portadores de necessidade especial e cadeirante, testou a acessibilidade da parada em frente ao Hospital Regional de Santa Maria a pedido da Agência Brasília. 

Ele aprovou. “Ficou muito bom, bem regular”, atestou Amorim, que mora na 302 de Santa Maria. “Isso é essencial para todo mundo. Não só para cadeirante”, disse ele, depois de fazer o trajeto duas vezes.

O teste foi acompanhado de perto pelo pintor do Gama Antônio Nascimento Albino, 41, que aguardava o ônibus. “Ficou bacana. Acessibilidade muito boa”, afirmou Antônio Nascimento. “Quanto melhor facilitar a vida deles, mais dignidade terão”, emendou.

Para chegar a esse grau de satisfação, o Rotas Acessíveis foi originado num berçário, a partir de um grande levantamento de unidades hospitalares com maior fluxo de pessoas que utilizam transporte público.

Para descrever esse périplo, a coordenadora de Projetos da Seduh, Anamaria de Aragão, que está à frente do Rotas Acessíveis.  “Formatamos um programa com as principais rotas a partir dos pontos de ônibus aos hospitais públicos e centros de ensinos especiais, que será a segunda etapa”, conta ela. 

“A gente verificou que esses hospitais trazem gente de várias localidades do Distrito Federal. E que eles se deslocam de ônibus. Quando eles descem na parada, têm muita dificuldade de percorrer até essas unidades de saúde ou escolar, que chega a ficar até 200 metros de distância. Esse projeto vai melhorar esse trajeto”, explicou ela. 

Mais mobilidade para pessoas com deficiência

Foram gastos com essa fase dos pontos pertos dos hospitais aproximadamente R$ 4 milhões. A segunda etapa do Rotas Acessíveis envolverá as escolas públicas – mais precisamente os centros de ensino especiais. E cobrirá os arredores de sete colégios, realizando adaptações semelhantes às das paradas de ônibus. Nesta segunda etapa serão investidos R$ 5,7 milhões dos recursos do Fundo de Urbanização da Seduh.

As unidades são: Centro de Ensino Especial 1 do Gama, Centro de Ensino Especial 1 de Brazlândia, Centro de Ensino Especial 1 de Samambaia, Centro de Ensino Especial 2 de Ceilândia, Centro de Ensino Especial 1 de Sobradinho, Centro de Ensino Especial 1 de Taguatinga, Centro de Ensino Fundamental 308 de Santa Maria. 

Cadeirante sobe a calçada com acessibilidade perto do hospital

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Fonte: Agência Brasília 

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