Cadeirantes fazem manobras radicais na Megarrampa e pulam de bungee jump

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“Você só vive uma vez, por isso seja o melhor no que fizer”. Com essa frase de efeito, o norte-americano Aaron Fotheringham, de 23 anos, conhecido como “Wheelz”, respirou fundo e se atirou com uma cadeira de rodas de cerca de 20 metros de altura da Megarrampa, de Bob Burnquist, na Califórnia.

Cadeirante desde os três anos de idade devido uma doença congênita na coluna chamada espinha bífida, Aaron sempre se aventurou em atividades extremas e se considera um cadeirante motocross, como se autodefine.

Wheelz (rodas, em inglês), como é conhecido, anda com um cadeira especial, mais leve e com amortecedores nas quatro rodas, utilizada por ele para andar em pistas de skate e até em saltos inacreditáveis do alto de rampas como a do festival Nitro Circus e a imensa Megarrampa.

Utilizar equipamentos básicos de proteção, como capacetes, luvas e cotoveleiras, parecem não ser o suficiente para o destemido Wheelz. Na primeira descida da rampa de Bob, o tombo foi feio. E mesmo assim ele não desistiu, mesmo perdendo um dente frontal em uma das quedas.

Carismático, sua paixão pelos esportes com excesso de adrenalina chegam a transformar seu treinamento em obsessão, e voltar inteiro de manobras como backflips e frontflips (cambalhotas de frente e de costas) fazem de Wheelz uma das principais atrações dos eventos que participa.

Ao contrário de Aaron, o canadense Riley Martin, de 21 anos, começou a usar uma cadeira de rodas a pouco mais de quatro anos, depois que um acidente de moto o deixou paraplégico. Ao assistir um vídeo de Rick Hansen, um outro canadense paraplégico que rodou por mais de 34 países na década de 80 para levantar fundos para pessoas com dificuldades de locomoção se atirando de bungee jump, Rick também se aventurou na ideia.

“Ao ver o vídeo parecia fácil, mas quando chegou minha vez eu fiquei realmente preocupado”, afirmou Rick ao programa Good Morning America, do canal americano CBS, no final do ano passado. “Tenho de admitir que eu fechei meus olhos naquele instante”, confessa Rick após o salto de cerca de 60 metros de altura em Whistler, no Canadá.

O mar não é o limite para quem anda de cadeira de rodas

Pranchas de waveski (um formato semelhante a um caiaque no qual o praticante fica sentado amarrado por uma cinta na parte externa do equipamento) já são usadas por surfistas com dificuldades motoras a muito tempo. O norte-americano Charles Webb sabe disso e costuma participar de diversas competições nos Estados Unidos, onde já ficou conhecido por sua performance.

Recentemente foi cumprimentado pelo maior surfista de ondas grandes do planeta, o americano Laird Hamilton, depois de sair da água com uma nova invenção que promete ajudar ainda mais os cadeirantes radicais.


Uma prancha de stand up paddle adaptada para cadeira de rodas. A invenção criada pelo californiano Kawika Watt, dona da empresa Onit Ability Boards, além de mais pesada e resistente, possui uma cadeira de rodas adaptada para todo terreno que é fixada na prancha.

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