Seminário discute acessibilidade e turismo adaptado em evento no Senac Bagé

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Ana Fagundes, Fernando Nogueira e Monyque Lenciza, sob orientação de Michele Ferreira, ganhadores da 4° Feira de Projetos do Senac com projeto de turismo acessível
O 1º Seminário de Inclusão, Acessibilidade e Turismo ocorre nesta sexta-feira, das 13h30min às 22h, na prefeitura, e vai discutir a acessibilidade na cidade e o turismo adaptado. A ideia foi dos estudantes do curso técnico em Guia de Turismo da escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Fernando Fagundes Nogueira e Monyque Elenciza, que receberam o apoio do Senac para realizar a atividade.
 
Depois de apresentar o projeto Turismo Sem Limite, os estudantes resolveram discutir as condições para fazer turismo na cidade, falando da acessibilidade dos locais públicos e privados, além de divulgar o turismo que é feito no município com pessoas de todos os tipos de necessidades.
 
Para os promotores do evento, apesar de alguns prédios históricos possuírem acesso a deficientes, as ruas da cidade são a pior parte. Eles lembram que a existência das rampas facilita para os cadeirantes, porém os deficientes visuais continuam sem as calçadas com pisos táteis. “As janelas que abrem para fora também são problemas”, comenta Nogueira.
 
Um dos destaques do seminário é o diretor comercial e consultor em Acessibilidade e Turismo, Ricardo Shimosakai. Morador de São Paulo, o diretor é cadeirante e um dos nomes mais conhecidos quando o assunto é turismo adaptado.
 
Antes de fazer a sua fala no evento, ele deve realizar um tour pela cidade, visitando os prédios históricos e o centro. Através da visitação, Shimosakai poderá apontar os pontos positivos e negativos da acessibilidade no município.
 
Os organizadores comentam que o seminário é aberto a todos e oferece acessibilidade a todos os tipos de deficientes. “Ainda não é 100%, mas terá intérprete de libras, material em braile, rampa e elevador à disposição do público”, destaca. O evento dará direito a certificado de oito horas expedido pelo Senac. As inscrições serão feitas na hora.
 
O cenário em Bagé

Em Bagé, existem bons e maus exemplos de prédios com acessibilidade. A Casa de Cultura Pedro Wayne não tem rampa para a chegada de cadeirantes. "Não teria como fazer uma modificação porque o prédio é histórico. Mas uma rampa móvel faz falta”, ressalta a funcionária do local, Iara Souza.
 
A servidora acrescenta que uma rampa seria útil no local que está sempre de portas abertas para visitações. Ao contrário, o Instituto Municipal de Belas Artes (IMBA) possui rampa na entrada e elevador que leva os visitantes a qualquer andar do prédio. As adequações foram feitas há cerca de um ano e meio e facilitam a entrada dos alunos com deficiência.
 
A rotina de cadeirante
Morando na cidade há cinco meses, Vera Gonçalves de Miranda tem esclerose múltipla e, por isso, usa cadeira de rodas. Ela conta que andar pelas ruas da cidade é tarefa difícil. “São muitos buracos e eu já quebrei a minha cadeira duas vezes”, conta.
 
Antes de residir no município ela morava em Porto Alegre. Quando veio para o interior Vera esperava poder passear e sair mais na rua. “Eu troquei seis por meia dúzia”, pondera.
 
Muitas vezes, Vera tem que ficar do lado de fora de uma loja, esperando o filho que a auxilia, pois não há como passar pelos obstáculos. Para finalizar, a cadeirante comenta que, se pudesse, gostaria de conhecer a Casa de Cultura.
 
Programação

13h30min às 14h - cadastramento
14h - abertura com o coordenador do curso de Guia de Turismo do Senac, Juliano Munhoz
14h30min - projeto Turismo Sem Limites - Fernanda Nogueira, Monyque Lenciza e Ana Fagundes
15h - Construindo e Cantando
15h20min - presidente da Associação de Deficientes Visuais, Paulo Augusto da Rosa
15h50min - presidente da Apatur, Sandra Telles
16h20min - sala de recursos - Regina Mendonça e Rinaldo Domingues
16h50min - Coffe Break
17h30min - diretor da empresa "Turismo Adaptado" e consultor em acessibilidade no turismo, Ricardo Shimosakai
19h - advogado Max de Lima
19h20min - CTG Campo Aberto
19h35min - advogado Guilherme Silveira
20h05min - Núcleo de Desenvolvimento Educacional (Unipampa)
20h45min - Intérprete nativista, Vitória Nogueira
21h - oftalmologista Marcelo Niemiec Teixeira
21h20min - Coral Natalino
21h45min – encerramento


Fonte: Folha do Sul

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