Especialistas promovem curso de automaquiagem para cegas
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Rede de salões Jaques Janine e Associação
Laramara ensinam técnicas adaptadas a mulheres com deficiência visual
Olhar no espelho e ter certeza de estar
passando a maquiagem do jeito correto é um dos passos básicos para a maioria
das mulheres que se produzem. No caso das pessoas com deficiência visual, o
ritual muda. É preciso tocar o próprio rosto e sentir onde sobrancelha, lábios,
olhos começam e terminam para passar sombra, blush e batom. Para ajudar
mulheres cegas a se sentirem mais independentes e bonitas, a rede de salões de
beleza Jaques Janine e a Laramara (Associação Brasileira de Assistência à
Pessoa com Deficiência Visual) criaram um curso de automaquiagem ministrado por
especialistas.
A primeira turma foi encerrada na
quarta-feira, 15, e já existe uma fila de espera de 40 pessoas para a próxima,
prevista para agosto. Em seis aulas teóricas e práticas, as alunas aprendem
desde preparação da pele, passando pelas funções dos produtos, até truques de
como delinear os olhos – um dos grandes desafios da maquiagem para qualquer um.
“Esse curso me fez pensar a maquiagem de uma
maneira diferente. Faz você se sentir mais bonita independentemente de você
estar se vendo ou não. Nós que estamos nos vendo sempre no espelho nunca
pensamos nisso”, diz Chloé Gaya, maquiadora e consultora de imagem do Jacques
Janine.
Geisa Souza Santos, 37 anos, ficou cega aos
26 em decorrência de um glaucoma, e afirma que o curso elevou sua autoestima.
“Ganhei mais autonomia e independência. Fiquei dez anos sem tirar os óculos
escuros, mas agora me encorajei”, conta. “Posso me maquiar e me sentir tão
bonita quanto as outras mulheres.”
Para a massoterapeuta Débora Perossi, de 56
anos, a maquiagem ajuda também no âmbito profissional. “Estou me sentindo mais
confiante com minha aparência para atender meus clientes”, afirma. A Laramara
percebeu que as pessoas com deficiência visual atendidas pela associação tinham
a necessidade de aprender mais sobre automaquiagem durante as atividades da
vida cotidiana.
“Sabemos que não é só a maquiagem que vai
definir a autoestima de uma pessoa, mas ela contribui muito para elas se
sentirem mais felizes”, coordenadora do Programa do Jovem e do Adulto, Cecília
Maria Oka. A instituição Laramara também ensina técnicas para que pessoas com
deficiência lidem com situações do cotidiano, como limpar a casa, cozinhar,
estudar e cuidar da própria higiene pessoal.
Fonte: Jornal Estadão por Gabriela
Marçal.
muito boa iniciativa .
ResponderExcluirBom dia!
ResponderExcluirNão tenho certesa nem me lembro onde eu vi. Mas gostaria de saber se existe algo que nos isente do pagamento de pedagio no Estado de São Paulo. e quais rodovias nos dão este direito?