Curso de audiodescrição abrirá 100 vagas no segundo semestre
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O curso de Especialização em Audiodescrição
promovido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Secretaria
de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), abrirá uma
segunda turma ainda este ano. Estão previstas 100 vagas a partir do segundo
semestre.
O curso tem o objetivo de capacitar
profissionais para promover a acessibilidade de pessoas com deficiência visual
a partir da narração de informações exclusivamente visuais, como imagens,
cenários e ações, que são necessárias para a compreensão total de conteúdos
multimídia e apresentações culturais.
Experiência pioneira
Essa é a segunda turma de especialização
nessa área no País. A primeira, que foi aberta com 50 vagas, está na fase final
de entrega de trabalhos. O secretário Nacional de Promoção dos Direitos da
Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira, da SDH/PR, considera a
experiência positiva. “Estamos com mais de 70% dos alunos concluindo a primeira
turma. Profissionais de todo o Brasil estão produzindo trabalhos de qualidade,
estão se tornando referência e disseminando a importância da acessibilidade
para a inclusão plena das pessoas com deficiência visual.”
Ferreira lembra que a política de formação
de profissionais de Audiodescrição se integra às articulações que demandam o
aumento de profissionais especializados no País. “Hoje temos eventos,
exposições e peças de teatro que cada vez mais estão inserindo este recurso; há
a obrigatoriedade de que todos os filmes realizados com verba federal sejam
audiodescritos, e os canais de TVs por assinatura que também transmitem pelo
sinal aberto estão aumentando o número de programas com audiodescrição,
seguindo o cronograma previsto na portaria nº 188/2010 do Ministério das
Comunicações”, acrescenta o secretário.
O resultado na prática
Segundo a coordenadora pedagógica do curso,
Lívia Motta, os alunos incorporaram a prática da audiodescrição à rotina. “Eles
estão começando a trabalhar com o recurso dentro de cada contexto específico.
Temos alunos que trabalham em escolas difundindo a importância da audiodescrição
como um recurso pedagógico para ampliação das oportunidades de conhecimento
para as pessoas com deficiência visual.”
E não são apenas as pessoas que convivem
com estes futuros profissionais que estão se beneficiando da nova ferramenta de
comunicação. A aluna Marilena Assis, que é cega, explica como o curso a auxilia
no conhecimento das imagens. “O que esse curso ampliou para mim como usuária,
foi esse mundo imagético que eu tive pouco acesso. Hoje tenho noção de tudo que
eu preciso de informação para construir um conceito.”
Assessoria de Comunicação Social
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