Cadeira inovadora dá mais autonomia a tetraplégicos
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Testes terão continuidade para aprimoramento do
protótipo, que poderá ter patente requerida em nome da UEL
Projeto
desenvolvido pelo Laboratório de Controle Avançado, Robótica e Engenharia
Biomédica, do curso de Engenharia Elétrica do Centro de Tecnologia e Urbanismo
(CTU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) resultou em uma solução de
baixo custo para melhorar a autonomia de pessoas com paraplegia ou tetraplegia.
Paratletas da equipe de basquete de cadeira de rodas de Londrina testaram nesta
segunda-feira (10) o protótipo desenvolvido em laboratório, movido por sopro e
sucção, dispensando qualquer outro esforço físico.
Os primeiros movimentos em condições reais
mostraram uma cadeira ágil, de respostas rápidas. Os testes devem ter
continuidade para aprimoramento do protótipo, que poderá ter patente requerida
em nome da UEL, para posterior repasse de tecnologia a empresas que tenham
interesse em fabricar o produto em escala comercial.
O modelo foi desenvolvido a partir de uma ideia do
pesquisador Walter Germanovix, em 2000, a partir da refilmagem de “Janela
Indiscreta”, protagonizado por Christopher Reeve e Daryl Hannah. Na época
Germanovix e o também pesquisador da UEL, Ruberlei Gaino eram alunos de
doutorado na Universidade de Londres. O projeto ganhou força a partir de 2006,
com financiamento da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior (SETI).
Um dos diferenciais é justamente o baixo custo, se
comparado a produtos importados, que custam até R$ 70 mil, segundo a
professora, Sílvia Galvão Cervantes, uma das integrantes do Laboratório de
Controle Avançado, atualmente diretora do CTU. Ela estima que a cadeira “made
in Brazil” possa chegar a um custo de R$ 6 mil, tornando-se bem mais acessível.
“O usuário deste equipamento sempre será dependente, mas ganhará autonomia para
locomover-se, sobretudo em casa”, definiu Sílvia.
O professor Ruberlei explica que o modelo “pé vermelho” tem custo acessível porque utiliza componentes igualmente baratos. Os pesquisadores desenvolveram um módulo de baixo custo, com circuitos e sensores avaliados em aproximadamente R$ 500,00. A cadeira elétrica tem custo estimado de cerca de R$ 3 mil. O diferencial é exatamente a tecnologia de última geração, desenvolvida na UEL, utilizando softwares e recursos da Engenharia Biomédica.
O professor Ruberlei explica que o modelo “pé vermelho” tem custo acessível porque utiliza componentes igualmente baratos. Os pesquisadores desenvolveram um módulo de baixo custo, com circuitos e sensores avaliados em aproximadamente R$ 500,00. A cadeira elétrica tem custo estimado de cerca de R$ 3 mil. O diferencial é exatamente a tecnologia de última geração, desenvolvida na UEL, utilizando softwares e recursos da Engenharia Biomédica.
O projeto envolveu pelo menos sete professores e
cerca de 15 alunos de graduação (Iniciação Científica) e pós-graduação
(Mestrado) e serviu inclusive de modelo para cientistas da Holanda, que vieram
conferir o trabalho desenvolvido pela UEL.
O estudante de mestrado em Engenharia Elétrica,
Édino Gentilho Júnior, está concluindo sua dissertação com base na experiência
da cadeira de rodas. Coube ao estudante, que tem apenas 26 anos, aprimorar a
tecnologia embutida no protótipo até os testes finais.
Segundo o mestrando, sua função foi retirar a
cadeira da bancada adaptando-a as condições reais de utilização. Ainda não há
testes sobre a durabilidade da bateria, cuja recarga ocorre com o uso da
energia elétrica. Ele estima que a autonomia do modelo seja de 15 horas.
Fonte: Agência UEL
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