Vaga na Paralimpíada do Rio na mira
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Design de joias, Anne Pacheco banca prática do esporte e cobra apoio para treinamentos |
Era para ser
apenas hobby, experiência para algo novo. Mas, aos poucos, a prática do tiro
com arco mudou a vida de Anne Pacheco, de 28 anos. Agora, a belo-horizontina
busca uma vaga na Paralimpíada do Rio em 2016 na categoria recurvo adulto
feminino W2.
“Pesquisei e
encontrei em Belo Horizonte a Federação Mineira de Arco e Flecha (treinos na
área externa do Mineirinho). Fiz uma aula experimental e tive identificação
imediata. Nunca tinha feito esporte como cadeirante. Vi que era uma coisa para
praticar e evoluir”, afirma.
E a agenda anda
lotada. No fim de semana passado, ela disputou um torneio paralímpico na
Holanda. Como outras competições internacionais, a pontuação será importante na
luta por uma vaga aos Jogos Paralímpicos do Rio entre 7 e 18 de setembro do ano
que vem.
Em outubro, Anne
marcará presença no Campeonato Brasileiro Paralímpico, em Goiânia. Em relação
ao Para-Pan de Toronto – entre 7 e 15 de agosto deste ano – há apenas uma
terceira vaga aberta, que depende ainda de definição por parte do Comitê
Olímpico Brasileiro (COB).
“Venho treinando
cada vez mais, venho evoluindo. E é com essa seriedade com que levo o esporte,
que hoje tem um papel muito importante na minha vida, que mantenho o foco para
competir em 2016”, ressalta.
CONQUISTAS
Anne começou a
prática do esporte em março de 2013. O impulso veio por meio da TV, ao assistir
a prova de tiro com arco na Olimpíada de Londres, em 2012. São pouco mais de
dois anos de competição.
Na primeira
participação dela em uma disputa de alto nível, a atleta abocanhou a medalha de
ouro no Brasileiro, em 2013, em Belo Horizonte. Depois, veio a de prata pelo
Mineiro, no ano passado, ambas na categoria recurvo adulto feminino W2.
Para Anne Pacheco,
além de concentração, é necessário total entrega ao tiro com arco. Ela dedica
seis dias da semana – exceto às quartas –, com quatro horas de treinamentos
diários (normalmente das 7h às 11h) e muita disciplina. “Tenho um planejamento
alimentar com nutricionista, além de trabalho de fortalecimento muscular em
academia”, ressalta.
Competindo desde
2013, ela arranja tempo para conciliar o esporte com outra paixão: o trabalho
de design de joias. “Sou autônoma. Assim, tenho flexibilidade nos horários e
fica fácil conciliar”, afirma.
Até hoje ela arca
com as despesas para a prática do tiro com arco. Inclusive, bancou boa parte
dos recursos para a viagem a Holanda, onde competiu no último fim de semana.
Sem patrocínio ou ajuda maior dos órgãos oficiais, a atleta busca uma solução
por meio de projeto com base na Lei de Incentivo ao Esporte. “Busco esse apoio
para os treinamentos até a Paralimpíada”, disse.
Cadeirante desde
os 14 anos, ela evita falar sobre o assunto. Anne Pacheco diz que não encontra
limites para a prática do esporte. “Meu foco é a Rio 2016. Pensei em colocá-lo
mais perto. Depois, vou avaliar como vai ser o futuro. Agora, é um esporte com
o qual me identifico muito e, a princípio, não pretendo parar”, enfatiza.
“Meu foco é a
Paralimpíada do Rio. Depois, vou avaliar como vai ser o futuro. O tiro com arco
é um esporte com o qual me identifico muito, e não pretendo parar”, Anne
Pacheco – Atleta paralímpica.
Fonte: Jornal Hoje em Dia por Pedro Artur.
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