Professores surdos do INES vão ao Rock in Rio e sentem vibrações sonoras de um show pela primeira vez

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Um grupo de sete professores surdos foi ao Rock in Rio no último domingo, dia 27 de setembro, e conseguiu sentir as vibrações sonoras do show do Cidade Negra graças a um equipamento chamado SubPac, acoplado em mochilas.

A iniciativa partiu de uma parceria inédita entre a produção do festival e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), que convidou os docentes. O equipamento de áudio tátil, fabricado por uma empresa de Los Angeles, nos Estados Unidos, emite baixas frequências para o corpo conforme a música que está tocando, permitindo que os surdos possam ter a dimensão física da experiência musical.

Os professores que estiveram no evento costumam ir a festivais, mas nunca haviam sentido a música desta forma. Bruno Ramos ficou muito animado com a novidade: “Testar esse aparelho é emocionante. Mesmo sendo surdo, eu posso sentir o som, a vibração, o ritmo, e entender que meu corpo pode interpretar esses movimentos é muito bom”, afirmou o professor, em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Durante o show, Felipe Oliver, tradutor e intérprete de Libras do INES, passou o significado das letras para o grupo. Depois da apresentação, eles ainda puderam encontrar os integrantes do Cidade Negra e tiraram fotos com a banda.

A diretora do Departamento de Educação Básica (Debasi) do INES, Amanda do Prado Ribeiro, também esteve presente no evento e comemorou a parceria com um evento da magnitude do Rock in Rio. “Os surdos nunca tiveram essa experiência, então proporcionar isso, dar acessibilidade para esse público também num show de música, para que eles possam vivenciar o show com os ouvintes, não tem preço”, disse ela, lembrando que o trabalho pedagógico do instituto também inclui a música: “Toda forma de manifestação artística é uma ferramenta educacional importantíssima”.

A parceria com o INES e o Rock in Rio representa a primeira ação do SubPac na América do Sul, e o equipamento pode ser usado também por pessoas ouvintes, como DJs, por exemplo, com a intenção de deixar o som mais tátil. A sensibilidade do sistema de captação é maior nas frequências e tons mais graves.


Fonte: Instituto Nacional de Educação dos Surdos

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