Quem precisa de acessibilidade web?
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"Somos todos nós, pessoas com
deficiência, idosos, pessoas com baixo letramento, analfabetos funcionais,
usuários atuais e futuros dos serviços e websites", afirma o W3C Brasil,
que acaba de lançar o terceiro fascículo da sua 'Cartilha de Acessibilidade na
Web'.
“Acessibilidade
web é a possibilidade, condição de alcance, percepção e entendimento para a
utilização das páginas e serviços disponíveis na internet em igualdade de
oportunidades, com segurança e autonomia”, afirma o World Wide Web Consortium
(W3C). “Quem não precisa da acessibilidade web?”, pergunta o escritório
brasileiro, W3C
Brasil, que acaba de lançar o terceiro fascículo de sua ‘Cartilha de Acessibilidade na Web’.
A
publicação descreve o público-alvo, esclarece o conceito de ‘pessoa com
deficiência’, relata as dificuldades encontradas ao navegar em uma página web
sem acessibilidade, além de listar as tecnologias que podem ser utilizadas para
promover autonomia na rede às pessoas com deficiência.
O
trabalho apresentado pelo W3C Brasil é uma iniciativa do Comitê
Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e do Núcleo de Informação e
Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Foi
elaborada em parceria com Ministério Público do Estado de São Paulo
(MPSP) e está disponível para download.
Esse terceiro fascículo
trata da ‘invisibilidade’ e da emancipação das pessoas com deficiência, da
diversidade das deficiências e das tecnologias de apoio que possibilitam o
acesso à Web, como programas leitores de telas e tradutores de Libras.
A meta é estimular a empatia
do leitor com as mais diversas formas de navegação. “Entendendo como as pessoas
com deficiência navegam, fica muito mais fácil compreender as necessidades
técnicas e implementar recursos para garantir que a web seja efetivamente de
todos e para todos”, afirma Reinaldo Ferraz, especialista em desenvolvimento
web do W3C Brasil e um dos autores da publicação.
O conteúdo tem uma lista
com mais de 40 barreiras para as pessoas com deficiência ao acessarem a web,
entre as quais estão:
– falta de navegação
pelo teclado, que afeta principalmente pessoas com deficiência visual em geral
e física
– elementos não textuais
sem equivalência em texto (imagens, botões, controles de áudio e vídeo sem
alternativa em texto)
– falta de identificação
quando de mudanças no idioma do texto (impede a identificação correta pelos
leitores de tela)
– textos alinhados à
esquerda e à direita, criando espaços irregulares entre as palavras que podem
dificultar a leitura para muitas pessoas
SAIBA MAIS – Os
fascículos I e II da Cartilha de Acessibilidade na Web do W3C Brasil já
apresentaram conceitos sobre o tema. O primeiro fascículo detalhou as
definições e a importância do desenho universal de uma página web.
Já o segundo fascículo
apresentou os benefícios de se tornar a Web acessível, e as legislações que protegem
o cidadão no caso de encontrar uma barreira de acesso em páginas.
Todo conteúdo publicado
é debatido e validado pelo Grupo de Trabalho de Acessibilidade na Web (GT
Acessibilidade na Web) do W3C Brasil, formado por 120 participantes, entre
especialistas em acessibilidade e pessoas com deficiências.
W3C BRASIL – Por
deliberação do CGI.br, o NIC.br agrega as atividades do escritório do W3C no
Brasil – o primeiro na América do Sul. O W3C é um consórcio internacional que
tem como missão conduzir a Web ao seu potencial máximo, criando padrões e
diretrizes que garantam sua evolução permanente.
Mais de 80 padrões foram já publicados, entre eles HTML, XML, XHTML e CSS. O
W3C no Brasil reforça os objetivos globais de uma Web para todos, em qualquer
dispositivo, baseada no conhecimento, com segurança e responsabilidade.
Ceweb.br – O Centro
de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br), do NIC.br, tem como missão
disseminar e promover o uso de tecnologias abertas na Web, fomentar e
impulsionar a sua evolução no Brasil por meio de estudos, pesquisas e
experimentações de novas tecnologias.
No escopo de atividades
desenvolvidas pelo Centro, destacam-se o estímulo às discussões sobre o
ecossistema da Web e a preparação de subsídios técnicos à elaboração de
políticas públicas que fomentem esse ecossistema como meio de inovação social e
prestação de serviços.
NIC.br – O Núcleo
de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (http://www.nic.br/) é uma
entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que além de implementar
as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Tem entre suas
atribuições:
– coordenar o registro
de nomes de domínio — Registro.br (http://www.registro.br/)
– estudar, responder e
tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br (http://www.cert.br/)
– estudar e pesquisar
tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (http://www.ceptro.br/)
– produzir indicadores
sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br
(http://www.cetic.br/)
– implementar e operar
os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (http://ix.br/)
– viabilizar a
participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web
– subsidiar a formulação
de políticas públicas — Ceweb.br (http://www.ceweb.br)
– abrigar o escritório
do W3C no Brasil (http://www.w3c.br/)
CGI.br – O Comitê
Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes
estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil,
coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País,
promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços
ofertados.
Com base nos princípios
de multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um modelo
de governança multissetorial da Internet com efetiva participação de todos os
setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas formulações são os 10
Princípios para a Governança e Uso da Internet (http://www.cgi.br/principios).
Fonte: Estadão SP
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