Piauiense cria prato e talheres adaptados para deficientes visuais
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Uma
barra metálica foi soldada na borda do prato para dar uma referência ao
deficiente sobre a posição correta para ele se alimentar e servir como apoio
para colocar a comida nos talheres, além de evitar que o alimento derrame.
Uma
invenção simples, mas funcional foi criada pelo piauiense Carlos Amorim para
auxiliar milhões de deficientes visuais na
hora das refeições. Após uma decepção, ele teve a ideia de adaptar o prato e
talheres para quem não possui a visão.
O constrangimento despertou a genialidade de Carlos, que também é deficiente
visual. Ele pensou numa solução para o problema e, através de um desenhista,
inventou um prato e talheres adaptados para quem não possui visão. Uma barra
metálica foi soldada na borda do prato para dar uma referência ao deficiente
sobre a posição correta para ele se alimentar e servir como apoio para colocar
a comida nos talheres, além de evitar que o alimento derrame.
Já os talheres adaptados evitam que o deficiente tenha ideia da posição correta
dos acessórios. Um ponto universal foi instalado na colher, garfo e faca.
"Espero que todos os restaurantes do Brasil adotem a ideia. Recentemente,
foi promulgada a lei que exige o cardápio em braile em
todos estes estabelecimentos e agora faremos uma emenda para contemplar também
o prato e talheres adaptados", destacou o aposentado.
Segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
no Brasil tem mais de sete milhões de deficientes visuais. Para o aposentado
Carlos Amorim, diariamente, quem não enxerga é exposto a preconceitos e
constrangimentos. Uma cena que ele não esquece e revela ter sido incentivo para
a sua criação foi durante um jantar num restaurante, quando uma jovem com
deficiência visual, ao provar uma sopa, derramou a comida em sua roupa. "A
cena gerou vergonha e comentários desagradáveis de pessoas que não entendem as
dificuldades de quem é cego", comentou.
Carlos Amorim patenteou a invenção no Instituto
Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
O órgão recolheceu que a criação inventada pelo deficiente visual é inédita e a
partir de agora ele poderá lucrar com o prato e talheres adaptados. "Quem
cria uma patente, o intuito é ele possa no futuro ter o retorno do que
ele investiu com o projeto e o trabalho de criação", explicou a
supervisora do INPI-PI, Maria Santa Fé Sousa.
Fonte: G1 Piauí
Sou cego, mas acho isso totalmente desnecessário! Só vai servir pra que nos subestimem e segreguem ainda mais.
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