Mulher que ficou cega volta a enxergar com olho biônico
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Uma
mulher que ficou cega há 16 anos voltou a enxergar parcialmente com um implante
de um olho biônico feito na Europa.
Bernardeta Gómez testa implante - Foto: Reprodução / Russ
Juskalian
O novo projeto, desenvolvido por cientistas da Universidade de Miguel Hernandez, na cidade de Elche, na Espanha, foi testado na paciente Bernardeta Gómez.
O sistema
tem um par de óculos com uma câmera, que se conecta a um computador.
Essa máquina “traduz” o que a câmera está capturando em sinais eletrônicos que
são enviados, com a ajuda de um cabo, para um receptor implantado com cirurgia
na parte de trás do crânio da paciente.
O receptor
se conecta a um implante com 100 eletrodos, colocado no córtex visual de
Bernardeta Gómez.
Primeira
visão
Com o
implante, ela conseguiu visualizar uma versão em baixa resolução do que estava
em sua frente, descrito por ela como “pontos brilhantes”.
Ainda não
foi possível identificar letras, luzes ou pessoas, mas o que a paciente
enxergou permitiu que ela jogasse uma versão simplificada do game Pac-Man,
dentro do próprio cérebro.
Próximos
passos
“Bernardeta
foi a nossa primeira paciente, mas nos próximos anos vamos instalar implantes
em cinco pessoas diferentes. Fizemos experimentos similares em animais, mas um
gato ou um macaco não podem explicar o que eles estão vendo”, explica o
cientista Eduardo Fernandez, diretor de neuroengenharia da Universidade de
Miguel Hernandez.
Após
décadas de estudo, Eduardo quer fazer com que grande parte das 36 milhões de
pessoas cegas do mundo consigam ter parte da visão de volta.
Agora,
ciente de que o olho biônico funciona, Eduardo Fernandez fará novos testes para
descobrir como fazer para que o implante não se degrade enquanto estiver no
corpo, além de experimentar o sistema em pacientes diferentes.
Outra
pesquisa
Eduardo
não é o único pesquisador a desenvolver um olho biônico que restaure a
visão de um paciente que não enxerga.
No ano
passado, Alex Shortt, cirurgião do hospital Optegra Eye criou um sistema
semelhante que exige de um olho e um nervo óptico funcionais.
O projeto
também envolve um par de óculos que envia imagens para eletrodos implantados no
córtex do cérebro.
Eduardo Fernandez e um alunos – Foto: Reprodução / Russ Juskalian |
Fonte: Só Notícia Boa
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