Apae Uberlândia é referência nacional no trabalho de inclusão de pessoas com deficiência
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Instituição
conta com diversas atividades voltadas à pessoa com deficiência intelectual,
múltipla e autismo.
Apae Uberlândia é referência nacional no trabalho de inclusão de pessoas com deficiência — Foto: Arquivo |
A Apae
Uberlândia desenvolve um trabalho de excelência e inclusão voltado à pessoa com
deficiência intelectual, múltipla e autismo. Contando com doações e subvenção
dos governos federal e municipal, a instituição oferece atendimentos na área da
saúde, capacitação para o mercado de trabalho, educação e assistência social.
A
diretoria da instituição vem trabalhando nos últimos anos para promover boa
visibilidade e qualidade no atendimento para que cada vez mais a Apae seja
destaque na qualidade dos serviços, a começar pelo programa “Qualidade de
Vida”, que foi pioneiro no país.
“Hoje
somos referência a nível nacional no atendimento a pessoa com deficiência
intelectual na fase de envelhecimento. Esse programa tem como destaque oficinas
que promovem qualidade de vida a esses usuários tais como música, dança,
teatro, artes plásticas, relações interpessoais, educação física, e outros”,
destacou a diretora Mirelle Vilela de Freitas Guimarães.
A
gestora e também artista plástica iniciou sua trajetória na APAE através de um
estágio de dois anos com os alunos com deficiência Intelectual. Em seguida foi
contratada para trabalhar na Educação Profissional da Instituição em oficinas
de artesanato. Depois de dois anos iniciou em outro projeto nomeado
inicialmente de “Grupo Operativo”, e ajudou a desenvolver o programa.
Ao lado
de uma equipe multidisciplinar, o objetivo da artista era desenvolver a arte
como processo terapêutico (arteterapia) junto aos adultos. Mirelle ficou por
sete anos como arteterapeuta do programa, e depois se tornou coordenadora do
projeto e saltou de 60 para cerca de 110 participantes atualmente.
Coral
Anjos do Céu
Outro
projeto bastante conhecido e que é referência na região do Triângulo Mineiro é
o grupo de coral Anjos do Céu Vasconcelos, formado por alunos/usuários da Apae
Uberlândia.
A
Vasconcelos fornece quatro profissionais ao projeto e subsidia todos os
recursos financeiros para as viagens e apresentações dos cantores dentro ou
fora de Uberlândia. No mês de setembro, o Coral participou do Festival Estadual
Nossa Arte das Apaes pela primeira vez, em Poços de Caldas, depois de vencer a
etapa regional do concurso.
Uma
vida dedicada à pessoa com deficiência
A
diretoria da instituição trabalha com afinco para promover boa visibilidade e
qualidade no atendimento dos serviços prestados pela Apae Uberlândia. E para
quem conhece Mirelle, sabe que desde pequena se tratou de um dom.
A
uberlandense trabalha há 17 anos com crianças e adultos com deficiência e passa
a vida em dedicação à inserção social e desenvolvimento dos alunos. A gestora,
de 38 anos, lembra que ainda na infância tinha o hábito de passar as férias na
casa dos avós na cidade de Prata. Um vizinho da família com deficiência sempre
ficava na expectativa de encontrá-la e perguntava constantemente para a avó
quando Mirelle apareceria. Quando as férias chegavam, era costume Mirelle
sentar na grande janela de madeira da casa para poder conversar com o vizinho
por horas.
Ela
também sempre teve muita facilidade de se comunicar com os colegas com
deficiência na época escolar e, desde a faculdade de Artes Plásticas, sabia que
queria trabalhar com pessoas com deficiência.
Nos
últimos cinco anos, Mirelle passou a assumir a cadeira de diretora da Apae
Uberlândia e trabalha diurnamente para administrar e conseguir recursos para a
entidade filantrópica. Apesar de ter saído da rotina direta com os alunos e ter
focado mais na parte burocrática, a diretora não abre mão de se fazer presente
e dar apoio ao desenvolvimento daqueles que, em quase duas décadas,
contribuíram para sua satisfação pessoal e profissional, além de serem os
responsáveis por sua dedicação diária ao trabalho.
“Trabalhar
com a pessoa com deficiência é um privilégio. Mas você tem que se preparar e se
capacitar porque o ouvir, o toque, o olhar e/ou somente um abraço podem fazer a
diferença. É muito especial e eu nunca me vi trabalhando fora daqui. Até hoje
eu continuo me emocionando toda vez que eles se apresentam e realizam alguma
atividade. O desenvolvimento deles é nítido”, destacou Mirelle.
Apae
Uberlândia é referência nacional no trabalho de inclusão de pessoas com
deficiência — Foto: Arquivo
Fonte: G1
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