Software facilita a alfabetização de estudantes com síndrome de Down
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O programa é
inédito e surgiu a partir do projeto de conclusão de curso de dois estudantes
da UNB. O software ensina também a usar as redes sociais.
Em Brasília tem novidade na área de
tecnologia. Em breve, a experiência pode chegar a todo Brasil e, talvez,
a Portugal.
É um programa desenvolvido por dois alunos do
departamento de computação da Universidade de Brasília. Para facilitar a
alfabetização de estudantes com síndrome de Down e deficiência de aprendizagem.
O rapaz que aparece no vídeo tem síndrome de
Down. Ele é o orientador virtual do programa "Participar", feito para
pessoas com deficiências de aprendizagem. O objetivo é ensinar esses
estudantes, com mais de catorze anos, a usar o computador e a internet.
“Nós temos cerca de 600 vídeos, que compõem
esse software. Uma parte deles é de comando. por exemplo, que diz que a pessoa
não acertou a palavra ou não acertou a letra. Por outro lado se ela acertou.
parabeniza a pessoa. Conduz a próxima lição”, explica o professor.
O programa é inédito e surgiu a partir do
projeto de conclusão de curso de dois estudantes da UNB.
“Foi uma sensação muito boa ver que a gente
estava ajudando pessoas, ver que a gente estava usando o que a gente aprendeu
na faculdade para fazer algo bom para ajudar alguém. Foi muito legal mesmo”,
conta o estudante Tiago Freire.
O programa ensina também a usar as redes
sociais. Ele simula, por exemplo, uma sala de bate papo. Tonico, que é o ator
dos vídeos explicativos, conversa com o aluno.
Foram três semanas em estúdio. Os vídeos
foram gravados com pessoas com síndrome de Down para que os alunos se
identificassem com o conteúdo. A educadora Kelly Assunção já usou o software em
sala de aula.
“Eles ficaram emocionados por ter um igual a
eles dando os comandos. Eles comentavam: ‘Poxa, professora, se ele conseguiu eu
também consigo, não é?’. Claro que vai conseguir. Nós já podemos dizer que
temos resultados. Nós já temos alunos que não reconheciam letras e eles já
reconhecem as letras. Eles já conseguem obedecer o comando. passar pra próxima
lição. Isso pra nós é um avanço muito grande”, comenta a professora da APAE.
Fonte: G1
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