Conheça a primeira brasileira com síndrome de down a tirar carteira de motorista
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Para Maria Clara de
Carvalho o céu é o limite. A jovem com 22 anos, moradora de Camburi, em Vitória
já é chefe de cozinha, faz aulas de teatro, dança, é casada e agora será a
primeira mulher no brasil a obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Segundo o relato de
Maria Clara, desde criança ela sonhava em dirigir, quando ela está no voltante
ao volante, ela sente uma emoção muito grande, ela tem uma sensação de
liberdade, algo sensacional.
O objetivo dela é se
preparar para ser a primeira brasileira com Síndrome de Down a ter CNH. Para
tanto, ela estuda muito todos os dias, por meio de livros com a parte teórica
bem como os simulados que existem na internet.
No entanto, seu sonho
está condicionado a avaliações psicológicas que ela deverá ser aprovada com o
intuito de comprovar sua capacidade psiquíca. Enquanto isso, ela já realiza
aulas prática com seu pai e em breve terá sua primeira aula na autoescola.
Segundo o pai de Maria
Clara, o empresário Aldeci Carvalho, o teste só apontará para aquilo que ele
acredita há muitos anos: “Ela é totalmente capaz. Todos nós temos
limitações, mas o objetivo que ela quer alcançar é possível. A notícia de que
ela tinha um ‘problema’ foi dada por uma equipe médica despreparada e com pouca
informação. O grande problema, infelizmente, é o preconceito”.
O dono da auto escola
onde Maria Clara fará as aulas práticas, Tiago Gavassa, fez questão de ser o
professor dela, para ele a vontade de Maria Clara em assumir a direção é
tanta que todos os envolvidos no processo se sentem motivados.
Para Maria Clara, desde
que ela nasceu o mundo lhe disse não. Para tudo! Os pais dela contaram a
ela que, algumas pessoas pessimistas e sem noção chegaram a falar para eles que
ela não conseguiria ler, escrever, e nem se comunicar bem. Namorar e casar então… Nem
entrava em cogitação. Muitos a apontavam e diziam: não vai fazer isso, não vai
fazer aquilo, sempre me impondo a certas limitações. Mas seus pais jamais a
limitaram e sempre lhe deram oportunidades, a tratando como uma menina normal.
Em seu relato a revista
Marie Claire ela disse: “Nunca devemos ficar presos a limites que querem nos
impor, pois somos dono do nosso destino! E eu mudei o meu, viu? Afinal, o
preconceito está nos olhos das pessoas, de quem nos vê. E nunca esteve nos meus”.
Fonte e Imagem: TV Tec Jundiai e Revista Marie Claire
Imagem: Arquivo pessoal e Tv Tec Jundiai
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