Bailarinos em cadeira de rodas disputaram campeonato em Minas Gerais
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Sérgio Júnior, Maria Iris, Wanderley Oliveira e Andreza Cardoso, da companhia Exíbela, partem para Juiz de Fora |
Por Bianca Rodrigues
(SEEL)
Os bailarinos da
companhia Exíbela irão unir movimentos corporais e ritmos musicais durante a
participação no 18° Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva em Cadeira de
Rodas, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Apoiados pela Secretaria de Estado de
Esporte e Lazer (Seel), o grupo formado por quatro dançarinos se reúnem com os
melhores atletas da modalidade, entre os dias 18 e 19 de outubro.
Com ritmos que envolvem
samba, jive, rumba, valsa e dança do Boto, Sérgio Júnior, Maria Iris, Wanderley
Oliveira e Andreza Cardoso competirão nas categorias “Single”, quando o usuário
de cadeira de rodas dança sozinho; “Combi”, formação da dupla composta por um
cadeirante e um andante; e na Freestyle, que é um estilo livre.
A competição nacional
tem como intuito fomentar a inclusão e a diversidade, a partir da técnica e da
arte da dança. O bailarino Sérgio, 31, tem paralisia cerebral e, junto com a
cadeira motorizada, utiliza a dança como forma de expressão, além de adquirir
movimentos que ele não tinha antes. “A arte trouxe mais benefícios para ele do
que as fisioterapias e isso me deixa muito orgulhosa, pois se sente mais motivado
e valorizado”, conta a mãe do atleta, Rose Vasconcelos.
Pela segunda vez
participando da competição nacional, Sérgio busca uma boa colocação para poder
participar do mundial, em 2020, na Rússia. “Tenho uma responsabilidade e uma
dedicação que não tinha há dez anos. Minha expectativa para o campeonato é a
melhor possível. Pretendo trazer o título para o Pará, assim como chegar a ser
campeão mundial no ano que vem. Não me vejo sem a modalidade, pretendo
continuar a praticar para o resto da minha vida”, disse o atleta.
Voltada para a inclusão
da pessoa com deficiência, a dança esportiva tem conquistado cada vez mais
espaço, pois contribui também na reabilitação e socialização das pessoas
envolvidas. “Fico honrado em poder contribuir com os dançarinos que, através da
dança, continuam a sua paixão independentemente das suas capacidades. Estaremos
na torcida, tenho certeza que eles irão trazer os melhores resultados para o
Estado”, acredita o titular da Seel, Arlindo Silva.
Para a professora e
dançarina, Maria Iris, o campeonato além de promover a cultura da dança, almeja
também a inclusão dos cadeirantes no esporte, proporcionando alegria. “Quando
conheci a dança esportiva foi tudo novo e uma das experiências mais incríveis
que tive. O trabalho, que é desenvolvido na Companhia, leva alegria para os
outros e isso para mim é gratificante. As conquistas são consequências, mas
iremos disputar para ganhar, por isso estou feliz em poder participar da
competição”, frisa Maria Iris.
A disputa é promovida
pela Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas (CBDCR), responsável
pela realização anual do evento, o que tem contribuído para a difusão da
modalidade no Brasil. No mesmo período e em conjunto com o campeonato, ocorre a
18° Mostra Nacional de Dança Artística.
Grupo irá disputar em três categorias |
Fonte: Agência Pará
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