Amigos da Inclusão: artesã cria linha de bonecos que promove o respeito às diferenças
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A linha "Amigos da Inclusão" traz bonecos de varias etnias e que retratam algum tipo deficiência. Imagem: Reprodução/Facebook |
Diana Carvalho
Do BOL, em São Paulo
Pelas mãos de Cristiane
Mendonça, um brinquedo pode trazer muito mais que diversão. Ela, que cria bonecas
e bonecos de pano, conseguiu inserir nas famílias um tema tão importante e
pouco discutido na infância: a representatividade.
Tudo começou após o
pedido de uma amiga. A artesã, que já fazia diversas bonecas e itens
decorativos, recebeu a missão de criar um boneco para Guilherme. A mãe queria
que o filho, com Síndrome de Down, tivesse um boneco em que pudesse se
reconhecer.
“Quando fui entregar o boneco para Guilherme, levei a minha
filha, Sofia, de 6 anos. Ela não parava de olhar pra ele, e ficou curiosa, já
que nunca havia conhecido uma criança com Síndrome de Down. Foi neste momento
que senti a necessidade em discutir as diferenças e trabalhar a inclusão”,
contou Cristiane ao BOL.
Aos poucos, a artesã foi
transformando o universo lúdico dos bonecos em pequenas doses de autoestima e
empoderamento aos pequenos. Foi assim que surgiu a linha “Amigos da Inclusão”,
com bonecos que retratam crianças com algum tipo de deficiência, seja motora,
visual ou auditiva.
"Os bonecos de pano ajudam a falar sobre representatividade e inclusão" Imagem: Reprodução/Facebook |
“Fui percebendo que os
bonecos ajudavam a falar sobre representatividade. Dessa maneira, o brincar
lúdico se torna também pedagógico, promovendo a interação social e o respeito
às diferenças”, comenta.
Natural do Rio Grande do
Norte, Cristiane hoje mora no Rio de Janeiro e por lá participa de feiras de
artesanato com sua marca Bottega das Artes (que também faz vendas pelo site). Além
disso, é possível encontrar o seu trabalho nas lojas Parceria Carioca, no
Shopping da Gávea, no Jardim Botânico e no Museu do Amanhã.
“Amo trabalhos manuais e
faço com amor. O que me encanta nos bonecos de pano é que cada um é único, com
isso consigo valorizar o trabalho artesanal e ajudo os nossos pequenos a criar
um vínculo de amizade, resgatando a importância do brincar livre e da fantasia
das brincadeiras saudáveis”, afirmou a artesã, que também é mãe de Samuel, de
13 anos.
Fonte: Bol
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