CPB apresenta uniformes especiais dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019

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Trajes foram produzidos de acordo com as necessidades dos atletas. Comitê Paralímpico Brasileiro também lançou seu programa de licenciamento de produtos e uma nova campanha publicitária

Vinicius Rodrigues, Dayane Silva e Matheus Assis, no desfile de lançamento dos uniformes dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. Foto: Daniel Zappe/Exemplus/CPB

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) promoveu um evento, na manhã desta terça-feira (13.08), para anunciar três importantes projetos para o mercado publicitário e empresarial do Brasil, tendo como pano de fundo a participação nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. O megaevento paralímpico continental será disputado entre os dias 23 de agosto e 1º de setembro e a competição será a principal do calendário paralímpico de 2019.  

Na pista de atletismo indoor do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, foi realizado um desfile dos uniformes especiais que serão utilizados pelos atletas na capital peruana. Além disso, o CPB exibiu sua exibição da nova campanha publicitária do CPB, intitulada “Movimento Paralímpico”. Fechando a programação, o CPB deu início ao programa de licenciamento de produtos, cujo primeiro parceiro é a Reserva.

No total, 512 integrantes estarão na missão brasileira em Lima. Desses, 337 são atletas, de 23 estados e do Distrito Federal, que participarão de provas em todas as 17 modalidades em disputa no Parapan. Esta é a maior delegação brasileira da história e todos têm como objetivo manter o Brasil na primeira colocação do quadro geral de medalhas, repetindo as edições do Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto 2015. Na última edição do Parapan, há quatro anos, no Canadá, o Brasil subiu ao pódio 257 vezes. Foram 109 medalhas de ouro, 74 de prata e 74 de bronze.

“Em dez dias, terá início a maior competição da temporada, os Jogos Parapan-Americanos de Lima, um desafio muito grande para toda a nossa equipe, porque colheremos os frutos de tudo que tem sido feito nos últimos anos”, ressaltou Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, bicampeão paralímpico de futebol de 5 (para cegos) em Atenas 2004 e Pequim 2008. 

“Para este momento bastante especial procuramos pensar em todos os detalhes para termos uma grande participação. Eu me lembro das outras missões, em que o material era feito e nós tínhamos que nos adaptar a ele. Agora, fizemos diferente, sob medida, pensando em todas as especificidades de cada deficiência para ter o melhor uniforme possível”, comentou o dirigente. 

A linha de roupas autoral conta com 127 peças desenvolvidas especialmente para os atletas paralímpicos. Para divulgar sua linha própria de uniforme, o CPB convidou alguns dos competidores que os vestirão em Lima, para desfilarem para os patrocinadores do CPB: Loterias Caixa, Braskem e Ajinomoto.  

“O desafio era desenvolver produtos que conversassem com a identidade visual e que atendesse à alta performance. Precisamos pensar em engenharia de produtos e gramatura de tecido para ser funcional. Nós conversamos com a área técnica do Comitê Paralímpico Brasileiro e com os atletas para entender a necessidade deles. A linha foi feita com foco no atleta paralímpico e têm detalhes que atendem às suas características. Por exemplos, as calças têm zíper para facilitar aos que usam próteses. Essa pesquisa é um diferencial, não só a nossa estampa exclusiva”, explicou a mineira Amanda Rabelo, responsável pela equipe de designers do CPB, que idealizou os uniformes. 

“Estou muito feliz por fazer parte desse desfile, que é um momento histórico. As roupas ficaram lindas e isso mostra o quanto o CPB e o Movimento Paralímpico cresceram. É muito bacana ter a nossa própria confecção e as pessoas poderem adquirir o seu no futuro”, comentou o nadador multimedalhista, Daniel Dias.


“Eu amei os uniformes, o CPB está de parabéns. A cada ano, o nosso uniforme veio evoluindo e, com essas novas peças, eu tenho toda a facilidade do mundo para vestir. Foi feito para nós. Pensaram em todos os detalhes, nas necessidades de cada deficiência”, destacou a lançadora de dardo Raíssa Machado, que tem má-formação nos membros inferiores.  

“Os uniformes ficaram sensacionais, superam as expectativas. Eu, particularmente, estava ansiosa para vesti-los e, de todas as edições que eu já recebi, está é a mais bonita e confortável. Eu desfilei com o uniforme de pódio, agora espero que o vista de novo com uma medalha de ouro em Lima”, disse a judoca Alana Maldonado, que tem baixa visão. 

Movimento Paralímpico 

A atleta Taiana Lopes. Foto: Daniel Zappe/Exemplus/CPB
O CPB aproveitou a ocasião para apresentar o seu novo posicionamento institucional. Para isso, lançou a campanha “Movimento Paralímpico”, sobre conscientização do esporte para pessoa com deficiência. O halterofilista mineiro Mateus Assis, o velocista paranaense Vinícius Rodrigues e a nadadora potiguar Dayane Silva gravaram por duas semanas no CT Paralímpico e estrelarão três vídeos cada um, com duração de 15, 30 e 60 segundos, e um vídeo de 60 segundos com a participação dos três. 

“É muito gratificante fazer parte desse projeto. Nós que participamos sabemos que isso vai repercutir por muitos e muitos anos e vai influenciar diretamente nas novas gerações que estão chegando. Acho que o nosso objetivo vai ser cumprido com muita plenitude e com a certeza de que o esporte paralímpico será fomentado”, comentou Dayane, que tem má-formação nos membros superiores.

“Representar tantos atletas é muito bom. Querendo ou não, vai engajar mais as novas gerações que estão vindo. E o Movimento Paralímpico é isso: mostrar para as pessoas, tanto convencionais quanto paralímpicas, que a gente tem o nosso valor e que a gente pode fazer coisa, mesmo tendo deficiência”, falou Mateus, que tem limitação nos movimentos inferiores devido a mielomeningocele. 

“Depois que eu entrei para o esporte paralímpico, além de ser atleta, participo de algumas ações. Estou feliz de estar na campanha do CPB. É uma honra representar essa entidade. E a gente tem uma representatividade muito grande nessas campanhas. Eu sou amputado e quando você vê uma pessoa que te representa, acho que é algo muito importante e a mídia cada vez mais nos dá esse espaço”, comentou Vinicius, que amputou a perna direita acima do joelho devido a um acidente de moto. 

A campanha terá três etapas até o fim de 2020. A fase de abertura será veiculada de agosto a dezembro de 2019 nos canais SporTV e nas redes sociais do CPB. Durante o evento desta terça-feira, também foi anunciado o início de um programa de licenciamento de produtos alusivos ao movimento paralímpico. A primeira parceria é a comercialização de camisetas produzidas pela Reserva, com o mote da campanha.  

“Esta é uma campanha importante, que mostra a capacidade e o potencial do atleta como atleta. Principalmente, deixa claro que a deficiência é só um detalhe, que o esforço, a dedicação, o sacrifício e a habilidade estão em primeiro lugar e, naturalmente, cada um tem uma característica que, às vezes, representa uma limitação que demanda ainda mais dedicação esforço e superação”, disse o presidente Mizael Conrado. 

Nesta semana, os atletas paralímpicos fazem os últimos ajustes para a disputa do Parapan de Lima. As Seleções Brasileiras de atletismo, basquete em cadeira de rodas (feminino e masculino), futebol de 5, goalball (feminino e masculino), halterofilismo, natação, parabadminton, tênis de mesa e vôlei sentado (feminino e masculino) utilizam as estruturas do CT Paralímpico para a realização dos treinos finais antes do embarque para o Peru. 




Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro 

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