Projeto leva surf e body boarding para pessoas com deficiência
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Projeto Estrelas do
Mar tem 54 alunos cadastrados, sendo que 34 possuem deficiência. Atualmente, o
projeto conta com 22 voluntários entre professores de educação física,
instrutores, pedagogos, psicólogos e fonoaudiólogos.
Criado em 2011, o projeto é uma homenagem ao
surfista profissional Ailtinho ‘Kostela’, assassinado depois de tentar impedir
um assalto à uma criança. “Ele tinha um sonho de dar aulas para as crianças em
situação de risco. Então resolvemos fazer esta homenagem pra ele. Começamos com
oito crianças oriundas da Apae e hoje nós temos 54 alunos
cadastrados, sendo que 34 possuem deficiência”, conta o coordenador e fundador
do projeto, Byron Silva.
Atualmente, o projeto conta com 22 voluntários
entre professores de educação física, instrutores, pedagogos, psicólogos e
fonoaudiólogos. “As pedagogas são especialistas em educação inclusiva.
Elas preparam a parte pedagógica e interativa, ou seja, alunos com ou sem
deficiência fazem a mesma atividade lúdica e de integração e depois partem para
a atividade na água”, explica o coordenador.
Além dos voluntários, o projeto conta com o apoio
dos pais de alunos e parceria da Waves Escola de Bodyboarding e do Governo do
Estado que oferece o ônibus para o transporte dos alunos. “Na verdade, a gente
se mantém com recursos próprios, doações de voluntários e dos pais que trazem
os lanches e o protetores solares”, revela.
Benefícios
Os benefícios trazidos pelo projeto alegram
organizadores, voluntários e pais de alunos. ‘A cognição deles aumenta muito,
há um desenvolvimento motor e ainda tem a questão da sociabilização. Eles
passam a se sentir mais seguros para brincar com outras crianças e isso é
notado por todos os pais que frequentemente relatam estas melhorias”, diz Byron
Silva.
A aposentada Marieta Martins traz seu filho de 27
anos ao projeto desde o início das aulas. “Isto é tudo que eles precisam. As
crianças desenvolvem muito e isso é uma coisa fabulosa. Apesar de meu filho ser
quieto e introvertido, a gente nota que ele gosta muito, ele não perde uma
aula, faz questão de acordar cedo para vir às aulas e se desenvolveu bastante”,
detalha Marieta.
O filho de Laudicélia Santos tem nove anos e também
é daqueles que não perdem nenhuma aula do projeto. “Meu filho se adaptou bem.
Eu já procurava um esporte para eles e quando surgiu esse projeto, eu aproveite
a oportunidade. O comportamento dele mudou, já que ele é hiper ativo e aqui
gastar as energias”, explica.
Byron Silva faz questão de falar de sua alegria em
integrar o projeto. “É uma satisfação muito grande saber que você pode
proporcionar bem estar para as pessoas. Nós recebemos e damos muito carinho,
aprendemos a valorizar a vida. Companheirismo e solidariedade são valores que
ficam evidência entre nós. Crescemos como pessoa e valorizamos o ser humano”,
opina.
Estrelas do Mar
Segundo Byron Silva, o nome do projeto tem a
influência especial de um conto. “Um escritor e um pescador andavam a beira da
praia quando viram uma estrela do mar queimando ao sol. O escritor viu que o
pescador jogava de volta ao mar estrelas que estavam ao sol e perguntou o qual
o motivo que o levava a fazer aquilo, sabendo que não conseguiria devolver
todas à tempo. O pescador então respondeu que estava fazendo a parte dele. Aquelas que ele pudesse devolver a vida, ele devolveria. Ele faria sua parte,
tudo o que podia, mesmo sabendo que não poderia fazer por todos”, conta o
fundador.
Fonte: http://www.infonet.com.br
Veja + desse lindo exemplo de cidadania realizado com crianças de Aracaju-SERGIPE: https://www.facebook.com/SurftrunkS.A
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