Paraná fornece bengalas para deficientes visuais
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Para facilitar a mobilidade dos paranaenses
com deficiência visual, o Governo do Estado iniciou na sexta-feira (13), em
Curitiba, a distribuição de bengalas longas flexíveis que auxiliam na locomoção
de pessoas cegas. Nesta primeira etapa, os 45 novos equipamentos vão beneficiar
usuários do SUS previamente cadastrados no Instituto Paranaense de Cegos (IPC)
e que já tenham indicação médica para utilizá-los.
A ação foi possível graças a uma parceria
entre a Secretaria Estadual da Saúde, o Consórcio Metropolitano de Saúde do
Paraná (Comesp) e o IPC, que levantaram as demandas deste grupo de pessoas e
elaboraram um projeto para o fornecimento gratuito das bengalas. A medida faz
parte da política estadual de atenção integral à saúde da pessoa com
deficiência, que está sendo fortalecida em todo o Paraná.
“O uso desta bengala trará mais qualidade de
vida às pessoas cegas, pois é uma das alternativas indicadas pelos médicos para
garantir mais autonomia ao indivíduo”, disse a superintendente de Atenção à
Saúde, Márcia Huçulak. Segundo ela, a mudança também tem reflexos positivos na
saúde da pessoa, que se sente mais independente.
DEMANDA – De acordo com um levantamento
preliminar, pelo menos outras 200 pessoas cadastradas no Instituto Paranaense
de Cegos estão aptas a receber o equipamento. Cada caso será avaliado pela
direção do IPC, que organizará todo o processo para a solicitação do
instrumento.
A diretora do Comesp, Neusa
Swarowski, afirma que todas as bengalas são fabricadas de acordo com as
necessidades de cada pessoa. O equipamento é produzido sob medida pelo Programa
de Tecnologia Assistiva da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(Prota-UTFPR), em Curitiba.
PREPARAÇÃO – O diretor da entidade, Enio
Rodrigues da Rosa, explica que além das bengalas, são ofertadas aulas de
orientação em mobilidade para os usuários. “O objetivo é ensiná-los a se
locomover sozinhos, seja através do uso da bengala, do cão-guia ou do
guia-vidente [pessoa que enxerga e é treinada para a condução]”, ressaltou.
Enio conta que essa preparação é importante
para tornar o processo de locomoção mais seguro. “Ensinamos técnicas que evitam
acidentes, sobretudo na travessia de ruas e no deslocamento em calçadas”,
completou.