Dez pontos para saber sobre um cão-guia
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O cão-guia é selecionado e treinado por quase dois anos
para poder desempenhar, com segurança, a sua função: conduzir a pessoa com
deficiência visual pela cidade. O cão e o seu dono se comunicam a todo
instante, por movimentos na guia ou comandos verbais. Essa interação é
fundamental para a segurança, a mobilidade e a agilidade de ambos.
No entanto, o instrutor internacional do Iris Cão-Guia,
Moisés Vieira Júnior, revela que é muito comum as pessoas confundirem o
cão-guia com um bicho de estimação, atrapalhando o trabalho de condução do cão.
“No Brasil, a cultura do cão-guia é muito incipiente, existem poucos cães nessa
função. Muitas vezes as pessoas não sabem como agir corretamente quando se
deparam com ele e podem acabar prejudicando o trabalho do cão e até colocando
em risco a segurança do cego que está sendo conduzido”, explica Moisés. Com o
intuito de levar mais conhecimento sobre o cão-guia para os cidadãos, o Iris
Cão-Guia, organização sem fins lucrativos dedicada a treinar e doar cães-guia
aos cegos brasileiros, elencou dez pontos que você precisa saber quando estiver
diante de um cão-guia:
1. Nunca fale ou toque no cão-guia enquanto ele estiver
com a guia e o colete. O uso deste equipamento significa que ele está
trabalhando, ou seja, conduzindo o seu dono, portanto não pode perder o foco de
suas atividades.
2. Jamais alimente o cão-guia. Ele tem horário certo
para comer.
3. O cão-guia só pode ser acariciado quando estiver sem
a coleira e o colete – sinal de que está no intervalo de descanso.
4. Se estiver com algum cão, controle-o para que não
prejudique o trabalho do cão-guia e seu dono.
5. Não tenha medo do cão-guia: ele é bem treinado e não
vai te morder.
6. Se quiser ajudar um cego e seu cão-guia, pergunte
primeiro se o dono está precisando de auxílio. Jamais o toque sem que ele
esteja preparado.
7. Em ônibus ou no metrô, seja gentil e deixe o
cão-guia e o seu dono entrarem primeiro no coletivo. Isso facilita o trabalho
do cão.
8. Nos coletivos, o cão-guia sempre se posiciona aos
pés do seu dono, acomodado no assoalho. Tome cuidado, ao sair, para não pisar
nele.
9. O cão-guia está habituado e capacitado a entrar e
permanecer em todos os tipos de estabelecimento. Fique tranquilo: ele não fará
bagunça ou causará transtornos.
10. A lei 11.126 garante o acesso do cego e seu
cão-guia a qualquer ambiente coletivo, público ou privado.
Fonte: Revista Incluir
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