Caneta digital pode ajudar a verificar indícios de doenças cerebrais
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“Mais pessoas como Sam precisa ser vistas,
ouvidas e receber uma chance de prosperar e de dançar.”
Atualmente,
algumas das ferramentas mais usadas pelos médicos no diagnóstico de transtornos
cognitivos ou demências envolvem essencialmente apenas duas coisas: papel e
caneta. Esses recursos podem ajudar os profissionais a verificar se há sinais
precoces de doenças cerebrais, como Alzheimer e Parkinson, por meio de
irregularidades nos desenhos feitos por pacientes.
Testes
como a Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA) e o Teste do Desenho do Relógio
(TDR) são frequentemente utilizados para detectar mudanças cognitivas
decorrentes de uma vasta gama de causas. Porém, esses testes possuem suas
limitações e dependem do julgamento subjetivo dos médicos, como determinar se o
círculo do relógio desenhado pelo paciente tem uma "menor distorção."
Apesar de
parecer um pouco arcaico, esse ainda é um dos métodos mais eficientes para
tentar detectar previamente doenças desse tipo, uma vez que a maioria delas só
permite detectar o comprometimento cognitivo depois que ele começa a afetar a
vida das pessoas.
Teste do Desenho do Relógio (TDR) (imagem - três
desenhos com relógios desenhados, à esquerda o considerado de pessoa saudável,
no centro de pesso com Alzheimer, e à direita de pessoa com Parkinson)
Agora, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT) estão tentando descobrir uma forma de detectar essas
condições cerebrais no início, antes que afetem completamente os pacientes. O
modelo preditivo apresentado pelos pesquisadores, juntamente com um hardware,
abre a possibilidade de detectar demências mais cedo do que nunca.
Ao usar o software de rastreamento personalizado
para monitorar a saída de uma caneta digital, eles podem prever com mais
precisão o aparecimento de doenças cerebrais com base não só no que o paciente
desenhar, mas na forma como ele desenha. As pessoas saudáveis gastam um pouco
mais de tempo pensando do que rabiscando, enquanto pessoas com problemas de
memória (como portadores do mal de Alzheimer) gastam muito mais tempo pensando,
enquanto os doentes com Parkinson tendem a ter problemas na hora de colocar o
desenho no papel.
Os algoritmos envolvidos nas previsões não estão
prontos para serem aplicados fora do campo de testes, mas sugerem um grande
avanço nas técnicas de diagnóstico. "O trabalho ainda está num estado
relativamente inicial, mas tem potencial não apenas para detectar melhor a
doença, mas também para ajudar os médicos a economizarem muito tempo",
explicou Phil Cohen, vice-presidente da VoiceBox Technologies, que fez uma
extensa pesquisa envolvendo as tecnologias da caneta digital.
Fonte: Canaltech e Info Notícias
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