Liane - Despedida de uma colaboradora especial do STJ

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Grata pela experiência adquirida aqui, no Superior Tribunal de Justiça, Liane Martins Collares, ex-colaboradora do Tribunal da Cidadania, foi a primeira pessoa com síndrome de Down a assumir um cargo comissionado na Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Governo do Distrito Federal (GDF).

Gaúcha de 51 anos, Liane é dona de um brilho no olhar e de uma determinação que não vê limites para o seu crescimento pessoal e profissional. Nossa colega, durante quatro anos, relata emocionada a gratidão que sente pelo STJ.

“No Tribunal, conheci várias pessoas e fiquei muito feliz. Não tenho palavras que expressem tantas coisas bonitas. Foi um momento bastante rico, sem preconceito”, ressalta.

Ela destaca o profissionalismo dos servidores como um dos diferenciais do STJ. Além disso, elogia o ambiente receptivo e tranquilo que encontrou por onde passou. Revela, ainda, consideração ao falar da experiência no gabinete: “o ministro Humberto Martins é muito sensível às diferenças. Estou aplicando o que aprendi no STJ agora à Secretaria”.

Determinação

Liane acredita que o “futuro se constrói com amor no trabalho” e sempre teve o apoio da família, que estimulou seu desenvolvimento intelectual. Ela é autora do livro Liane, mulher como todas, no qual revelou o seu desejo de ser simplesmente uma mulher comum, apesar de ter síndrome de Down. “Sou uma mulher como todas. Gosto de me arrumar, adoro conversar, curto os romances das novelas, participo de teatro e não resisto a uma comida gostosa.”

O primeiro contato com o mercado de trabalho foi há 20 anos, como estagiária, realizando atividades de escritório na Coordenação de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, também no GDF. Depois trabalhou na creche da Fundação Cruz de Malta por nove anos.

Chegou ao Tribunal da Cidadania em 2011 e permaneceu até dezembro de 2014. Foram inúmeras experiências durante o período em que esteve aqui, como o trabalho no Centro de Estudos da Saúde da Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SIS) e no gabinete do ministro Humberto Martins.

Mãos que se ajudam

Liane foi contratada por meio de uma parceria firmada entre o atual programa Semear Inclusão, da SIS, e a Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (Cetefe).

A gestora do programa, Simone Pinheiro, afirma que o Semear Inclusão foi reformulado, e a intenção é atribuir a essas pessoas uma tarefa específica que irá contribuir para o STJ. “É preciso dar dignidade, mostrando o que elas podem produzir para a equipe, dentro de suas capacidades. Para isso, serão treinadas e avaliadas”, explica.

A partir de agora, o principal parceiro do programa será a Secretaria de Documentação (SED). Entre as atividades a serem executadas pelos colaboradores estão as de higienização e de conservação de acervos, acompanhadas por servidores do Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos (LACOR/SED).

Ao se lembrar de Liane, Simone afirma que ela enfrentou muitos desafios, mas acredita que o apoio da família, a experiência dos locais por onde passou e principalmente sua perseverança foram essenciais para o seu sucesso. “Ela é educada, gentil, disciplinada, além de ter uma boa oratória e capacidade de organização”, ressalta a gestora.

Simone esclarece que a síndrome não é uma doença, e sim uma alteração cromossômica (trissomia no cromossomo 21) que faz com que as pessoas tenham características diferentes. “Eles humanizam o nosso dia a dia. Fazem-nos lembrar de que o trabalho pode ser feito de forma diferente”, conclui.

21 de março

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a cada 600/800 nascimentos, uma criança tem síndrome de Down, independentemente de etnia, gênero ou classe social.

Dia Internacional da Síndrome de Down tem o objetivo de valorizar as pessoas com a síndrome, conscientizar a sociedade sobre a importância da promoção de seus direitos e, assim, permitir que elas se integrem na sociedade.

A data, proposta pela Down Syndrome International e criada em 2006, faz alusão à trissomia do 21 (21/3).

Fonte: STJ

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