Projeto no AP usa sensores de voz e proximidade para garantir que deficientes visuais façam compras sozinhos

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Alunos de Eletricidade Industrial do Senai em Santana desenvolveram ferramenta.

Por Rafaela Bittencourt e Nixon Frank, Rede Amazônica — Macapá


Socióloga Kersia Celimary testando a ferramenta com os fones de ouvido — Foto: Rafaella Bitencourt/ Rede Amazônica

A partir de um problema real levado por uma socióloga com deficiência visual, estudantes e professores do Serviço Nacional da Indústria (Senai) em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, desenvolveram uma ferramenta que facilita e dá independência para que portadores de cegueira e baixa visão possam ir ao supermercado sozinhas.

O projeto usa sensores onde identificam o nome do alimento, o preço e a seção onde a pessoa está. No momento em que se aproxima, as informações são fornecidas através de um fone de ouvido, que, em caso de implantação, poderá ser fornecido na entrada do estabelecimento.

A ideia partiu dos desafios diários encarados por Kersia Celimary, socióloga que desde a infância tinha dificuldades em fazer as compras sozinha. Ela mesmo experimentou a ferramenta "supermercado inclusivo" e aprovou a iniciativa.

"Sempre surgiu a necessidade de ter essa autonomia, de ir no supermercado, numa loja, no shopping e poder escolher os meus produtos com autonomia. Esse projeto não serve só para pessoa com deficiência, vai servir para todos que querem utilizar", diz Kersia.

Uma das vantagens do projeto, segundo os estudantes, é o baixo custo, podendo ser implantado em supermercados por até R$ 270. Não há data para utilização no mercado, pois eles aguardam o interesse de alguma empresa para a produção da ferramenta.

"A gente entrega esse novo dispositivo para a toda sociedade auxiliando pessoas que tem acessibilidade um pouco reduzida. A gente busca todo esse apoio", comentou o estudante Marcos Roberto dos Santos Araújo, um dos responsáveis pelo protótipo.

A elaboração e finalização do "supermercado inclusivo" durou cerca de 6 meses e foi desenvolvido pela turma de Eletricidade Industrial do Centro de Formação Profissional do Senai, em Santana.

"Trabalhamos a aprendizagem alinhavados com a necessidade da indústria e da pessoa com deficiência. Nesse caso específico, recebemos a demanda da Kersia e trabalhamos as nossas situações de aprendizagem em cima das informações que ela passou e criamos esse sistema tecnológico", detalhou o professor Eraldo Souza, da disciplina de controle e automação de processos industriais.

Turma de Eletricidade Industrial desenvolveu projeto em 6 meses — Foto: Rafaela Bittencourt/Rede Amazônica

Supermercados são os principais alvos para uso da ferramenta — Foto: Larissa Emille/Arquivo Pessoal

Fonte: G1

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