Surdos têm acessibilidade garantida nas universidades de Juiz de Fora / MG
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Estudantes vão contar com intérprete de Libras (Foto: Reprodução/TV Integração) |
Os estudantes Mirela de Oliveira e Gabriel Ribeiro estudam oito horas por dia. A rotina é intensa porque eles nasceram surdos e foram alfabetizados na língua portuguesa de sinais. Os dois se juntaram a um grupo e por meio da Defensoria Pública da União foi realizada uma ação civil que pedia mais acessibilidade nas provas. O pedido foi aceito em 2011.
“Eu me senti muito feliz porque agora tem a acessibilidade pra gente em toda a prova traduzida. Ano passado eu fiz prova no Instituto Federal Sudeste e ela foi toda traduzida. Eu entendi e compreendi. Agora a universidade precisa nos dar acessibilidade, e em outros lugares também precisa dessa acessibilidade para os surdos em todo o Brasil. Isso é um direito nosso e me deixa muito feliz”, contou os estudantes com o auxílio da intérprete Andréia, mãe de Mirela.
O acordo determina que, durante as provas, um intérprete acompanhe o candidato, caso ele tenha alguma dúvida de leitura ou interpretação das questões e que a correção das provas leve em conta o contexto linguístico, já que os surdos não tem o domínio da gramática. Além disso, a determinação estabelece que as provas tenham uma hora a mais de duração para os surdos. A universidade se comprometeu que, caso o candidato seja aprovado, que ele seja acompanhado por um intérprete em suas atividades acadêmicas.
A liminar vale para o Instituto Federal Sudeste, a UFJF e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), responsável pela prova do Ensino Nacional do Ensino Médio (ENEM). “Não temos dúvidas que isso é um grande avanço e que esse avanço, a gente deve a luta dessas pessoas pelo seus direitos”, comentou o defensor público, Pedro Grossi.
Fonte: G1 Zona da Mata
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