Edição 2020 do Miss Cadeirante será online por causa do novo coronavírus
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Concurso foi criado para dar visibilidade a mulheres que usam cadeiras de rodas. A disputa tem 157 participantes de 19 estados. O encontro estava marcado para o Theatro Municipal, no Centro do Rio.
Por Cristina Boeckel, G1 Rio
Edição do concurso Miss Cadeirante, que aconteceu na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, no Rio (Arquivo) — Foto: Divulgação/ Miss Cadeirante |
O concurso de beleza Miss Cadeirante será online este ano, por causa da pandemia do novo coronavírus. O encontro estava marcado para o Theatro Municipal, no Centro do Rio. O Miss Cadeirante foi criado em 2017 com 15 participantes, e em 2020 a disputa tem 157 candidatas de 19 estados.
Os organizadores esperam que a celebração pelo evento aconteça já sem o distanciamento social em janeiro de 2021 em uma festa no Rio, acompanhada por um desfile de moda.
“É uma coisa nova. É bom quando você pode colocar a faixa em uma pessoa. Mas a gente não pode, devido à pandemia”, explicou Lu Rufino, organizadora do concurso.
A primeira etapa do concurso aconteceu com uma votação que durou até o dia 25 de junho na internet. As candidatas com fotos mais curtidas e compartilhadas ganharam cinco pontos na disputa e vão à final nesta terça-feira (30), de 18h às 20h.
Você pode conferir na página oficial do evento.
O júri que escolherá a vencedora é formado por artistas, líderes de movimentos sociais e influenciadores ligados às causas dos direitos da mulher.
Integração à sociedade
Lu Rufino, organizadora do evento, é uma cadeirante que milita há tempos pela inserção das mulheres cadeirantes na sociedade. Além de estar à frente do concurso, ela é porta-bandeira da escola de samba Embaixadores da Alegria, voltada para pessoas com deficiência, que desfila na Marquês de Sapucaí todos os anos.
Casada e mãe, Lu acredita que o objetivo de iniciativas como o concurso de beleza é mostrar as capacidades destas mulheres e evitar um olhar de pena que, muitas vezes, é dirigido a elas.
“Mostrar para a sociedade que independente de qualquer deficiência ou dificuldade, o ser humano não é limitado. Ele tem potencialidades e talentos. Este concurso é para dar oportunidade para mulheres com deficiência a se mostrarem seres sensuais, sexuais, afetivos e diminuir o preconceito”, disse.7
Perfis variados
As participantes do concurso têm perfis variados. São advogadas, professoras, donas de casa, estudantes e profissionais de diversas áreas.
Leia Salles já tinha experiência como modelo quando foi eleita a Miss Cadeirante de 2018. No ano passado, por sua experiência e dedicação, se tornou embaixadora do concurso.
Ela é casada, mãe de dois filhos e tem um cachorro. A embaixadora do evento diz que o concurso abre uma possibilidade para que as cadeirantes possam ser agentes da própria história como qualquer mulher.
“Meu papel é colocá-las para frente, e fazer com que elas se enxerguem. Não permitir que as pessoas venham a rotulá-las como coitadas e não aceitar nenhum tipo de preconceito”, afirmou.
Lu Rufino como porta-bandeira da escola Embaixadores da Alegria, que desfila na Marquês de Sapucaí — Foto: Divulgação/ Miss Cadeirante |
Edição de 2019 do concurso Miss Cadeirante, realizada na Cidade das Artes — Foto: Divulgação/ Miss Cadeirante |
Leia Salles como embaixadora do concurso de Miss Cadeirante — Foto: Divulgação/ Miss Cadeirante |
Fonte: G1
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