Condutor da tocha olímpica emociona com homenagem à filha cadeirante

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Minha filha é medalha de ouro", declara, emocionado, o designer Carlos Raynsford, de 42 anos.

Bruna tem uma rotina ativa: tem um blog de maquiagem, faz apresentações e ama esportes
Pai campeão da pequena Bruna, de sete anos, ele foi um dos vencedores da campanha que elegeu os condutores da tocha olímpica. Escolhido entre os funcionários de sua empresa, Carlos soube da notícia em uma cena digna de um filme: caminhões da Coca-cola foram decorados com painéis contando sua história de vida da infância até o crescimento da menina.

Alegre e apaixonada por esportes, Bruna ensina todos os dias aos adultos como superar qualquer barreira com alegria. Após complicações de uma pneumonia, quando tinha dois anos, a pequena ficou paraplégica. Foram seis meses de internação, até que a família voltasse para casa e aprendesse a retomar a vida.
       
No vídeo que mandou para a campanha, Raynsford aparece praticando várias atividades físicas com sua filha. A inspiração foi a peça publicitária em que o urso polar da marca de refrigerantes vem ao Rio para se tornar um condutor da tocha. A alegria da dupla contagia qualquer espectador.

Se não fosse o bom humor dela, a gente não tinha superado. Depois de tudo que aconteceu, fomos nos transformando - conta o pai campeão:
Quando a barra fica pesadona, a inocência da criança evita que ela veja o problema como algo gigante. Ela dizia na época: "Ah, pai, não fica triste, a gente vai conseguir". E eu fui ganhando força para retomar a vida e dar a ela o que ela precisa, suprir as necessidades dela. Entramos em um mundo novo e fomos nos adaptando. Quando a gente entra no barco, vê quantas pessoas estão nele sem que a gente perceba. Quantos cadeirantes você vê na rua e nem percebe que estão ali?

Para o designer, Bruna ensina a muitas pessoas a superar preconceitos. A família sempre se preocupou em estimular a pequena a encontrar a felicidade no dia a dia.

Sempre explicamos que se aparecesse uma pílula e ela voltasse a andar não seria garantia de felicidade. E é verdade. Quantas pessoas agradecem quando deitam no travesseiro em vez de reclamar? As pessoas reclamam tanto e, enquanto isso, muita gente passa por coisas muito piores e levanta. Sempre disse: "Se esperar voltar a andar para ser feliz não vai rolar. Melhor ser feliz agora, com o que a gente tem". Conduzimos assim. No vídeo, não é uma superação. É um pai brincando com sua filha. Mas sei que a energia dela contagia as pessoas.

Apaixonado pela pequena Bruna, Raynsford se orgulha dos múltiplos interesses da pequena, que já postou vídeos de maquiagem no canal do Youtube, ama sapatos e esmaltes.

Sei que muita gente que a vê sorrindo deve pensar: "Nossa, como uma criança nessa condição é feliz?" É um preconceito pensar que o cadeirante é triste, assim como ver um casal com um homem bonito e uma mulher feia e achar que estão juntos por interesse. São preconceitos, padrões que a sociedade tem. A criança não tem um background de frustrações como um adulto que sofre uma dificuldade extrema, como ser demitido após muitos anos de empresa. Ela retoma a vida numa rota normal. Ela levanta a galera - defende o pai da menina medalha de ouro.

 Cadeirante desde os dois anos, a menina sempre superou as dificuldades com alegria: "A energia dela contagia as pessoas", diz o pai

Carlos sempre incentivou a filha a encontrar a alegria no cotidiano

 Bruna tem muitos fãs nas redes sociais


 Carlos também esteve no voo que trouxe a chama olímpica da Suíça

Fonte: Extra Globo

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