Tecnologia facilita a vida dos deficientes visuais
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A
tecnologia assistiva – aquela que transforma a vida de pessoas com necessidades
especiais – é uma área que avança a passos largos e contínuos; sempre há
novidade e gente inteligente quebrando a cabeça para melhorar a vida de quem
realmente precisa.
Entre os deficientes visuais, uma ferramenta muito popular é o leitor de tela
para computadores. O software de interação via áudio com o micro permite que o
cego tenha uma vida online completa, mas essa inclusão digital promete ganhar
uma nova realidade com a linha braile.
A linha braile é a conexão direta e completa do deficiente
visual com o mundo digital; claro, em braile.
"É bem mais importante porque a gente tem acesso à grafia e ela nos dá
autonomia porque tudo na tela está em braile", afirma Wilcler Vieira,
analista de suporte / Tecassistiva.
"Avançando ou retrocedendo, você tem acesso a todo o texto que está ali no
computador, com várias linhas de atalho, que são facilmente
compreensíveis", conta Alessandro Augusto, diretor comercial /
Tecassistiva.
De volta ao mundo offline, outros equipamentos também já
disponíveis no Brasil contribuem bastante para uma maior autonomia dos
deficientes visuais. Um bom exemplo é este leitor autônomo... "Você coloca o documento em cima do equipamento. Ele
nem tem tampa, então é muito fácil de utilizar, passando a ler o arquivo
automaticamente", afirma Augusto, diretor comercial / Tecassistiva.
Através de uma microcâmera e um software de reconhecimento
de texto, o equipamento fotografa o documento e o transforma em áudio para que
o usuário possa ouvir o que está escrito.
"Fica muito difícil ler as correspondências que chegam
em sistema comum sem uma pessoa para ler para a gente. Com o scanner, nós
passamos a ter autonomia".
Todos esses equipamentos são importados (e caros), mas já
contam com um incentivo do governo para a redução de impostos e diminuição dos
custos. As linhas brailes e os leitores autônomos já podem ser encontrados em
algumas redes de ensino e até em instituições, como é exemplo o Sesc de
Sorocaba, no interior de São Paulo.
Aqui a biblioteca está equipada com um scanner com as
mesmas funções do leitor autônomo. O equipamento é capaz de reconhecer e ler
qualquer texto...
"Esse equipamento facilitou muito o acesso porque eles
podem vir à biblioteca e utilizar qualquer livro através do equipamento",
diz Tatiana Amorim, bibliotecária / SESC Sorocaba.
Outro novo dispositivo que chama a atenção é esta máquina
fusora. A máquina oferece uma experiência tátil para o cego além do braile. Com
ela, o deficiente visual é capaz de, por exemplo, reconhecer um desenho, uma
planta de um apartamento e até uma assinatura.
"É a reação deste papel especial com a tinta preta -
que contém muito carbono - e na temperatura correta, dá este alto relevo. Isso
dá a possibilidade de uma pessoa com deficiência visual aprender geografia e
geometria", afirma Augusto, diretor comercial / Tecassistiva.
Segundo o IBGE, no Brasil são mais de sete milhões de cegos
e outros 21 milhões de pessoas com baixa visão. A tecnologia, na medida em que
se populariza e se torna acessível à essa população, é uma ferramenta
indispensável para devolver a autonomia e oferecer uma nova realidade ao
deficiente visual.
Aqui no Olhar Digital, a gente já publicou uma série muito
interessante sobre tecnologia assistiva. Se você perdeu ou quiser rever as
matérias, acesse nosso site. Os links estão logo abaixo do vídeo desta
reportagem. Aproveite e deixe seus comentários no nosso fórum...participe!
Fonte: Olhar digital
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