Aplicativo do SENAI ensina termos da educação profissional para surdos

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No Dia Nacional dos Surdos, instituição apresenta plataforma de celular desenvolvida para ajudar alunos e profissionais a continuarem estudando mesmo sem a presença do intérprete

Quando o Brasil começou a ter seus primeiros marcos legais em defesa da pessoa com deficiência, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) deu início a uma jornada que tinha como foco principal um desafio: receber todo aluno, com qualquer natureza de deficiência, e garantir todos os níveis de acessibilidade necessários para o aprendizado do estudante.

De lá pra cá, inúmeros casos de sucesso e de inclusão que ocorreram dentro de escolas do SENAI de todo o país deram condições para que os docentes da instituição criassem novas alternativas de ensino. Desenhos na parede mostrando ao surdo o passo a passo de um processo de desmonte de motor de um carro e o rebaixamento de mesas de costura para pessoas com nanismo estão entre as várias ações que ajudaram a incluir na escola e no mercado pessoas que nunca tiveram a oportunidade de estudar.

Agora, no Dia Nacional dos Surdos, lembrado nesta quinta-feira (26), o SENAI lança um aplicativo que vai facilitar ainda mais o aprendizado da pessoa com deficiência auditiva. O chamado SENAI Libras traduz e interpreta diversos termos da educação profissional, dando ao aluno a oportunidade de estudar mesmo sem a presença do intérprete, figura sempre presente nas salas de aula das escolas SENAI.

O aplicativo já disponível para Android, inicialmente com 100 verbetes. Até o fim deste ano, a plataforma também estará disponível para o sistema operacional iOS e deverá conter 650 termos da educação profissional. Elaborado por docentes e instrutores do SENAI de todo o país, o aplicativo, que é um tradutor/intérprete dos termos da educação profissional para Libras, já foi validado por instituições que representam os surdos, e por especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

COMO FUNCIONA - O aplicativo funciona da seguinte forma: o aluno insere na busca o termo que deseja aprender e ou traduzir e um dos avatares aparece na tela do celular movimentando as mãos e toda a sua expressão facial e corporal traduzindo o que é aquela expressão para o surdo.

Os termos contidos nesse glossário são de 7 áreas tecnológicas distintas e, conforme o termo for buscado, aparecerá um avatar diferente. Os avatares são três intérpretes virtuais: Jenifer, Fabrício e um idoso, que, por enquanto, ainda não tem nome.


INCLUSÃO - “Os avatares representam a diversidade e a inclusão. Com isso, a gente quer deixar claro que todos os públicos estão contemplados, até porque o SENAI é uma escola para todos”, explica Adriana Barufaldi, especialista em desenvolvimento industrial e gestora do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI), do Departamento Nacional do SENAI.

Desde 2007, mais de 200 mil pessoas com alguma natureza de deficiência foram matriculadas no SENAI, aproximadamente 14 mil por ano. O esforço do SENAI em ser, de fato, uma escola para todos, já resultou em histórias emocionantes que deixam claro que privilegiamos o potencial e a eficiência de cada um, desde que lhe sejam garantidas todos os níveis de acessibilidade, oportunidades de ensino, inclusão e acolhimento.

“O docente que se propõe a trabalhar com Pessoa com Deficiência precisa ter, antes da técnica, especial mobilização e amor pelo que faz. Muitos já me disseram ‘mas isso é impossível’, e o que eu sempre digo é que nós vamos tornar isso possível. No final do processo, muitas vezes, o docente sai tão realizado por ter conseguido profissionalizar todos e todas que procram o SENAI, que acaba nos pedindo para trabalhar só com eles. É um trabalho muito emocionante”, comenta Adriana Barufaldi.

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