São Paulo premia melhores empresas para trabalhadores com deficiência
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O prêmio tem como objetivo dar visibilidade às boas
práticas relacionadas a inclusão profissional de pessoas com deficiência.
As empresas públicas e privadas, que possuem o Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) no Estado de São Paulo têm
a oportunidade de apresentar suas experiências de inclusão profissional de
pessoas com deficiência ao se inscreverem no I Prêmio Melhores Empresas para
Trabalhadores com Deficiência.
Serão avaliados cinco aspectos do ambiente das empresas: acessibilidade,
cultura organizacional, gestão de pessoas com deficiência, protagonismo,
recrutamento e seleção. Para inscrição, com prazo até 17 de outubro, e maiores
informações, os interessados podem acessar o site do prêmio.
O prêmio tem como objetivo dar visibilidade às boas práticas relacionadas a
inclusão profissional de pessoas com deficiência, ao reconhecer e estimular as
demais organizações a aperfeiçoarem seus programas de respeito a diversidade
humana. Trata-se de uma iniciativa da Secretaria de Estado dos Direitos da
Pessoa com Deficiência e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Os inscritos respondem a um questionário e, após análise das informações
fornecidas, a comissão de seleção visitará as 10 finalistas entre micro,
pequenas e grandes empresas com o objetivo de confirmar a veracidade das
informações. Após a avaliação da comissão julgadora (formada por personalidades
nacionais de destaque na área da inclusão profissional e defesa dos direitos da
pessoa com deficiência) serão definidos os vencedores. Estes serão apresentados
durante cerimônia de premiação no dia 10 de dezembro. As finalistas terão suas
práticas divulgadas na publicação “As Melhores Empresas para Trabalhadores com
Deficiência – Práticas de Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de
Trabalho”.
As vantagens da inclusão da pessoa com deficiência no ambiente empresarial
passam pela valorização da imagem corporativa junto a consumidores, parceiros e
investidores e pela incorporação de uma nova e diversificada força produtiva.
Uma pesquisa da Hill & Knowlton, por exemplo, assegura que 72% dos
executivos entrevistados reconhecem a importância da responsabilidade social
para a reputação da empresa no mercado.
O Brasil tem hoje, cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de
deficiência. Somente no Estado de São Paulo, são mais de 9 milhões. Uma em cada
cinco pessoas com deficiência do país está no Estado de São Paulo, cerca de 20%
da população. A taxa de ocupação da população com deficiência brasileira (43%)
é bastante próxima da porcentagem de ocupação da população como um todo (44%).
No Estado de São Paulo, aproximadamente 5 milhões de pessoas com deficiência
estão trabalhando (o que representa 48% da população com deficiência). Na
população como um todo, esse número atinge 55%. O que confronta a ideia de que
pessoas com deficiência não estão no mercado de trabalho.
O Censo do IBGE de 2010 identificou que 2.8 milhões de pessoas com deficiência
possuem ensino superior completo (incluindo mestrado e doutorado), ou seja, um
número mais do que suficiente para suprir não somente as vagas potencialmente
criadas pela Lei de Cotas, mas também outras oportunidades profissionais em
empresas não abrangidas pela lei federal. Contudo, de acordo com levantamento
realizado pela Fipe, 68,9% dos trabalhadores com deficiência sentem pouca ou
nenhuma compatibilidade entre o cargo e sua escolaridade, comparado com 42,8%
para pessoas sem deficiência, fator este que motiva a criação do prêmio.
Nesse contexto são extremamente relevantes as iniciativas para reconhecer e,
principalmente, propagar as boas práticas de inclusão das pessoas com
deficiência em instituições de pequeno, médio e grande porte, ao estimular não
apenas o cumprimento à legislação, mas também a eliminação de paradigmas e
barreiras atitudinais, permitindo melhorar e ampliar as oportunidades
profissionais para as pessoas com deficiência.
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