Restaurantes de Belo Horizonte fazem alterações para receber cadeirantes
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Obras no acesso e adaptações nos
banheiros estão em alta nas casas da capital
“Comer pizza é direito de todos”, diz
Cecília Vieira, sócia do restaurante Pizza no Galpão, no Prado. Na próxima
semana, ela pretende “ inaugurar” as adaptações do espaço para receber cadeirantes.
Assim como Cecília, outros donos de restaurantes vêm investindo em obras para
garantir a acessibilidade às casas. Em alguns casos, a decisão foi espontânea.
Em outros, a cobrança partiu do Ministério Público. Por um motivo ou por outro,
a boa notícia para os cadeirantes é que há na cidade uma oferta muito maior de
endereços preparados para recebê-los.
Com gastos estimados em 30 000 reais,
o restaurante A Favorita, em Lourdes, foi um dos que fizeram recentemente
modificações no salão para atender às necessidades dos cadeirantes. “Quero
garantir o máximo de conforto a eles”, diz Fernando Areco, dono do
estabelecimento. No Belo Comidaria, no São Pedro, as condições de acesso foram
pensadas desde o princípio pelos arquitetos. “Garantir acessibilidade era
necessário para a obtenção do alvará, mas, ainda que não fosse, teríamos
investido nisso porque recebemos vários clientes que possuem alguma
deficiência”, afirma Rafael Mantesso, um dos sócios.
A tendência das adaptações são
confirmadas pela presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das
Pessoas com Deficiência de Minas Gerais (Conped), Kátia Ferraz. “O fato de o
Brasil sediar grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo e as
Olimpíadas, e portanto, receber turistas das mais diversas partes do mundo,
contribui para que a sociedade fique mais atenta às questões de
acessibilidade”, diz Kátia. Em Minas Gerais, 4,5 milhões de pessoas com
deficiência vivem em Minas Gerais, sendo que 22% delas possuem algum tipo de
deficiência física ou mobilidade reduzida, segundo estimativas do censo de
2010.
De olho nesse público, o empresário
Agilberto Martins, que vai inaugurar três unidades da Pizzaria Olegário e uma
do Santafé, conta que as casas foram dimensionadas pensando nos cadeirantes.
“Fizemos tudo de acordo com as normas técnicas para garantir o acesso desses
clientes”, afirma.
A lei municipal 9 078, aprovada em
2005, estabelece a Política da Pessoa com Deficiência na cidade e determina que
a construção, ampliação ou reforma de edifícios destinados ao serviço de uso
coletivo deverão garantir às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
Confira dez estabelecimentos que
possuem acesso e banheiro adaptado, de acordo com as regras da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para pessoas com deficiência física ou
mobilidade reduzida:
Fonte: Veja BH
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