Debate sobre perda auditiva: informação é a melhor prevenção contra o preconceito
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Foram muitas interações no debate virtual “Soluções auditivas: pelo bem-estar e contra o preconceito”, promovido pelo site Diversidade na Rua (www.diversidadenarua.cc/), projeto da
empresa Mercur, em parceria com o portal Deficiência Auditiva (www.deficienciaauditiva.com.br)
no dia 12 de novembro, às 19h.
A mediação do debate foi feita pela equipe do Portal
Deficiência Auditiva: a fonoaudióloga Mônica de Sá Ferreira, do
conselho editorial do portal Deficiência Auditiva; a jornalista e deficiente
auditiva, Daniella Lisieux de Oliveira Navarro, e a editora do portal
Deficiência Auditiva, Juliana Tavares.
“A população, em geral, não está preparada para receber e atender o
cliente com perda auditiva, assim como não sabe lidar com os outros problemas”, afirmou uma das participantes, Luciana de
Araújo Machado, fonoaudióloga.
“O funcionário que trabalha em um guichê para atender pessoas com
deficiências, deveria estar preparado para se comunicar com pessoas surdas, ter
uma boa articulação labial e expressão fácil, e saber o básico de LIBRAS".
Até hoje não encontrei nenhum que soubesse "LIBRAS”, reforçou Patrícia Rodrigues Witt, terapeuta ocupacional, deficiente
auditiva profunda e escritora do blog e livro “Surdez Silêncio em Voo de Borboleta”, que também participou do debate.
A questão da demora em procurar por tratamento adequado também foi
apresentada no debate. Isso porque estudos mostram que uma pessoa que está
perdendo audição pode demorar até 7 anos para procurar auxílio médico.
A fase do luto é muito grande e isso acaba prejudicando o tratamento,
pois a perda auditiva costuma ser progressiva.
“Além da
falta de informação, perdas auditivas progressivas costumam ser menos
percebidas que uma surdez súbita, por exemplo, onde a pessoa deixa de ouvir de
uma hora pra outra. As pessoas não têm ideia da privação e mal que estão
fazendo ao cérebro se não houver estimulação. Inclusive saiu, recentemente,
mais um trabalho científico relacionando a perda auditiva com problemas
cognitivos, como o Mal de Alzheimer”, relatou a fonoaudióloga Mônica Ferreira.
Para Daniella Navarro, informação é a chave para a autoaceitação. “Quem não sabe o que é a surdez e o quanto
aparelhos auditivos podem ajudar, acha que ficar surdo é coisa do destino,
vontade de Deus etc'.
Quando eu não usava AASI, achava que se eu aceitasse usar um aparelho
auditivo ficaria ainda mais surda porque meus ouvidos iriam se acostumar com um
som mais alto. Sério!
Eu achava que se eu me esforçasse para ouvir, estaria "estimulando" meus ouvidos! Olha que absurdo!
"Eu só passei a entender que meus ouvidos estavam se atrofiando
quando encontrei médicos e fonoaudiólogos com paciência para me explicar como
um aparelho auditivo funciona.”
Você pode ter acesso ao conteúdo completo do debate acessando: http://bit.ly/debate-perda-auditiva
Caso queira enviar dúvidas, sugestões ou contribuir com depoimentos, envie um
e-mail pararedacao.deficienciaauditiva@gmail.com.
Ajude-nos a conscientizar a sociedade sobre a importância dos cuidados
com a saúde auditiva.
Você tem alguma sugestão de tema para um próximo debate aberto? Encaminhe
para o e-mail: diversidade@mercur.com.br
Fonte: Diversidade na Rua
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